Prioridades

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Tulipa


       O dia estava fresco, estávamos na casa de barcos já havia alguns minutos. Gabriela estava procurando por profissionais de criaturas do lago negro, Tonks e eu iremos pesquisar na biblioteca logo depois de terminarmos nossa busca por mais penas negras enfeitiçadas.

        Reviramos, procuramos em tudo, até que sento-me em uma caixa de madeira e respiro fundo.

- Ainda nem acredito que esquecemos nossos mantos trocados ontem. - digo - Quase não consigo entrar no salão comunal.

- O mesmo comigo. O que me salvou foi que...

E neste momento, falamos ao mesmo tempo:

- O guardião já me conhecia.

Olhamos uma para a outra e sorrimos.

- Ainda não acredito que estamos namorando.

Minhas palavras chamam atenção dela, estico o braço, pego a mão dela e a trago para mim.

- Por que diz isso? - ela questiona

- Porque eu queria muito isto... nunca achei que conseguiria.

- Mas conseguiu.

- É, eu consegui.

Sorri para ela, mas ela insistiu em permanecer séria.

- Quero fazer você feliz ao máximo enquanto estivermos juntas.

Suas palavras ao mesmo tempo que me alegra, me entristece, em lembrar que tudo acabará com o final do sétimo ano. Por um momento, só queria que o tempo parasse. Aqui e agora. Ou... entorpecer minha mente em neblinas sobre este assunto.

- Então vem cá. - digo de repente

Ela sorriu um pouco:

- Onde?

Apontei para baixo, ela sorriu ainda mais e se ajoelhou diante de mim.

- Achei que não queria fazer isto até que estivéssemos no dormitório novamente. Ao menos, foi o que você me disse pela tarde de ontem diante da minha insistência.

- Resolvi aceitar a sua apelação de ontem. - sorrio

- Tulipa Karasu, você está se corroendo de vontades... eu aceito.

- Acho que é você quem tem vontades, senhorita Tonks.

- Sim... bastante.

Ela deslizou a língua sobre os lábios, fazendo com que respirasse fundo. Ela ri.

- Você não sabe disfarçar, docinho.

- Está me fazendo mudar de idéia, Ninfadora.

- Tem certeza?

Ela se aproximou da abertura da minha saia, a cabeça entre os meus joelhos. Não lhe respondi, não consegui, mas talvez o meu olhar ou minha expressão tenha sido o suficiente pra ela. Deslizou os dedos sobre as minhas coxas, tirou-me a calcinha, aproximou a cabeça, até que não pudesse mais vê-la, e me tocou com os lábios. É de certo que, inicialmente, quando tudo começou, no quinto ano, precisei dar lições a Tonks sobre como proceder em situações como esta, mas agora, depois de um ano, ela leva apenas alguns segundos para conseguir que eu comece a sentir as reações de seu toque. Aos poucos, seu efeito foi se intensificando sobre mim, a minha respiração se entrecortando aos poucos. Fechei os olhos e respirei fundo, guiei a cabeça dela mais para a direita um pouco, está aí, o ponto certo. Meu corpo enrijeceu, prendi os lábios com os dentes, mas ela tornou a se mover para o outro lado.

I will not forgetOnde histórias criam vida. Descubra agora