Um show de cores

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Tonks

- Tem certeza disto, Tonks? -questionou Tulipa

- Absoluta.

- Não quero machucar você.

- Agora é tarde, eu já estou terrivelmente excitada.

- E se for demais pra você?

- Você está brincando, não é?

Ela olhou para mim e sorriu como se já segurasse aquilo por horas.

- Faríamos ainda que isto nos machucasse, demorou muito tempo, passamos a madrugada planejando isto, e deu muito trabalho pra voltarmos atrás.

- Eu sei.

- Está pronta?

- Pronta.

- Lá vamos nós.

Ela entrelaçou os dedos nos meus e passamos pelos portões. Lá está, todos os alunos do corredor estão nos encarando, como se era esperado. Desde o evento com a Tulipa há alguns dias, isto tem se agravado. Mas não abaixamos a cabeça, olhei para ela à minha direita e caminhamos apenas os cinco passos combinados. Ela olhou para mim e deu o sinal, olhei para os demais ali, ergui a mão esquerda e bati com toda a minha capacidade na parede próximo à primeira bomba, então ela detonou, o que causou a detonação das bombas ao lado até o fim do corredor enquanto Tulipa e eu andávamos de mãos dadas e ríamos de tudo aquilo. Não era bomba de bosta... bem, havia bomba de bosta porque não resistimos, mas aos demais, eram apenas bombas que jogavam cores para todos os lados, cada uma, uma cor diferente, sujando todo o corredor e os alunos e até mesmo Tulipa e eu de cores diversas. Os gritos eram os mais altos e extravagantes, alguns alunos caíram, outros se jogaram ao chão e outros correram, foi um caos ainda pela manhã, então chegamos até o outro portão, ao qual dava para fora. Viramos para o corredor, as bombas e os gritos e as cores já haviam-se encerrado, agora éramos Tulipa, eu e os olhares para nós. Ri da cara de cada um deles, assim como Tulipa fazia.

- Acho que este colégio precisa de um pouco mais de cor, não acha, Tulipa?! - grito

- Acho que já estava na hora!

Ouvimos murmuros, as vozes se levantavam.

- Suas...

Vimos alguns alunos apunharem as varinhas contra nós, mesmo com a regra de não usar feitiços nos corredores, mas não nos movemos. Um deles lançou seu feitiço contra nós, mas ele se despedaçou no ar após bater no pequeno campo de força que se formou em nossa frente. Protego. Não precisei olhar para trás, os olhares amedrontados estavam por todo corredor, eu apenas ri, tomei minha varinha em mãos e esperei.

- Mais alguém?

Vi diversos alunos se entreolharem em busca de apoio, mas no final de tudo estavam sozinhos, ainda que estivessem acompanhados. De repente, aquela massa foi se desmanchando e os alunos foram aos seus respectivos afazeres. Gargalhei junto a Tulipa, cada olhar, cada rosto, foi impagável. Os poucos que restaram ali aplaudiram ou apenas riram conosco, era evidente que este espetáculo não era para nós mas sim por algo muito maior. Viramos para trás apenas para ver nossos amigos de prontidão, todos estão aqui. Gabriela Smith, que estava na frente em meu lado - agora direito -, Mérula Snyde estava ao lado esquerdo de Tulipa, e em seu centro estavam eles: Penny Haywood, Ismelda Murk, Bernaby Lee, Badeea Ali, Erika Rath, Skye Parkin - mal pude acreditar em vê-la no mesmo ambiente que sua arquinimiga Rath -, Orion Amari, Murphy Mcnully, Beatrice Haywood, Carlinhos Weasley, Gui Weasley, Fred e George Weasley e até mesmo Percy Weasley, André Egwu, Diego Caplan, Cedrico Diggory, Ben Copper, Liz Tuttle, todo o time de quadribol da lufa-lufa e da corvinal, Chiara Lobosca, Jae Kim, Talbott Winger, a intercambista Alanza Alves, os grifinórios que ajudamos outro dia, o garoto do rosto pintado e trouxeram até mesmo um elfo doméstico.

I will not forgetWhere stories live. Discover now