FATALE • jjk X pjm •

Capítulo XXX

Jimin

- Amore dammi attenzione!
/Amor me dê atenção!

Virei o rosto rindo baixo ao ver Jun sentado no chão ao lado da minha cadeira em meu escritório. Ele estava reclamando já tinha um tempo que eu estava trabalhando o dia inteiro e não tinha ficado com ele. Tinha surgido um monte de papelada que Seokjin me mandou sobre os relatórios do Palácio na Itália e eu queria analisar tudo um por um, mas não podia negar nada a Jun, ainda mais quando ele usava aquele tom manhoso. Deixei os papéis sobre a mesa, me virei segurando a mão de meu doce e me levantei o puxando para mim, enlacei sua cintura e levei a mão livre ao seu rosto fazendo um leve carinho enquanto beijava sua testa.

- Tudo bem, amore mio. O que quer fazer ?

Ele sorriu, com aquele sorriso lindo que eu amava, e como sempre, me puxou para fora do cômodo onde eu usava para trabalhar e logo entramos em nosso quarto. Ele andou até a beira da cama tirando a calça moletom que sempre usava ficando somente com minha blusa e ergui a sobrancelha observando aquilo. Será que ele..?

- Pare com isso ! —escutei a gargalhada e ri o acompanhando— Eu só quero deitar com o senhor.

Assenti caminhando até a cama e tirei minha camisa a jogando no chão. Eu sabia que ele preferia ficar assim, deitado no meu peito somente sentindo a mim e a ele. Costumávamos ficar assim durante muitas horas, todos os dias. Nos apegamos tanto a esse contanto um do outro que era difícil ficar sem, pra mim era como uma dose de calmante diária, ou uma dose de serotonina. Extremamente necessária para que eu consiga passar o dia sem fazer o Hoseok de agente funerário, como ele mesmo costuma dizer. Mas ultimamente eu vinha me perguntando se Jun ainda sonhava com Sehun, eu não vou mentir que sinto falta dele, mas é uma saudade diferente. Eu o tinha como um grande amigo antes de nós apaixonarmos, e isso não mudou até hoje.

- Meu doce.. —o vi olhar para mim com aqueles olhos negros e grandes que eu não cansava de observar— Voltou a sonhar com Sehun?

- Não, ele disse pra mim que eu já sabia tudo que tinha que saber, e que era hora de eu mudar nosso destino. —assenti olhando para o teto mas senti a mão dele em meu rosto atraindo minha atenção– Porque ?

- Não é nada, somente curiosidade. Eu o vi somente uma vez, e parece que virou meu mundo de cabeça pra baixo como sempre fazia.

- Ele apareceu pro senhor? —assenti com um sorriso mínimo— O que ele disse?

Aperto ele um pouco mais contra meu corpo inspirando o cheiro do perfume dele e deixo um selar nos seus lábios.

- Disse que eu tinha que deixar ele para trás. Que tinha que viver o presente com você, e que me libertava da promessa que o fiz.

- Que promessa ? —Ele perguntou de uma vez mas arregalou levemente os olhos— Desculpe, tudo bem se não quiser falar.

Abro um sorriso pequeno vendo como ele tentava sempre ser delicado comigo e respeitar meus limites, isso era extremamente adorável.

- Não há nada sobre mim que você não saiba. —ele assentiu um pouco sem graça— Anos atrás, eu prometi que que nunca mais me deitaria com qualquer outra pessoa, que meu coração e corpo seria sempre dele.

Ele ficou me olhando como se estivesse processando o que eu disse e apenas se moveu beijando meu queixo.

- Isso é lindo, mas me parece muito solitário.

- Foi muito solitário, durante muito anos. Mas eu não me arrependo de nada.

Ele assentiu e voltou a deitar a cabeça no meu peito. Parecia pensativo, eu adorava ver ele nesses momentos. Porque ele sempre foi muito expressivo, e eu o observava tanto que podia claramente ver que ele estava em dúvida, parecia querer me perguntar algo.