Capítulo 23

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Noah Urrea

Eu devia ter suspeitado

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Eu devia ter suspeitado.

Eu devia desde a viagem ter suspeitado que Any tinha algum problema. Que droga! Isso está acontecendo por culpa minha. Eu devia ter me lembrado de que ela estava tendo alucinações e levá-la ao hospital para exames.

Mas não. Eu fui burro demais para esquecer. Burro!

Cheguei na casa de Any desesperado, com o suor no meu rosto e o medo me preenchendo. Ela não pode morrer. Não quero que ela morra que nem Sina: por minha causa.

Sabina estava aos prantos, chorando e pedindo para a cacheada acordar. Me abaixei ao seu lado, e conferi os batimentos cardíacos dela. Eram fracos. Muito fracos. Mas existiam.

— Sabina, chame a ambulância.- Eu falei para ela, mas a garota não se mexeu nem um dedo, olhando a amiga.- Sabina!

Ela pareceu acordar e foi em direção a sua bolsa caída, ligando para a ambulância. Enquanto isso, fiquei conferindo seu corpo, e tentando descobrir o por que do seu desmaio repentino.

— Any, me escute, você não vai morrer, está me entendendo? Eu não vou permitir!- Falei sentindo águas nos meus olhos.

De repente não senti seu batimento cardíaco mais. Entrei em desespero. Minhas mãos se juntaram e foram até a região de seu peito, começando uma massagem cardíaca para reanimar seu coração.

Abri sua boca, e colei nossos lábios, fazendo a tão famosa respiração boca a boca. Eu fiz novamente a massagem cardíaca, e a respiração umas três vezes. Sabina chorava cada vez mais.

Eu estava chorando.

— Por favor...- Eu pedi.- Por favor Any!

Comecei a fazer com mais força a massagem. Praticamente a esmurrando. Seu coração tinha que reanimar. E eu tinha que usar toda a força que tinha para isso.

Até que olhei para ela, e vi sua respiração. Ela estava respirando. Ela estava respeitando!

Um alívio percorreu pelo meu corpo. Any estava viva, por enquanto. Eu enxuguei minhas lágrimas, e então, vi seus olhos abrirem bem pouquinho, me aproximei dela.

— Hey, Any... tá tudo bem.- Ela não conseguiu abrir completamente os olhos, e então os fechou, desmaiando novamente.

— Não...- Sabi chorou mais ainda agarrada as suas pernas.

Na hora, entraram os bombeiros, e me pediram para afastar. Mas falei desesperadamente que eu era médico e menti dizendo que Sabina era uma amiga minha e que me ligou desesperada para pedir para cuidar de uma amiga dela (no caso a Any.)

Eles não podiam saber que eu a conhecia. Que eu a amo. Porque o hospital não permite cirurgiões fazerem cirurgias em familiares e/ou amigos e conhecidos.

 MINHAS ESTRELAS⇡beaurreanyWhere stories live. Discover now