°•Capítulo 15•°

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°•Os trarei de volta•°


Pode-se afirmar sem relutância que a noite anterior fora incomum, não só ela, aquele manhã também parecia diferente, para não dizer estranha... Mais tarde no mesmo dia, Ochako junto a Denki e Iida se viram obrigados a preparar o almoço, já que ninguém o faria caso o contrário. Obviamente, com todos abalados a mansão se vira após tantos anos, silênciosa, quieta, onde nada além das poucas palavras isoladas e pequenas frases eram escutadas da boca dos moradores. Até mesmo durante o almoço poucas palavras e olhares foram trocados. Todos sentiram a falta de Toshinori, Tsuyu e Izuku. Por conta de todas as coisas que aconteceram, poucos recordaram da irmã mais nova da falecida Hitomi, Kurumi. Ou da fantasma que se mantinha igualmente estática, sem qualquer sinal de despertamento, a ninfa também se viu desamparada, ainda que não demonstrasse. Todoroki fora quem o levara as sobras do almoço aquela manhã, já que fora o único a se lembrar da pobre criança. Claro, a culpa não poderia ser colocada sobre aqueles, já que o estresse fora o responsável por toda a situação. Após o almoço -que mais parecia um terrível enterro do que qualquer outra coisa- cada um foi para um canto, isso com clara exceção a Bakugou e seus companheiros, Kirishima e Ashido, já que Denki preferiu ficar em seu quarto como teria passado o resto da tarde. Ochako ainda se via desamparada, tendo o pouco consolo de Iida por alguns instantes, antes do garoto sumir para seu quarto. Onde pareceu ficar. Toshinori não fora visto aquele dia, nem mesmo uma vez. Todos ainda tentavam, da sua forma engolir toda a crueldade que fora feita pelo homem a qual confiaram suas almas. Com o passar da tarde, nada de diferente aconteceu, apesar de quase todos já terem chegado a conclusão de que aquilo não poderia continuar de tal maneira por mais muito tempo. Mas o que podiam fazer? Claro, alguns já sabiam o que fariam. A maioria, para falar a verdade. Ainda que soubessem que aquela não era exatamente a melhor opção. Mas, em um quarto separado, a situação se mostrava ainda pior.

- E-eu não quero. Não posso, certo? Por favor, me deixe continuar aqui.

A garota repetia com lágrimas em seus olhos, se via desesperada, já que a mais próxima a si, naquele momento, insistia para que saísse do cômodo, e voltasse atrás com sua decisão sólida...talvez, encontrar com os outros parecia uma boa opção.

- Você não pode ficar aqui! Por favor, olhe seu estado.

Ela apertou suas pernas com força. Não queria, não podia sair dali.

- Eles já tem muitos problemas, eu não posso. Por favor Momo! Me deixe aqui.

- Não! Já se passou um dia! Não seja tão teimosa, Jiro. Precisamos de ajuda agora!

Ela fechou os olhos com força, sentido sua barriga latejar.

- Não posso! Não quero os causar problemas.

Momo de levantou frustada com sua amiga que ainda manteve-se firme em sua decisão.

- Não vou deixar você morrer lentamente. Se você não quer vir comigo, pedirei ajuda sozinha!

- MOMO! POR FAVOR!

Ela berrou já desesperada. Yaoyorozu franziu o cenho em uma expressão triste, mas já decidida. Ela cruzou a porta do armazém isolado, e logo a empurrou com força, a fechando.

Na noite anterior, Momo, enquanto caminhava pelos arredores da mansão notou o armazém velho, onde eram guardados todos os tipos de inutilidades, e objetos velhos ou não mais utilizáveis. Percebendo que nunca havia visitado o local, 'Dar uma olhadinha' parecia uma boa alternativa para o sono a qual a garota perdera. O adentra quando nota uma certa garota invisível seguindo um animal de pelos brancos e olhos azuis brilhosos e firmes que carregava um esverdeado sereno e sem vida. As silhuetas se moviam para longe, preferiu ignora-los e manter-se firme em seu objetivo principal. Era como se algo insistisse para que entrasse no cômodo. Ela se afastou, pegou impulso e empurrou a porta com força, ela se abriu com leveza e a garota acabou por cair já dentro do armazém, que provavelmente já estava aberto.

You again //BakuDeku-KatsuDeku//Where stories live. Discover now