Dançar na chuva como for

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(Ela/elu)

Eu quero chuva de comentários, se não nem começo a escrever o capítulo do casamento ♡

- Vai, coloca isso aqui - ordenou Lily esticando a blusinha bege claro pra Mary.

Finalmente, depois de quatro horas, Mary calou a boca arregalando os olhos.

- Eu não sou uma noiva, Lily.

Mary viajou para o Brasil com Marlene e Dorcas pra ajudar com a organização do casamento. Aparataram juntas por todas as praias da lista de opções até que vissem os olhinhos brilharem e assistissem ela correndo pela areia berrando suas ideias para a cerimônia.

Flores, compras, bebidas, comidas, docinhos, lembrancinhas, listas de convidados, funcionários, playlist... Era uma diversão pura.

Seu português era um horror, dava vergonha de conversar com ela. E a falta de jeito com os trouxas brasileiros era ainda pior, porque Mary não é o tipo de pessoa discreta, e os brasileiros não são nem um pouco discretos...

Dorcas e Marlene não ficavam muito em casa também, Mary tinha praticamente total controle do casamento, já que tudo estava sendo feito por ela. Dorcas e Marlene trabalhavam doze horas por dia, chegavam em casa exaustas, mas por sorte, hospitalidade era um dos lances de Mary, já que sempre tinham comida pronta quando chegavam, e se o preço de tudo isso fosse assinar uns papéis e ouvir umas ideias, tudo bem.

Mary fez muitas amizades no Brasil, amizades que tinham um ótimo olho pra qual pétala de flor ficaria mais bonita no chão do corredor da entrada das noivas.

Uma das coisas que ela mais gostava era organizar os detalhes. Quando chegava o momento do dia em que tudo acabava e ela se sentava pra montas as coisinhas de lembrancinhas... Era seu momento pra relaxar. Haviam coisinhas artesanais, ela gostava de usar seu óculos que inchava seu nariz e aumentava seus olhos castanhos.

Mary tinha uma mão leve, uma mão delicada. Podia bordar tecidos com a mesma facilidade que pintava as unhas da mão direita. O tule que Lily usaria para montar os vestidos foi inteiramente bordado a mão com fio de algodão. Dezenas de flores, todas diferentes umas das outras.

Marlene encontrou um pergaminho imenso preso na parede da casa indicando todas as coisas para serem feitas com instruções a serem seguidas a risca no dia em que Mary voltou para a Europa sem nem se despedir.

- Eu sei disso, o corpo de vocês é parecido, os seios dela só são um pouco maiores - disse Lily.

- Não posso usar isso, Li. É desrespeitoso! - disse Mary.

Lily suspirou.

- Desrespeitoso é você não provar e arruinar o vestido delas...

Vendo que Mary não colocaria, Lily soltou um sorrisinho e segurou o rosto de Mary com uma só mão. Mary arregalou os olhos se sentindo completamente paralisada, não conseguia falar e muito menos se mexer "droga, eu devia saber que ela faria isso!".

- Licença, Marie - disse Lily desabotoando os botões da blusa de Mary e despindo ela por completo, já que ela não estava usando sutiã.

Mary ficou presa até que Lily tivesse verificado todas as medidas e ainda feito as alterações na máquina. Dorcas tinha o corpo relativamente parecido com Mary, era um pouco mais gorda. Lily até provaria em si mesma se fosse a anos atrás, mas os anos em como fizeram ela poder ver até seus ossos se se olhasse nos espelho, isso fazia com que ela evitasse se ver com frequência.

- Você é má!

As garotas soltaram um grito levando um susto com um baque que ouviram no chão. Sirius acordou com um pulo, uma almofada e em posição de ataque, ele girava a cabeça como se procurasse o perigo:

𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.Where stories live. Discover now