~hey, é só uma cidade~

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As malas já estão prontas, tudo no quarto de Harry está arrumado. Estamos preparados.

Uma semana depois de "aterrarmos" em Mariposa, vamos finalmente partir.

Durante os primeiros dois dias, o Ray e eu estivemos no hotel tal como tinhamos planeado. Tinhamos uma ideia que depois disso iriamos acampar, mas Harry teve a amável ideia de nos oferecer a sua casa para dormir.

Aceitamos, ou melhor, eu aceitei, visto que Ray preferia dormir ao relento, ao frio, durante a noite, com possíveis mosquitos e parasitas à sua solta. Não me parece. Enquanto eu poder evitar ao máximo, assim o farei.

Ray aceitou o novo viajante no terceiro dia de convívio. Ao início ainda me detinha muito reticente, no entanto, consegui aceitá - lo ontem. Aquilo que aconteceu no segundo dia aqui hospedada ajudou imenso na minha decisão.  E para além disso, vai ser bom serem três pessoas em vez de duas, parece mais cheio. Três é a conta que Deus fez, não é?

Ele também se revelou ser um bom companheiro. Conta piadas, embora muito pouco sem graça, e faz - nos rir por causa disso mesmo. Reparei que é o último a demonstrar cansaço, o que nos vai ajudar imenso nas viagens grandes de carro que temos pela frente. Ele também sabe conduzir, então é uma mais valia para a nossa aventura. Assim o espero.

Já estamos preparados para sair. Combinamos que apenas levaríamos um carro, porque gasta menos gasolina, poupando uns trocos, e porque temos imenso espaço de qualquer maneira.

As malas de todos já se encontram organizadas no porta-malas do carro. Harry estava agora a fechar a porta da sua casa para apenas a voltar a abrir no ano que vêm.

“Aqui vamos nós!” Harry grita, excitado com a viagem. Corre até ao carro, onde já nos encontramos, Ray no volante e eu atrás, visto que pretendo dormir uma boa parte da viagem podendo assim esticar as minhas pernas de modo a ficar mais confortável.

Ray começa a viagem e eu olho pela janela visualizando a cidade que parece igualzinha àquela da qual saí à apenas uma semana. Ouço o vento lá fora sendo cortado pela passagem do nosso carro indo a uma velocidade estonteante. Acho que até Ray, que no principio era o único que louvava esta terra, quer sair rapidamente daqui.

A paisagem passa pelos meus olhos e observo os lugares onde fiquei e recordo as memórias que, embora sejam poucas devido ao pouco tempo que ficamos, foram boas. Passamos pelo restaurante onde Harry me abordou a mim e ao Ray para se juntar à nossa viagem. Olho para Harry que já se encontra a olhar para mim, com o seu sorriso característico, como se lesse os meus pensamentos.

“Hey, é só uma cidade. Ainda tens muito pela frente, miúda.”ele diz, com um sorriso no rosto, provocador.

“Primeiro, nunca mais me chames de miúda. Segundo,” suspiro audivelmente “eu sei que é só uma cidade, mas mesmo estando aqui apenas uma semana fiz aqui memórias, lembranças. E é a tua cidade, Harry, e tu principalmente devias ter imensas memórias daqui e ficar ainda mais nostálgico que eu.” riposto, mas não conseguindo tirar o sorrisinho parvo dele.

“E eu sinto-me nostálgico, só que sinto mais empolgação e  excitação para conhecer novas coisas.” Explica. Ray está alheio à nossa conversa, ou pelo menos finge estar atento na estrada à nossa frente. Enquanto isso, Harry olha intensamente para mim, fazendo-me sentir um pouco desconfortável.

“Preparado?” pergunto, tentando com que as nossas trocas de olhares fossem menos esquisitas.

“Já estou preparado há muito tempo.” ele responde sem hesitar, no entanto não me surpreende. Na última semana aprendi que talvez Harry já anseie esta viagem muito antes que eu. A sua oportunidade de concretizá - la só apareceu quando nós estramos na sua vida. “Para onde vamos agora?”

“Reno” ele sabe perfeitamente para onde vamos, ele só quer que eu diga a próxima cidade.

“E depois?” ele sorri provocando-me.

“Las Vegas.” Sorrio também. Não vou dizer que não gosto do sítio, até porque nunca estive lá e por isso não posso julgar, mas pelo que se ouve não é bem a minha praia. Harry sabe disso, porque já disse tantas vezes nesta última semana que nem consigo contar pelos dedos. No entanto, esta viagem foi planeada para ser diferente do que eu estou habituada e por isso vamos para lugares como Las Vegas.

"Las Vegas" Harry grita e eu rio-me das suas figuras.

Fazemos uma pequena paragem para abastecer e comprar algumas coisas para comermos durante o resto da nossa longa viagem.

Harry e Ray vão para as parteleiras onde só existem porcarias como batatas fritas e refrigerantes. E eu sigo-os, porque eu não quero saber de comida saudável. Mesmo que quisesse, não as encontraria aqui numa bomba de gasolina.

Foi o Ray que pagou desta vez, o que quer dizer que a próxima paragem serei eu a pagar. Funcionamos em circulos, por isso agora sou eu quem conduz.

Já no carro, arrumamos as coisas que achamos que não vamos precisar durante a viagem na mala do carro. Ray salta para o banco de trás antes que Harry se apresse a ter a mesma ideia.

"Oh, vá lá, Ray. Eu já fui à frente. É a minha vez de esticar as pernas." Harry parece frustrado.

"A culpa é tua. O teu instinto de sobrevivência tem de estar muito apurado para este tipo de viagens, meu amigo." Ray explica-lhe e Harry ri sarcásticamente na sua cara, fazendo Ray revirar os olhos.

É a minha vez de revirar os olhos quando me sento no banco do condutor e ao meu lado tenho uma criancinha amuada a fazer beicinho.

Começo a conduzir e não passa mais do que dois minutos para que consiga ouvir o som irritante de alguém ressonar atrás de mim.

"Oh, ele não fez isso." Olho para Harry, que aparenta estar super feliz de repente, vendo-o esfregar as mãos preparando-se para fazer alguma "maldade".

"O que ele não fez?" pergunto confusa, olhando várias vezes entre a estrada e os olhos maliciosos de Harry.

"Ele adormeceu, Mia. Agora eu posso vingar-me pintando-lhe a cara toda." Rio-me baixinho para não acordar a próxima vítima do Harry, agradando-me o plano. Ray é uma pessoa que dorme como um calhão, ele não vão acordei, nem que caia um meteorito em cima do carro.

Harry pega no marcador que tinha guardado nos seus calções - acho que ele já tinha uma pequena ideia de que iria precisar dele - e devagar empoleira-se no seu banco para conseguir escrever na cara de Ray.

"E se aparece a polícia, Harry?" pergunto com um pouco de receio de poder levar uma multa.

"Eles vão compreender."

Passado um minutos no máximo o que consigo ver são riscos em todo lado. Desenhou-lhe um bigode, uma monocelha e riscos aleatórias nas suas bochechas e também na sua testa. Rio-me enquanto Harry volta a sentar-se direito, depois de ter imortalecido o momento com uma fotografia da sua máquina.

Começa-se a rir e eu acompanho-o. As gargalhadas são altas, mas nem isso faz acordar Ray que continua a ressonar, fazendo com o que eu e Harry no riamos ainda mais.

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olá

está tarde, mas eu queria mesmo colocar este capítulo já que há algum tempo que já não atualizo esta história.

gostaria de mandar uma mensagem de apoio a todas a directioners neste momento e dizer que temos de ser fortes e, tal como já disse na minha outra história, temos de apoiá-los a todos, principalmente ao Zayn que apenas quer uma vida normal, e se isso o faz feliz temos de apoiá-lo porque nós só queremos a sua felicidade. é dificil mas vai tudo ficar bem.

só de saber que houveram imensos suicidios já me parte o coração quando mais ao Zayn e aos outros meninos. espero que estejam bem e espero que saibam que podem contar comigo para falar, para desabafar o que quiserem, a sério. estou aqui para vocês.

normalmente costumo usar casplock mas não estou no espírito para isso,

espero que tenham gostado do capítulo e matenham-se fortes

BabyPopcornxx

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