Eu só quero poder, de novo e de novo

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Comentários por favor, e estrelinhas!!!

Parecia o fim da amizade de Ron e Hermione, depois do casamento, eles se distanciaram de uma forma abruta e andavam se evitando mais que o comum. Estavam tão zangados um com o outro que Harry não conseguia ver como poderiam, um dia, fazer as pazes novamente. 

Rony estava enfurecido porque Hermione nunca levara a sério as tentativas de Bichento para devorar Perebas, não se dera o trabalho de vigiá-lo de perto e continuava a fingir que o gato era inocente, sugerindo que Rony procurasse Perebas embaixo das camas dos garotos. Por sua vez, Hermione insistia ferozmente que Rony não tinha provas de que Bichento devorara Perebas, que os pelos talvez estivessem no dormitório desde o Natal, e que o garoto alimentara preconceitos contra o gato desde que Bichento aterrissara na cabeça dele na Animais Mágicos.

E Harry tinha certeza certeza que Bichento comera Perebas... Até ler as correspondências que chegaram pela manhã. Harry aproveitava o único momento livre do dia, os quinze minutos antes do segundo treino de quadribol do dia, Oliver cortara todos os momentos felizes da equipe fazendo treinos de quatro horas diárias, duas horas antes das aulas e duas horas depois das aulas. O que forçou Harry a fazer os deveres de casa entre as aulas ou muito tarde da noite, além de que apenas um único momento para treinar com Prof. Lupin. 

Haviam bem mais que doze cartas destinadas a Harry Potter, que simplesmente chegavam e Harry enfiava embaixo da cama para ver depois, pois ultimamente esteve bem cansado. Não tinha muito tempo para raciocinar direito enquanto lia. 

Gargalhou lendo Sirius descrever como é posar nu para uma empresa, sobre os restaurantes e sobre os salões de beleza. Leu sobre Mary falando que achou um casaco "velho, fedido e gigante" na caixa de doações da empresa e jurou que fosse o dele - é só Mary conseguia faze-lo rir enquanto falava mal dele, ao mesmo tempo. Recebeu pelo menos quatro cartas de Marlene e Dorcas falando sobre levar ele para o Brasil para um intercâmbio cultural sobre magia brasileira, detalhando cada detalhe. E claramente, cartas de sua mãe, falando sobre seus dias e dicas maternalistas "se você precisar de um livro na biblioteca, mas não estiver encontrando, aponte a varinha entre as estantes e veja com clareza o nome do livro flutuar na sua mente". Harry entendeu que sua mãe era uma especialista em magia sem as mãos, magia só com o poder da mente, e simplesmente achava loucura, Lily sempre deixava uma dica mágica no final das cartas, mesmo que Harry dificilmente conseguisse realizar alguma coisa. E cartas do seu pai, muitas cartas de seu pai, porque James queria lhe contar tudo, contava sobre as notícias de Quadribol e recortava e colava nas cartas as partes mais interessantes, escrevia histórias e deixava no cabeçalho "Hazz, lê antes de dormir, pra você dormir como se estivesse conosco", contava sobre Lily, sobre os planos que faziam, sobre a viagem que planejava escondido de Lily, sobre literalmente tudo e qualquer coisa. 

Harry se sentia nas nuvens, nunca recebia uma carta de casa e agora tinha até que se planejar para conseguir terminar de ler, era como se tudo que sempre sonhou finalmente se tornasse realidade, mas como nem tudo são flores... 

  Querido Harry, 

Preciso te pedir um favor, eu sei que vai parecer confuso e não posso explicar muito bem isso agora. Rony tem um rato, certo? Preciso que pegue-o e o segure até que seu pai possa ir busca-lo, é de extrema importância. Ele não é o que aparenta ser, confie em mim, por favor... 

  Com amor, mamãe. 

Harry enfiou rapidamente a carta embaixo do travesseiro quando a porta se abriu, Ron olhou para ele:

— Faça o favor de não ver belas bruxinhas em plena luz do dia, Harry Potter — resmungou Ron, que entrara se arrastando pelo quarto, como se fosse uma lesma meia morta. 

𝐂𝐚𝐫𝐫𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐝𝐞 𝐦𝐚𝐝𝐞𝐢𝐫𝐚. - 𝐌𝐚𝐫𝐨𝐭𝐨𝐬.Where stories live. Discover now