Você não quer falar de travessuras?

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Tonks


       A aula de Adivinhação tinha sido irada, é sempre muito bom rir do tom de voz da professora Trelawney e rir ainda mais das premonições sem sentidos, principalmente estas que envolviam águas. Por falar nisso, mesmo enquanto caminhava ao lado de Gabriela para a aula de DCAAT, o que significa uma boa caminhada e esbarrões nos corredores, ela continuava muito quieta e perturbada com a profecia que a professora profetizou para ela. Algo sobre águas turvas.

- Fica fria, não vamos deixar nossa cabeça em águas turvas.

Ela me encarou séria, aparentemente essa não foi a melhor das minhas piadas e muito menos em uma hora propícia. Suspirei.

- Olha, relaxa. Quase nada que a Professora Trelawney fala, se realiza.

- É, mas coincidentemente trabalho pra encontrar uma cripta que acredito estar no Lago negro já faz um tempo. O que isso significa? Que eu estou certa ou que eu vou me ferrar no Lago negro? - finalmente me respondeu

Arregalei os olhos e bufei.

- Você vai ter que descobrir, uma hora ou outra. Mas não está sozinha. Você tem a gente. Não fica grilada, você é a desfazedora de feitiços por uma razão, você já venceu outras criptas e terminou outras maldições. Vai dar certo.

Eu a empurrei e ela fez uma careta, pouco convencida ou animada.

- Eu queria seu otimismo. - resmungou

Eu ri disto e continuamos o nosso caminho em silêncio, mas admito ter sido repreendida por ela nas quatro vezes que fiz a pegadinha do choque na mão pelos corredores. Depois de muitas passadas, chegamos na porta da sala de DCAAT.

      Tulipa está usando perfume. Este perfume que eu saboreio no final da classe, ou na frente dela, e revezamos nossos lugares, para não ficarmos juntas nas aulas. Um sorriso gigantesco e careta se pôs na minha cara de idiota, por outro lado, Gabriela espirrou assim que inspirou a nova atmosfera.

- Jesus! - murmurou ela - Pela sua cara, esse cheiro só pode vir da Tulipa.

- Tulipas são cheirosas? Eu nunca realmente cheirei uma. - comento

- O quê? De onde veio essa conversa? - Me encarou incrédula e me deu uma palmada nas costas - Anda, entra.

Caminhei para mais fundo na classe enquanto Gabriela tentava se manter longe da cabeleira ruiva que víamos apenas de longe.

- Ninfadora! - alguém gritou à minha direita, era Mérula. Mantinha o mau humor no rosto e apertava o nariz com os dedos, a irritação dela me causava prazer - Faz sua namorada parar de vir pra aula cheirando à uma prostituta. Existem pessoas aqui além dela!

Eu sorri para ela, nem mesmo protestaria por chamar meu primeiro nome. Acabei de ficar com um humor ótimo, de repente. Sentei-me na mesa de trás, ao lado da mesa dela.

- Você devia fazer uma plástica nessa sua cara desgostosa. - comento com um sorriso - Já que feitiço nenhum seria capaz.

- Se um rosto bonito fosse te trazer felicidade, você já teria feito uma nessa sua cara feia. - retrucou

- Mérula! - Gabriela repreendeu, estava sentada à minha esquerda

- Quieta, Smith! O mesmo vale pra você.

Gabriela revirou os olhos, recolheu os livros, se levantou e foi para frente da classe. Espirrando novamente no processo.

- Viu, Mérula? E este é o motivo ao qual você não tem ninguém pra chamar de namorada. - rebato - Mas se você acha que sofrer por amor é bonito...

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