𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.

Ou só se preocupar

Esse capítulo foi dividido em três partes, esse vai até um dia antes do Natal, o próximo vai até o Harry embarcar no trem para Hogwarts e o próximo são cenas em que o Harry não narra ou não está presente. 

(Pronomes - também queria saber. Mas acho que ele/elu)

Harry correu os olhos por todas as lojas da enorme Londres, luzes piscantes e decorações de Natal o deixavam maravilhado. Não chegava a ser tão incrível quanto Hogwarts com as fadinhas brilhantes, mas era tão encantando quanto. Olhando para os lados, percebeu que poderia comprar os presentes de Ron e Hermione ali mesmo.

O jantar com os outros seria em meia hora, James achou que o filho se interessaria em conhecer a Londres trouxa, duvidava que os Dursley sequer o tinham levado lá alguma vez. E estava certo sobre isso, percebeu com os olhares admirados que Harry lançava.

— Harry, querido, venha — chamou Lily.

Harry olhou para o lado da voz, percebeu que seus pais estavam a quase dois metros mais longe. Saltou animadamente e andou em passos rápidos para os alcançar:

— Londres está diferente de quando éramos jovens — disse James, olhando em volta. A voz tinha um leve tom de tristeza.

— Não foi aqui que o Sirius caiu do prédio e o hospital mandou uma ambulância, vocês ficaram sozinho na ambulância, você curou ele e quando chegou lá os médicos ficaram doidos por ele não ter nenhum arranhão? — perguntou Lily apontando para um canto da rua. James começou a rir.

— Verdade, foi hilário — disse James. — Quando eu tinha sua idade, Harry, talvez um pouco mais velho. Eu fiz um curso com a Pomfrey pra aprender a cuidar do Remus, e no quinto ano, quando nós temos que decidir nossas futuras profissões, eu disse pra Minerva que iria me formar em Medi-Bruxo e ter meu próprio hospital.

— Isso é incrível — disse Harry, soltando um sorriso. Franziu as sobrancelhas. — Mas por que precisaria cuidar do Prof. Lupin?

— Ora, Harry — começou James, mas recebeu um leve beliscão no braço —, o que foi?

Lily fitou ele negando com a cabeça. Harry semicerrou os olhos confuso, olhou para o outro lado, dando um pouco de espaço pra eles conversarem com seus olhares estranhos.

— Remus é um lobisomem, Harry. Ele se machucava muito nas transformações porque ficava trancado. Foi por isso que seu pai e os meninos viraram animagos, e é por isso que seu pai quer ser médico, para descobrir a cura da licantropia — disse Lily cautelosa.

Harry ficou calado por alguns instantes. Então era por isso que Prof. Lupin ficava doente todos os meses? E é por isso que Snape passou aquela aula sobre Lobisomens... Harry vasculhou em sua mente e se lembrou da voz de Hermione dizendo algumas coisas sobre lobisomens enquanto fazia sua redação semanas atrás. Pensando no Prof. Lupin agora, ele não parecia nada com os lobisomens de que ouvira história... Talvez as cicatrizes lembravam um pouco e claro, o fato de ficar doente... Mas ele era bom. Imaginava lobisomens como seres assustadores com sede de morte, mas Prof. Lupin era, talvez, o adulto mais agradável que ele conhecera em anos.

— Você vai ser um bom médico — disse Harry, mirando James. — E vai ter um ótimo hospital.

James sorriu agradecido, o abraçou pelo ombro guiando pelas ruas. Harry olhou para cima até seu queixo doer e ele cambalear para trás, admirado com o tamanho do prédio. Era imenso.

Entraram pela entrada de portas de vidro. A recepção era delicada, tinha poltronas, quadros e mesinhas com café, além das diversas portas e escadas levando para outros lugares. Sua mãe também parecia admirada com o lugar, James sorriu levemente olhando para os dois: