Capítulo 11 e 12

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Acordo assustada e me vejo na sala da casa de Hector. Ele esta sentado de frente para mim com o polegar nos lábios pensando e encarando o chão.

– Oi. – sussurro e ele vira sua atenção para mim.

– Oi – ele diz se concertando no sofá – Esta doendo?

– Não – digo – Melhorou.

– Eu te dei um remédio enquanto dormia – ele diz – Seu sono é pesado.

– O que aconteceu depois que eu desmaiei? Cadê Judite?

– Esta aqui, relaxa – ele diz – Evandro esta preso, mas infelizmente vai sair cedo.

– Tenho que voltar para casa – digo tentando me levantar, mas parece que o remédio que Hector me deu teve um bom efeito. – Tentar concertar as coisas com a minha mãe.

– Você já esta em casa. – ele diz e eu o encaro.

– O que? Não posso... – balanço a cabeça – Se Evandro voltar para casa minha mãe estará em perigo.

– Lia... – Judite entra na sala. Ela esta descalça e descabelada, sua saia quase bate no chão. Ela vem ate a mim se ajoelha e me abraça chorando.

– Oi Ju – digo esfregando suavemente seus cabelos longos. – Calma, eu estou bem.

– Não é isso – ela me encara com seus olhos vermelhos de choro – Hector quer te tirar de mim.

– Calma... Ninguém vai me separar de você.

– Cecília, eu sinto muito – Hector diz – Mas o que eu tenho a tratar é somente com você.

– Não se comove? – estreito os olhos – Ela é minha irmã, tem 13 anos e sofreu abusos!

– Isso é problema de família, e você não tem mais família. – ele diz frio como sempre.

– Pra você eu não tenho, mas para mim é obvio que tenho. Eu me rendi a você Hector – cerro os dentes – Mas eu nunca vou me render a ficar sem minha irmã, se ela voltar Evandro vai matar ela! – digo e Judite afunda sua cabeça na minha perna para abafar o choro.

– Eu não posso fazer nada. – ele diz

– Mau caráter! – alterou o meu tom de voz – Estúpido, é isso que você é!

– Não altere o seu tom de voz para mim.

– Eu altero sim! Porque nada disso importa a não ser a minha irmã, se ela voltar estará morta, e se ela morrer eu não me importo que me mate, porque eu vou me sentir culpada pelo resto da minha vida – digo tentando conter a voz de choro – pelo menos deixe ela ficar comigo?

– Não posso. – ele levantou as sobrancelhas.

– Você...

– Mas posso fazer um acordo com você. – ele me interrompe.

– Que acordo? – perguntei e Didi o encara com os olhos cheio de lágrimas.

– Se ela ficar a imprensa descobriria, às vezes aqui é fica cheio de paparazzi, seria um problema para mim explicar a existência da sua irmã nessa casa. Mas eu posso manda–la para um colégio interno.

– Mas isso é tudo o que Judite não queria. – digo.

– Tudo bem Lia, só não quero voltar para casa. – ela diz meio rouca.

– O colégio interno não será aqui, será dos EUA, meu irmão estudou lá – ele diz e eu me surpreendo por ele ter um irmão – A escola é um pouco rigorosa, mas você vai gostar, tem passeios excursões, piscinas, festas...

– Não posso – digo – Se ela for pra longe eu não a verei nunca.

– Ela poderá vir todo mês e ficar uma semana. – ele diz e Judite me encara, parece ter gostado disso – Ela poderá aprender inglês fluente, irei colocar ela em uma sala com alunos daqui, para idade dela ela aprenderá inglês com muita facilidade. – ele diz rapidamente – Também irei dar celular, notebook, o material escolar e tudo o que precisar, roupas, calçados...

– Faria tudo isso? – Judite pergunta e me encara.

– Sim. – ele diz – Vai gostar de lá;

– Isso é bom. – Judite diz – Vou poder conhecer a Disney?

– Sim. – Hector diz.

– De qualquer jeito não posso ficar Hector – balanço a cabeça.

– Não pedi para você ficar – ele diz – Eu mandei você ficar.

– Por que não pode ficar? – Judite pergunta.

– Nada não. – digo e a pulseira de Hector apita três vezes. Droga!

– Me fale o que esta faltando – ele diz

– Não quero falar. – digo e ele suspira alto

– É a mamãe – Judite diz – Ela não trabalha, e não temos condições. – dou um beliscão de leve no braço de Judite e ela segura o "ai".

– Posso arrumar um emprego para ela – Hector diz – Cecília – ele me encara – Eu sou rico, de verdade... Mas eu não posso fazer tudo pra sua mãe e dar tudo nas mãos de graça pra ela, ela tem que trabalhar ter o seu dinheiro...

