°•Capítulo 11•°

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°•De volta ao lugar sombrio•°

   - Olá, Midoriya.

   Ele franziu suas sombrancelhas.

   - Já faz um tempo, certo?

   - Não deveria ter voltado.

   - Eu sei disso. Mas seu pai me falou tanto de você que não pude evitar sentir saudades...

   Izuku desviou seus olhos para o homem parado ao seu lado.

   - Ele não é meu pai, meu pai está morto.

   - Mas você sabe...Um dia ele vai se casar com sua mãe. Você terá que arcar com isso. Você sabe...Ele te chamando de filho e todas essas coisas paternas.

   Izuku novamente fitou o homem.

   - Não, ele nunca será meu pai, mesmo que se case com minha mãe.

   - Não fale com tanta convicção garoto. Você ainda é uma criança, não entenderia...

   - Sou grande o suficiente.

   Ele deu de ombros.

   - Se você diz.

   Seu sorriso era nojento. Algumas coisas nunca mudam. Eu acordei em um susto após escutar alguém me chamar ao fundo. Era estranho.

   - Vejo que acordou.

   A voz era irritantemente familiar.

   - Shiga...Raki?

   Eu mormurei, não esperava receber uma resposta.

   - Que bom, ainda reconhece minha voz.

   Como se as coisas não estivessem ruins o suficiente.

   - Onde eu est- Ah!

   - Acho melhor não se mover tanto.

   Minha visão começou a se clarear. Eu sentia uma dor agonizante em meus pés e cabeça. Eu estava deitado em uma maca hospitalar; O lugar era escuro e eu simplesmente não conseguia enxergar nada que estivesse a um pouco mais de um metro de mim. Para meu azar, Shigaraki estava bem ao meu lado, e pude ver claramente seus olhos vermelhos sádicos brilharem quando me percebeu o olhar de relance.

   - Seja bem-vindo.

   Seus cabelos estavam ainda mais bagunçados do que me lembrava. Sua pele pálida e acinzentada, cheia de cicatrizes e algumas escamas acinzentadas; Abaixo de seus olhos, nota-se fundas olheiras roxas. Ele parecia segurar algo.

   - Já faz um bom tempo...

   Mais uma vez eu tentei me levantar, mas desta vez pude distinguir perfeitamente de onde vinha aquela terrível dor, meus pulsos e tornozelos estavam presos a maca, provavelmente estavam cortados pelas correntes.

   - ONDE EU ESTOU?

   - Hey, Hey, calminha.

You again //BakuDeku-KatsuDeku//Where stories live. Discover now