FATALE • jjk X pjm •

Capítulo XXXVI

OI MEU POVO LINDO!

Eu senti uma puta falta de vocês, esse tempo todo eu estava me alimentando apenas dos comentários de vocês, e devo dizer, são MARAVILHOSOS. E eu agradeço muito por quem esperou o tempo necessário para que eu ficasse um pouco melhor, e olha, toda vez que eu recebia uma mensagem de vocês o meu coração ficava quentinho. Gente, podem me mandar mensagem, eu respondo por mais que as vezes eu demore, eu amo ver vocês falando sobre a história.
(Eu quase chorei quando uma leitora disse que sou uma das escritoras favoritas dela)

Depois a gente se fala melhor, bom capítulo!

🥀

Estávamos a caminho do Palácio e Taehyung permanecia calado. Isso já estava me soando um poco estranho, mas seria melhor conversar quando chegássemos.

O dia tinha sido cheio de surpresas.

Se eu dissesse que não estava esperando aquela reação do Jimin, eu estaria mentindo, esperava até pior na verdade. Achei que quem fosse levar o soco na cara seria eu. Admito que fiz errado, mas eu precisava vê-lo, era um data que eu não abriria mão de estar com ele. E me senti realmente feliz por ver ele daquele jeito, ele estava mais leve, ainda sentia aquela dor, obviamente, mas Jungkook trouxe a ele um alívio. Eu ainda podia me lembrar da primeira vez que Jimin tentou passar seu aniversário sozinho, fazia um ano que Sehun tinha falecido, e sinceramente, Jimin parecia tão morto quanto ele. Eu tomei conta da máfia sozinho por quase dois anos até Jimin se sentir pronto para voltar e assumir o lugar que o velho tinha deixado para ele. Mas o primeiro ano foi o pior de todos, ele estava na casa da montanha da Itália a muito tempo, na verdade ele passou quase dois anos inteiros lá. A casa estava um caco, suja demais, fedia a cigarro e a drogas, e também fedia a muito café. Ele estava encolhido no chão frio e parecia desmaiado, e realmente estava porque não respondeu a nenhuma das vezes que tentei acorda-lo. Naquele dia, eu limpei toda a casa, dei um banho nele, fiz uma pizza para comermos e assim ficamos, em silêncio por todo a parte do tempo que fiquei lá. E os anos se seguiram assim, todo aniversário eu ia visita-lo para ter certeza que meu amigo ainda estava vivo pelo menos fisicamente, e sempre rezei por isso. Hoseok se mostrou a pessoa perfeita durante todos esses anos, sempre esteve ao lado de Jimin, aturando seu mau humor noite e dia, sempre averiguando se ele comia ou se estava ao menos vivo. E sempre mantivemos contato, trocando nossas informações e zelando pelo bem estar do nosso amigo. Só nós dois sabemos angustia que sentimos por todos esses anos, o desespero de receber uma ligação do Hoseok era tão grande que eu sempre o atendia com aflição.

Era bem difícil e cansativo, por vezes discuti com Jimin, pedindo que ele tivesse o mínimo de consideração conosco e tratasse de ao menos se alimentar e não encher o rabo de drogas. Mas em determinado tempo, eu parei de julga-lo, porque só ele deve saber a dor que sentiu quando perdeu o seu primeiro amor. Só ele deve saber o peso da culpa de estar envolvido diretamente com aquilo. Obviamente eu não pensava que ele era o culpado, longe disso, aquele psicótico do Jaebum não merece nem uma passagem só de ida para o hospício, merece uma passagem só de ida para o colo do capeta. Mas algo me dizia que isso tudo não passava de uma mera obsceção com as pessoas a volta dele, e sim diretamente para com o Jimin. Ou ele devia ter uma inveja enorme, ou deveria ser apaixonado por ele, porque puta merda, que cara maluco.

Mas enfim, o que importa é que agora Jimin finalmente está bem, feliz e vivendo verdadeiramente ao lado de seu marido.

O meu problema maior é o que ele conversou comigo hoje de manhã, sobre o Tigrinho. Eu realmente estava sendo verdadeiro com o que disse, quero o bem dele, na verdade tem sido o que mais penso ultimamente. Esse menino não viveu nada, perdeu os pais cedo demais e juntamente com eles a própria infância, já que passou os últimos anos sendo treinado para ser o guarda costa de Jungkook e logo depois se tornando o mesmo. Ele não sabia as coisas básicas sobre a infância, como ver um desenho, ter uma festa de aniversário ou passar uma tarde se lambuzando de doce. Eu sentia que devia mostrar tudo isso a ele, sentia que tinha que cuidar dele.