De toda brincadeira de criança.

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A partir desse momento, a ordem cronológica do livro se torna extremamente necessária. Eu vou explicar melhor sobre isso no fim do capítulo para vocês entenderem melhor parte a parte. Esse capítulo vai ser focado na visão do Harry, pois agora, eu estou definitivamente pronte para começar o relacionamento TioMoony-Harry, e eu garanto que isso é a coisa que eu mais amo na vida.  

Minerva havia permitido que o casal Potter continuasse na casa dela, afinal, era o lugar mais seguro no momento. Nenhum dos amigos de Harry, exceto, é claro, Ron e Hermione, sabiam sobre James e Lily. 

Harry, por mais que tivesse odiado perder uma partida de quadribol, não podia ignorar a felicidade brilhante que segurava no próprio peito. Por mais que tentasse fingir que ela não existia, não podia enganar a própria mente fingindo que não imaginara de mais de cinquenta formas como seria o natal com os pais. Também não podia fingir que não havia feito um desenho na ponta de um pergaminho velho de como imaginava a casa dos pais. 

Até mesmo Hermione e Ron percebiam isso, se sentiram eternamente felizes quando Pomfrey permitiu que eles ficassem mais meia hora depois do horário com Harry - já que ela havia insistido que ele permanecesse ali pelo restante do fim de semana -, Ron ganhou a segunda partida de xadrez bruxo mas Harry pouco se importou. 

— Como é um natal em família? — Perguntou se jogando na cama. Hermione tirou os olhos do livro e olhou para Ron. 

— Ah... Bom... É quase igual o natal aqui em Hogwarts. Mas você está em outro lugar, com menos pessoas... — Murmurou Hermione. 

— Humm... 

— Cada natal é diferente, Hazz. — Disse Ron. 

— Mas é igual? — Perguntou franzindo a testa. Hermione e Ron se entreolharam nervosos. 

— Talvez não... Normalmente, as famílias tem tradições de natal. — Explicou Ron. 

— Verdade, a minha mãe acende velas vermelhas. — Concluiu Hermione. 

— Por que? — Perguntou Harry, ainda sem olhar na direção da amiga. 

— Ah... Eu acho meus avós faziam isso. São apenas tradições, Harry. 

Infelizmente, Pomfrey ordenou que Ron e Hermione voltassem para as comunais, deixando ele sozinho com os seus pensamentos. Apesar de ainda ter uma voz no lado esquerdo da sua cabeça dizendo que só teria o tão desejado natal em família se seus pais conseguissem encontrar Sirius Black. 

Um procissão de amigos veio visitá-lo no domingo, todos decididos a animá-lo. Hagrid lhe mandou um buquê de flores com lagartinhas, que pareciam repolhos amarelados, e Gina Weasley, corando furiosamente, apareceu com um cartão de votos de saúde, feito por ela mesma, que cantava com a voz esganiçada a não ser que Harry o guardasse fechado embaixo da fruteira. Mesmo depois todo esse tumulto, não havia ninguém que Harry quisesse ver mais do que queria ver os pais, apesar deles não terem retornado e já era quase a hora do jantar. 

Pomfrey estava assinando alguns papéis enquanto verificava uma coisa ali e aqui em Harry:

— Ah... Pomfrey? — Chamou Harry. A enfermeira subiu o olhar levemente para ele, mas ainda rabiscando o pergaminho.

— Sim? 

— A senhora viu os... ah... James e... ah... Lily? — O olhar que Pomfrey lhe lançou fez ele temer que tivesse imaginado a existência dos pais. A enfermeira crispou os lábios e se moveu desconfortavelmente. 

— Não... Desculpe. — Murmurou. — Não os vi. 

— Achei que eles viriam me visitar... 

𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.Where stories live. Discover now