Uma hora teremos que conversar sobre isso

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Tulipa
Ano 6'


      É o primeiro dia do sexto ano, a noite de boas vindas. Adentro o salão principal e avisto meus amigos de imediato, que, mesmo que tenhamos vindo juntos no trem, acabamos nos apartando.

- Deedee. - chamo

- Ah, aí está você!

Eu a abraço de lado.

- Onde estava? - André questiona

- Onde mais? Estava jogando bomba de bosta nos veteranos.

Badeea revira os olhos e sorri.

- Você não tem jeito.

- Eu prefiro não ter mesmo.

- Onde está a Tonks? - André questiona

- Não a vi e também não fui atrás, temos os mesmos amigos, mas não somos tão próximas das mesmas pessoas... embora eu queira abraçar nossas amigas lufanas ainda hoje.

- É, eu também.

De repente, ouço um grito ecoar pelo salão:

- K.a! K.a!

Viro-me para ela apenas em tempo de receber o impacto de seu corpo contra o meu, mas, desta vez, eu não caio, apoio-me em um dos pés e sustento o corpo de Tonks amarrado ao meu sem dificuldades. Eu a abraço forte da mesma maneira que ela me abraça.

- Tulipa! - ela finalmente olha pra mim - Você não caiu.

- É o costume.

Ela gargalha.

- Senti sua falta nas férias. - admitiu

- Eu sei. E eu senti a sua.

- Eu sei!

Ela beija meu rosto por algumas vezes e desce dos meus braços, avança e abraça Badeea e André e depois torna a mim.

- Você está mais ruiva?!

- Não, estou normal.

- Aah, sim!

- Onde você estava?

- Jogando alguns chumbinhos fedorentos nos primeiranistas.

Sorrio e olho para Badeea e André, que reviram os olhos como anteriormente.

- Foi você quem fez isso no trem também, não é? - Badeea questionou

- Yep.

- Vocês duas se merecem.

Ela se retira e se senta, junto com André, e me deixa à sós com Tonks.

- Como foi o clima no trem? - questiono - Nossos amigos continuam estranhos?

- Foi péssimo. Eu entendo, claro. Mas Gabriela e Penny estavam mudas, completamente cabisbaixo, vi Mérula e Ben numa mesma cabine, embora Mérula só estudasse por todo o trajeto. E a irmã da Penny... nem adianta explicar, você só vai entender vendo.

- E Rowan?

- Não tinha muito o que ela pudesse fazer... mas ela tentou.

Aproximo-me apenas um passo, encaro sua mão ao seu lado e a seguro com a minha.

- Deve ter sido triste pra você. - deduzo

- É, mas... estamos aqui agora.

- Sim, estamos.

Sorrio gentilmente para ela e ela repete o meu ato. E, olhando em seus olhos, embora Tonks fosse diabolicamente charmosa, posso dizer que ela está cada vez mais linda ao longo dos anos. Seu olhar, seu sorriso, seu jeito de ser e de se vestir, tudo contribui neste conjunto que levam Ninfadora Tonks perto da perfeição... ou, ao menos, o que eu considero perfeição.

I will not forgetWhere stories live. Discover now