9- Sold.

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Ambos entramos pela janela de Sina cuidadosamente, e rapidamente já a arrasto para o seu banheiro.

- Senta aí. - Aponto para a pia. - Tem as coisas que eu preciso aqui?

- Tem aqui no armarinho. Tem pomada e esparadrapo.

Com as coisas em mão, molho uma toalha e limpo o excesso de sangue antes.

- Acho que tinha uma pedrinha no lugar que você caiu. - Digo quando percebo que não foi só um ralado.

- O que isso quer dizer?!

- Nada de mais, só que você vai ter que tomar cuidado com isso aqui, tem que passar pomada todo dia. Fez só um machucado um pouquinho pior que um ralado normal.

- Certo... - Ela encara seu próprio braço. - Me sinto uma covarde de não ter feito algo com ele.

- Para com isso, é sério. Você sabe que não está errada.

- Sim, eu sei mas-

- Não tem "mas". Esquece isso só por agora, okay?

- Certo.

- Você comeu alguma coisa hoje? - Mudo de assunto.

- Sim.

A encaro enquanto enrolo seu braço com esparadrapo.

- Okay... Eu não comi. Mas estou bem.

- Não mesmo. Vou descer pra pegar algo, o que quer?

- Não faça barulho, pelo amor de Deus. E eu não quero nada.

- Não quer nem uma banana?

- Não posso...

- É uma banana, Sina... Só uma banana. Posso trazer junto com um cereal, também.

- Certo...

{...}

- Viu, não foi tão mal.

- É, não foi a melhor comida do mundo, mas estava okay.

Fiz um sanduíche também. Tudo como um ninja.

- Bom, então acho que eu vou voltar pra casa.

- Ah sim...

Me levanto, e calço um dos meus tênis enquanto ainda sentia os olhos de Sina me acompanharem.

- Obrigada por tudo isso. - Ela diz baixo, olhando para o chão

- Já disse que não foi nada, Deinert. Mas se quiser me retribuir algum dia sabe que minha cama está lá. - A lanço uma piscadinha, a fazendo revirar os olhos.

- Você é um cretino. - Ela meche nos cabelos desconfortavelmente.

- Te deixei tímida? Que fofa.

- Eu não fico tímida.

- Mas você está.

- Vai embora Noah, caralho.

- Vou embora! - Afirmo na defensiva.

- Está enrolando porque, então? - Ela encara minha boca.

Calço o segundo tênis e vou em direção á janela e saio sem dizer uma palavra, com um sorriso malandro no rosto.

Quando estou prestes á descer as escadinhas do telhado, mal percebo estar voltando pra dentro.

Pulo para dentro do seu quarto mais uma vez, enquanto Sina me encarava com as mãos no zíper aberto do vestido, um tanto surpresa com a minha volta.

happy ending | noartWhere stories live. Discover now