– E mesmo que ela não merece. – digo – Sendo assim... Tudo bem.

– Você iria ficar de qualquer jeito – ele diz – Você é minha. Agora Judite, vou marcar o seu vôo para hoje ok? Conheço alguns gerentes da minha fábrica robótica que estão indo para os Estados Unidos, mandarei Yoto ficar de olho em você e te levar para a escola, só tem que pegar seus documentos.

– Posso ir pegar se quiser. – digo.

– Não. – Hector diz – Mandarei meu motorista pegar na sua antiga casa, não quero que saia daqui, não quero que se mova. John – ele chama o motorista e ele aparece na porta da sala rapidamente. Depois que ele explica tudo para ele abraço Judite em uma despedida.

– Ei, olha pra mim – digo e ela levanta o seu rosto – Você vai conhecer pessoas novas agora, vai entrar em um mundo que nunca conhecemos, vai ver coisas, vai ouvir coisas, vai... Sentir coisas, mas eu quero que prometa para mim que independente dessas coisas vai continuar tendo o coração bom e gentil, que não seja esnobe ou ignorante, que não causa encrenca e arrume boas companhias, que não aceite o que for te oferecer, que não...

– Lia – Judite me interrompe – Eu já sei de tudo, não se preocupe.

– Ah... – digo a abraçando enquanto Hector nos encara – Eu te amo, vamos conversar todos os dias ok?

– Celulares lá só nos finais de semana. – Hector diz.

– Todos os finais de semana. – digo e Judite sorri

– Ok, mãe – ela diz e eu beijo sua testa.

Vejo Judite indo embora para longe de mim e meu coração aperta, vou atrás dela, mas Hector segura o meu braço.

– Você não passa da porta. – ele diz e eu engulo um seco

– Que abstinência é essa?

– Vou te mostrar a casa, vem. – ele diz me puxando. – Essa é a sala de visitas. – Hector diz enquanto entramos em uma sala enorme.

A casa é toda de porcelanato. Ele esta me mostrando ela já faz 35 minutos, é muito grande, espaçoso e enorme, só mesmo empregadas domesticas robóticas para aguentar. Na sala de visitas há vários lustres, há também uma estante de bebidas, e uma mesa no meio dela.

– Agora vou te mostrar o seu quarto. – ele diz.

– Finalmente – digo levantando a sobrancelhas enquanto passamos pelos cômodos – Porque escolheu essa casa?

– Eu não escolhi essa casa – ele me olha de relance – Eu arquitetei.

– Por que em Brasília se você já morou na China ou nos Estados Unidos?

– Porque la já tem tudo o que eu quero expandir e por isso não faz muito sucesso. Aqui eu posso abrir um negócio tentar fazer com que o Brasil cresça nas tecnologias, estou criando uma robô avançada para leiloa–la aqui no Brasil.

– É sério? – pergunto curiosa – Avançada como?

– Ainda não tem a estrutura de pele humana, essa já estamos construindo a algum tempo também, mas primeiro quero leiloar a robô em formato tradicional, se eu leiloar a robô formato de mulher eu posso perder dinheiro. Quem iria comprar a robô tradicional se existe a em formato de mulher? É tipo como se eu estivesse inventando uma evolução.

– Mas você já tem a evolução pronta?

– Isso.

– Isso é... Trapaça! – digo ele sorri sem mostrar os dentes e encara o chão.

– É claro que não, isso é ser inteligente.

– Ok... – pisco algumas vezes – Mas então se você já tem em mãos vários robôs essas coisas... Por qual necessidade você quer uma escrava?

Hector me encara serio e enfia as mãos no bolso do seu casaco preto.

– Esse... É o seu quarto. – ele diz abrindo uma porta.

– Nossa... – digo surpresa – É perfeito! – ando até a cama para sentir a textura do colchão e é aconchegante.

– Tem banheiro, banheira, e roupas no guarda roupa – ele diz tranquilamente como se isso nem me fizesse feliz – Maquiagens e ah... As cortinas abrem e fecham com palmas.

Bato três palmas disparadas e nada acontece.

– Assim. – Hector diz batendo duas palmas suaves e a cortina se fecha – Duas palmas para fechar, e uma para abrir, ok?

– Ok. – digo

– Agora se troque. Amanhã você tem faculdade. – ele diz saindo do quarto.

– Espera... O que? – pergunto com um sorriso ate as orelhas.

– É, vai ser seu último dia de faculdade – ele diz e eu desfaço o sorriso – Preciso que vá, tenho que fazer uma coisa.

– Ah tá. – digo e ele sai do quarto, mas logo para na porta. Eu já nem me preocupo mais em contesta–ló.

– Depois te passo uma lista dos cômodos que você não pode entrar.

– Você não me mostrou quase nada da casa. – digo

– Eu sei – ele diz – Os que eu não mostrei é os que eu quero que você não entre, ok?

– Ok. – digo e assim ele sai do quarto.

Corro ate o guarda roupa e quase caio para trás ao ver as roupas dentro, meu Deus... Tem vários vestidos perfeitos e brilhantes, alguns sem estampa, perfeitos. Vou até o meu armário de maquiagem onde ele me mostrou e piro com todas essas cores que certamente não sei e não irei passar.

Há brincos, sapatos, perfumes... Tudo que uma mulher precisa. Mas para que? Se eu sou uma escrava? Será que... Merda. Será que Hector quer me vender ou leiloar sei lá?

Penso nessa possibilidade atordoada e me deito na cama enorme sentindo um vazio. Ele não fez esses contratos por meses para ter uma escrava e depois simplesmente querer vender né?

Saio do quarto sem pensar duas vezes descalça a procura da voz de Hector pelos cômodos. Essa casa me deixa confusa por ser tão grande, tem cômodos realmente desnecessários. Desço as escadas e ouço a voz de Hector na sala principal, parece que lá é o lugar onde ele mais fica.

– ... Não me deve explicações – ele diz. Me abaixo um pouco no topo da escada e vejo ele de costas para mim sentado no sofá conversando no celular – Tenho que atender outra ligação – ele diz – alô? Não eu já disse marcarei uma reunião em breve. Eu sei mas... Eu sei... tenho que adiantar os processos mas não quero esquentar minha cabeça com isso. Acusação? Do que exatamente está falando? – desço um degrau da escada e me sento abaixada para ouvir mais essa conversa – Não roubei ideias, todos os robôs tirei da minha cabeça. Ok... Foi só uma ideia, mas não tem como provarem! Voltar pra China? – ele sorri – Esta brincando com a porra da minha cara? Dá um jeito nisso você! É isso mesmo você, você é minha irmã e não presta para porcaria nenhuma! Não acha que pode perder esse cargo só porque somos da mesma família, eu não...

– Oi. – Diz alguém atrás de mim e eu me assusto com isso.

Me viro e vejo uma mulher... Digo uma robô. Ela é alta e usa um vestido vermelho um pouco parecido com empregada doméstica. A sua voz parece mesmo de uma robô, seus movimentos também, mas também é muito idêntica a uma mulher comum.

– Oi. – digo me sentindo inútil por conversar com uma lata.

– Estava espionando o senhor Adams?

– Não. – digo e escuto a pulseira de Hector apitar lá de baixo.

Merda!

Ele olha para minha direção e levanta a sombrancelhas

– Ate aonde essa porcaria de linha de pulseira vai? – digo descendo as escadas.

– Só funciona se estiver perto de mim – ele diz – sobre o que estava mentindo?

A mulher robô também desce as escadas, vindo ate nós, seus movimentos são incríveis.

– Nada. – digo e a pulseira apita – Não quero falar.

– Tem certeza? – Hector me mostra os botões de choque.

– Estava te espionando – reviro os olhos e a pulseira apita, mas dessa vez duas vezes.

– Não contou a mentira por completo. – ele diz.

– Mas que ultraje! – alterou meu tom de voz e ele continua me olhando – E escutando a sua conversa. – engulo um seco.

– Por que fez isso? – ele pergunta.

– Porque quero saber sobre coisas de você – digo – você é um desconhecido para mim.

– Entendi – ele diz e se levanta – Tenho que viajar para são Paulo, você ficara aqui sozinha, Hall ficará de olho em você, não é Hall?

– Sim, senhor Adams. – ela diz e coloca a mão na frente do corpo.

– Ótimo – ele diz tirando sua pulseira – Sabe o que tem que fazer quando ela não te obedecer não é? – ele pergunta.

– Sim, senhor Adams. – ela responde.

Depois que Hector entrega sua pulseira ele sobe as escadas

– Não esqueça que tem faculdade amanhã. – ele diz – Meu taxista irá te levar, se sentir fome peça Hall para levar a comida no seu quarto, não quero que fique andando nessa casa sem a minha presença aqui.

Reviro os olhos e me sento no sofá. A robô Hall fica parada na minha frente me encarando.

– Que foi?

– Nada, senhorita Cecília.

– Então sabe o meu nome?

– Sim, senhorita Cecília.

– Olha... Não precisa ficar repetindo o meu nome toda hora ok? – digo – E também não precisa ficar atrás de mim.

– Não tenho permissões para te deixar sozinha, dentro dos meus olhos tem uma câmera onde Hector possa te monitorar. – ela diz apontando para seus olhos pretos e puxados.

– Até quando eu for dormir?

– Sim.

– Menos quando eu for tomar banho né?

– Hã... Sim senhorita Cecília. – ela diz

Subo para o meu quarto e Hall vem atrás de mim.

.... ..... .... ....

A noite chegou, me sinto entediada nesse quarto sem poder fazer nada, Hall não sai da minha frente e isso é um saco! Já jantei dois deliciosos sanduíches, Hector provavelmente deve estar me observando agora através da robô, por isso mostro o dedo do meio para ela.

– Isso foi muito deselegante senhorita Cecília. – ela diz e eu reviro os olhos.

– Blá blá blá senhorita Cecília! Já estou cansada de você!

– Sinto muito, senhorita Cecília.

Deito–me na cama suspirando alto e o sono não demora muito para vir.

.... .... .... ...

Sento–me na sala da faculdade agradecendo por não estar naquela mansão enorme com Hall, ela não saiu do meu colo ficou me observando dormir a noite toda!

Eu uso uma das minhas saias e uma blusa meio decotada por dentro que estava no guarda roupa do meu quarto. Sair com roupas assim é estranho, e eu me sinto pelada.

Verônica entra na sala e o seu primeiros olhar que ela se dirige é para o meu. Desvio os olhos olhando para os meus dedos, mas eu sei que ela esta me encarando ainda.

– Oi – uma garota que eu nunca vi se senta do meu lado – seu nome é Cecília não é?

– Sim... – digo arqueando uma sobrancelha – eu não te conheço...

– Eu sei – ela diz – eu entrei aqui nessa faculdade escondida, eu curso jornalismo em uma outra universidade e estou quase me formando, fiquei sabendo de umas
informações sobre você que pode aumentar muito minha carreira – ela diz colocando o celular próximo da minha boca – é verdade que o senhor Adams paga essa faculdade para você?

Encaro a garota e todos ao meu redor, um garoto que esta sentado acima de mim esta com uma câmera enorme apontada para nós.

– Olha... No momento estou estudando ok? Conversamos outra hora. – fecho a cara.

– Eu sei que esse não é o melhor momento, mas graças a Alice tive esse oportunidade – ela disse e eu encaro Alice enquanto ela me olha com um sorriso malicioso – ela me disse que você disse que conhece o senhor Adams melhor do que Verônica, é verdade?

– O que? – surto – Eu não disse isso!

A sala quase toda vira sua atenção para mim. Principalmente Verônica.

– Não foi o que eu fiquei sabendo! – ela diz.

– Olha... Eu não quero ficar falando da minha vida pessoal para você, você já esta me incomodando. Alguém, por favor, tira ela daqui? – digo mas todos continuam intactos. É como se todos quisessem saber a minha "relação" com Hector.

– Só me responda essa pergunta – a garota insiste – o que você é dele?

– Esposa. – Hector diz entrando na minha sala com alguns seguranças do lado. Verônica congela ao ver ele que esta surpreendentemente lindo – Cecília é a minha esposa, ela estar aqui não passa de uma brincadeira dela, sei que não devo explicações mas... É isso. Podemos ir meu amor?

O garoto da câmera adorou filmar isso, assim como a garota das perguntas, todos estão paralisados com essa notícia inclusive eu. Esposa de Hector? Mas como assim gente? Essa cara é maluco!

– Como assim esposa? – pergunto confusa. Ainda estamos na sala da faculdade, há varias pessoas gravando isso e tentando se aproximar de Hector, mas os seguranças dele não deixam.

– Eu explico depois. – Hector sussurra em meu ouvido.

– Me desculpe Hector... Mas eu não entendi. – Verônica diz com um sorriso sem graça – Cecília é sua esposa?

– Senhor Adams, temos que ir. – um dos seguranças de Hector diz.

Ele não paro de encarar Verônica, o jeito como olha para ela é... Eu nunca vi alguém olhar assim para outra pessoa antes. Hector sai da sala com a mão na minha cintura e eu me afasto dele, isso é muito estranho.

– Não recue. – ele diz colocando a mão de volta na minha cintura

A maioria das pessoas que está no corredor nos encara curiosos e confusos. Algumas garotas brilham os olhos só de olhar para Hector. Assim que entramos no carro ele suspira alto e eu o encaro esperando as explicações.

– Você me disse que queria saber os outros contratos não é? – ele pergunta olhando para frente – Pois então... O segundo contrato na verdade é um casamento.

