Olhei pela janela e vi esse tempo frio.

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Porque o amor existe para provar que o seu sistema não falhou. - Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente, 186. 

Lily estava sentindo um enorme peso nos ombros, observou mais uma vez a rua lá fora e as criancinhas se despedindo no fim da tarde. Deviam estar brincando a horas. - Pensou a ruiva. - E meu filho nunca deve ter feito isso. Sabia que podia estar exagerando um pouco, mas tudo bem, ela não estava em condições para ser lógica e racional. 

McGonnagall lhe passou uma xícara de chá, que ela aceitou de bom grado. A casa da antiga professora era pequena, apertada. Havia um "corredor" no andar debaixo que mantinha a cozinha e um banheiro. Subindo uma escada se davam com uma sala minúscula e um quarto no final de tudo, apesar de ter uma vista fantástica da sala em direção as ruas do vilarejo, dava para ver um pouco do lago e se olhasse bem, apertando os olhinhos, até algumas torres do castelo de Hogwarts. 

— Eu tenho que ir. — Murmurou Minerva. — Amanhã haverá um jogo de quadribol... — Isso interessou James, que estava ao outro lado da sala mexendo em potes de cerâmica, ele estava mexendo porque reconheceu o que deu para a professora de aniversário. — Grifinória contra Lufa-Lufa, se vocês quiserem eu posso colocar vocês dentro do castelo. 

— Sim. — Disse James depressa, animado. Com um sorriso que fez até mesmo Lily sorrir, mesmo ainda estando irritada. Então ele baixou o sorriso e olhou para a esposa, como quem pedisse permissão, fazendo sua melhor cara de fofo. Lily suspirou lançando um sorrisinho. 

— É claro. Nós vamos adorar, Minerva. Por favor. — Disse a ruiva. 

Minerva sorriu, se levantou da poltrona, deixou a xícara na mesinha ao lado das duas poltronas que ficavam ao lado da única janela, beijou a testa dos dois e seguiu caminho para as escadas. James e Lily ainda conseguiram vê-la saindo pelo portão e seguindo pelas ruas para ir para Hogwarts. James se sentou no braço da poltrona de Lily, mas eles continuaram apreciando a vista:

— Vamos conversar sobre isso? — Perguntou James, sem se virar pra ela. Ouviu o suspiro que a ruiva deu. 

— Senta na outra poltrona, Jay. — Murmurou Lily. 

James se sentou, lado a lado, ainda observando a vista. O braço do moreno estava apoiado nos braços do sofá, Lily bufou e agarrou a mão dele, entrelaçando seus dedos:

— Ainda estou irritada com você. — Disse ela, cortando o sorrisinho que brotava nos lábios do marido. 

— Certo... — Murmurou. — Eu não quero que o Peter morra. 

— Eu não quero que o Sirius morra como um criminoso. 

— Eu não quero perder um dos meus melhores amigos. 

— Eu não quero que o Remus sinta como se não tivesse mais ninguém. 

— Eu não quero que faça o que fizeram com Frank e Alice. 

— Eu não quero que meu filho sinta medo do padrinho dele. 

— Eu... — Mas James divagou, todos os seus argumentos tinham haver com defender o Peter, e ele sabia que isso era cruel. Ele sabia que não devia defende-lo, mas faz parte dele. Eu jurou sempre defender os seus amigos. 

— Jay, eu não posso fingir que te entendo. Eu realmente não posso. — Disse Lily, percebendo que ele não iria continuar a frase. — Eu sei que você sempre teve o dom de proteger seus amigos, eu sei que você que você ama eles. Só que eu também sei que perante a porra de um Remus muito irritado porque o padre faltou você jurou me proteger e que perante a droga de um Remus também irritado porque o Harry nasceu antes da hora e ele teve que fazer um parto, você jurou proteger o Harry. 

𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.Onde as histórias ganham vida. Descobre agora