12- Xanax.

502 67 38
                                    

Tive que dizer que Mason estava passando extremamente mal na festa para sair do jantar e ir até Sina.

Cadê a porra do namorado dela nessas horas?! Tipo, de verdade!

Por sorte, a cidade é pequena e nenhuma casa é muito longe. Ainda assim, estou a xingando em quinze línguas diferentes agora, simplesmente por pôr peso na minha consciência e me fazer largar a sobremesa na metade.

Ascendo um cigarro enquanto corria rápido com o carro entre as faixas. Outro problema seríssimo me aparece:
Como vou a deixar em casa sozinha no estado que ela está? Se Jason a ver assim, é possível que não exista mais uma Sina.

Merda, merda, merda.

Jogo o cigarro fora quando estou na porta da casa lotada. Essa gente não cansa de dar e ir em festas, por céus...

De cara encontro Mason roendo as unhas no canto da sala, e com certeza sussurrando xingamentos em espanhol. É algo que ele faz muito quando está nervoso.

- Graças á Deus você chegou, porra!

- Cadê a peça?

- Está na estação de bebidas. Não para de beber. Mas já a vi bebendo assim várias vezes e ela nunca ficou nesse estado. Com certeza deram algo á mais para ela.

- Certo... Não acredito que essa porra vai sobrar pra mim de novo.

- Mano, só agarra ela pelo braço e larga em casa. É isso.

- Claro que não. Quem disse que ela vai chegar em casa e capotar? Muito possível ficar acordada e muito louca. Se Jason a ver assim, ela tá morta.

- Foda-se Noah, isso não é problema seu. Vai fazer a sua parte.

- É... E tenho que a fazer comer algo também. Com certeza nada entrou naquele estômago o dia todo.

- Isso. Faça isso e depois me liga para dizer o que aconteceu, okay?

- Okay... Me deseje sorte. - Digo enquanto virava as costas.

- Boa sorte! - Ele grita de longe.

Com alguns passos já posso a enxergar. Céus. Mal consegue falar, muito menos se manter em pé.

Ela está conversando com um amigo dela, cara do time de basquete, que está basicamente no mesmo estado.

Respiro fundo e por trás, puxo levemente seu braço para que se virasse para mim.

Sina acaba cambaleando bastante e consigo a pegar em uma distância boa da multidão.

- Vamos, você tem que ir pra casa. - Digo.

- Não! Não vou pra casa! - Ela diz como uma criança emburrada.

Aperto ainda mais seu braço, e não dou a opção de não ir.

- Me solta!

- Eu te soltaria se o teu namoradinho estivesse aqui pra cuidar direito de você e não te deixar ficar nessa porra de estado!

Ela murmura algumas coisas literalmente incompreensíveis enquanto continuo a puxando para fora. Sina está tão fraca, que não consegue nem se debater mais.

A jogo no banco da frente do carro e ela simplesmente apoia a cabeça desajeitadamente, e passa a maioria do caminho sem dizer nada, só se remexendo muito.

- O que te deram?

- Nada.

- O que te deram? - Repito, dessa vez mais imponentemente.

happy ending | noartHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin