Sete (Salvo) 🖇

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7 capítulo

Raul.
- Você é um puto fingido mesmo, se oferece todo pra mim e depois manda aquela velha me amaçar. O magro bate a cabeça de Raul na parede.

Raul segura as mãos do homem com força.

- Para com isso, me deixa em paz seu fodido. Gani Raul sentindo um amargo na garganta.

Ele não sabia que dona Duce havia ameaçado de denunciar o homem que o abusava.

Raul também não queria trazer problemas para dona Duce.

Mais uma vez o homem puxa seus cabelos e o joga para o meio da rua, o mesmo está drogado.

Pegou Raul enquanto o mesmo estava dando de mamar a Gael o ninando, fazendo o mesmo quase derrubar o menino no chão.

Um soco é desferido no nariz de Raul, o fazendo gritar de dor.

- Socorro! Alguém me ajuda! - Raul corre com Gael chorando alto em rumo da avenida.

O magro se enfurece e corre atrás dos dois.

- Corre filho da puta, que quando eu te pegar matarei esse verme em seus braços. Grita a ameaça ainda perseguindo os dois.

Raul soluça de tanto chorar, as lágrimas embaçam seus olhos, correndo entre os carros.

- Me ajuda moço. Diz fraco batendo no vidro de um carro parado no farol.

O homem apenas arranca com o carro ao ver a situação.

O magro atravessa armando os punhos para bater mais uma vez Raul.

Mais o mesmo corre agora pela grande calçada de prédios comerciais.

A rua toda olhava aquela cena, mas não faziam nada, um mendigo correndo com bebê chorão não era problema na vida daqueles burgueses.

Vicente.

- Porra pai, te falei mil vezes que não estou a procura de noiva. Agora me deixe trabalhar. Bufa desligando o telefone. - Entra no carro saindo de seu prédio.

Ao baixar o vidro Vicente escuta gritos e choros altos e um grande burburinho em frente a sua empresa.

Sai do carro e espanta-se ao ver o garoto de olhos azuis todo ensanguentado e seu bebê fugindo de um homem nojento.
Imediatamente Vicente chama seus seguranças.

- Prendam aquele homem agora. Grita grosso e caminha em direção a Raul.

Seus seguranças param o magro e o predem.

Vicente segura firme Raul que ainda tenta continuar fugindo.

- Calma garoto, olhe pra mim. Pede calmo.

Raul o olha choroso.

- Entre no carro, precisa de um médico agora.

Mostra o sangue que molhava suas vestes e até o pequeno em seus braços.

Raul.
Ao ser agarrado por Vicente, Raul pensou que tinha sido pego pelo magro, seu coração quase para.

Mas seus olhos fixaram nos de Vicente e resolveu confiar um pouco no homem que via na confeitaria

Raul não nega o pedido de Vicente, está em estado de choque.

Seu corpo treme, seu choro continua baixo e massivo.
As pessoas na rua observam os três entrarem no carro e partirem.
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Vicente.
Minha mente está nublada, o garoto de olhos azuis está agora no meu carro chorando, a situação não é nada confortável.

- Está tudo bem agora. Digo calmo.
O choro dele e seu filho é agonizante.

Olho pelo retrovisor. - Estamos indo para minha casa, lá chamaremos o médico para cuidar de vocês. - Batuco o volante esperando ouvir a voz dele.

- Obrigada Senhor. Diz com um fio de voz.

- Não precisa do "Senhor." Falo. - Aliás meu nome é Vicente, nós já nos conhecemos, não?

Ele me olha atentamente pelo retrovisor.
- Meu nome é Raul e o dele é Gael. Diz frio ignorando a última pergunta.

Raul.
Minha boca queria pedir ajuda de todas as forças para Vicente, mas, a desconfiança fala mais alto.

Mantive-me quieto ninando Gael o caminho inteiro.

Vicente.
Chegando na minha casa abro a porta do carro para Raul o direcionando para porta de entrada.

O garoto continua calado e de cabeça baixa.

- Vamos para o quarto, irei ligar para o médico. Digo gentilmente parado no começo da escada para o segundo andar.

Raul que está no meio da sala apenas nega acanhado.

- Posso esperar aqui. Afirma com a voz trêmula. E faz menção de sentar com Gael no chão.

Na cabeça de Raul ir por quarto significativa perigo, também não queria sujar a casa com seu sangue e sujeiras de dias sem banhar.

A empregada entra na sala confusa com toda aquela cena.

- Não, vocês precisam descansar. Vicente toca de leve no braço de Raul e o faz caminhar devagar até o quarto.

Raul olha os detalhes do quarto enorme, a cama que cabe quatro pessoas, era um sonho para as costas doídas do mesmo, e Gael com certeza dormiria que nem um anjo.

Vicente caminha a sua frente e coloca mais almofadas na cama e o chama pra perto.

- Esse quarto é uma suíte, tem banheiro para você e seu bebê, no frigobar tem comida, sinta-se a vontade para pegar, irei mandar a Maria preparar o jantar. Vicente avisa enquanto olha seu relógio de pulso.

Raul o escuta, mas continua em pé na frente de Vicente.

- Podemos tomar banho agora, por favor? O garoto se agita, como se tivesse com medo de alguma bronca.

Vicente observa o comportamento de Raul e assente. - Claro, sim. A empregada trará roupas roupas junto ao jantar. Enquanto isso ligarei para o médico, fique tranquilo com o pequeno.

Vicente vai até a saída do quarto, mas gira para perguntar e ver que Raul está olhando para ele, porém quanto os olhos se chocam Raul gira a cabeça e torna a ficar de costa.

- Ah. O mais velho esquece por alguns segundos o que ia falar.
- Então, seu bebê precisa de roupa? Qual é a idade dele? - Pergunta.

Raul.
O que estou vivendo, pareço esta anestesiado.

Todas aquelas perguntas me deixam nervoso, quando ele dirige a palavra a mim parece que meu coração vai explodir.

Meu medo continua sendo mais alto que a coragem, tenho medo de ser apenas uma cilada.

- "Seu lugar não é aqui" Minha mente conversa comigo. "Vai ser tão divertido quando você for esculachado como lixo dai."
Esses pensamentos que me fazem ficar quieto sempre.

- Tenho roupas na bolsa. Raul refere-se a pequena mochila desgastada que usa no lado de seu corpo magro. - Ele precisa de fraldas, tamanho M.
Avisa.

Vicente ouve atentamente olhando os traços delicados de Raul.

- Tudo bem. Vicente fecha a porta devagar. - Tudo será providenciado, fique a vontade.

- Obrigado. Raul diz firme sem olhar para trás
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