– Estamos casados desde aquele dia que eu assinei os papeis? – arregalo os olhos.

– Isso. – ele entrelaça seus dedos

– Por que? – coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha – Por que quer se casar... Digo... Nos casamos?

– Uma coisa de cada vez Cecília.

– Isso tem a ver com o terceiro contrato? – Hector se cala e vira o rosto para o outro lado. Alguma coisa esta o atordoando, isso depois que ele viu Verônica. Sinto–me confusa demais, agora mas do que nunca, queria saber o que ela fez pra ele.

– Esta assim por causa da Verônica? – digo e ele me encara – Você disse que como sou a sua escrava você podia confiar em mim.

Ele permanece calado e encarando a janela do carro. Entrelaço meus dedos nos seus e ele se assusta com isso, ele encara nossas mãos, sorri sem mostrar os dentes e desfaz isso.

– Tenho que te ensinar algumas coisas quando chegarmos em casa – ele diz – Eu poderia deixar Hall te ensinar, mas eu quero te criar do jeito que eu quero, eu quero te fazer a mulher perfeita para mim, eu quero...

– Me moldar?

– Sim... – ele diz – Você não é só uma esposa, você é esposa de Hector Adams, entende que precisa ser perfeita?

– Ok. – digo, mas para mim do que para ele.

Chegamos na casa de Hector e assim que entro na sala me deparo com uma mesa no meio, encima tem um salto agulha prateado maravilhoso.

– O que é isso? – digo indo ate o salto

– Sente–se na cadeira, por favor. – ele diz e assim faço. Hector pega o salto enorme e me calça

– Epa! – digo pegando em seu braço – Não está achando que vou conseguir andar nessa coisa né?

– Terá que aprender. – ele diz ainda colocando.

– Por que?

– Você é minha esposa agora, Cecília. Você será apresentada nas televisões, jornais, revistas, não só daqui do Brasil como no mundo todo.

"Você é minha escrava Cecília, você é minha esposa Cecília" penso tentando não revirar os olhos

– O que? – sussurro – Você ficou maluco?

– Não.

– Não posso fazer isso – digo – Eu sou muito insegura, eu... Nem sei conversar direito, que dirá andar nesse salto! – digo enquanto ele se levanta sentando de frente para mim ma mesa – Hector... Eu prometi fazer tudo o que você queria, mas isso não.

– Eu vou te ensinar a como se comportar, como falar como agir, você é inteligente e tenho certeza que vai aprender rápido.

– Droga! – digo passando os dedos entre os cabelos.

– No final dessa semana terá um leilão da robô que eu criei, será um evento enorme, vai ter impressas, pessoas importantes, atores, e ate o meu avô vai estar lá.

O avô de Hector é o um dos presidentes da Apple, li um pouco sobre ele aquele dia, graças a ele Hector conseguiu o cargo na Windows e Apple. Mas não posso me prestar a esse papel, fingir dessa forma para mundo todo, mentir... Eu não posso ser quem Hector espera, eu sou comum, simples... Nem sei conversar direito, que dirá andar em um salto agulha, agulha tem noção?

– Piorou... – balanço a cabeça – Hector não quero decepcionar você, mas eu não quero, e não posso fazer isso... Vou estar forçando alguém que eu não sou – esfrego os dedos de nervosismo – eu nem sei andar nesse salto, não sou acostumada com gente essas coisas...

– Primeiro de tudo – ele diz – Nunca se reprima, nunca se sinto inferior, e nunca deixe alguém te rebaixar.

– Mas o que...

– No evento – ele diz se levantando – Você verá muitas mulheres, a maioria com inveja certamente, isso é normal. Hall por favor. – ele diz e Hall aparece na sala rapidamente

– Sim, senhor Adams. – ela diz com sua voz enlatada.

– Você vai me ajudar a criar Cecília. – ele diz empolgado e eu reviro os olhos.

– Tudo bem, senhor Adams. – ela diz – Hector quer dizer que no evento você irá encontrar mulheres de todos os tipos, certamente elas ficarão curiosas para conhecer você já que ele falará para o mundo inteiro que o seu casamento foi um segredo – ela diz e eu encaro Hector que está com o polegar na boca nos observando – isso causará ibope, e mais fama.

– Mais fama? – bufo – Para que ?

– Não tenho permissões para essa pergunta. – ela diz e eu encaro Hector. Só quero saber o que raios esta havendo, porque é obvio que tem caroço nesse angu.

– Lia... – ele diz se aproximando e essa é a primeira vez que ele me chama assim – Me responda, o que você deve fazer quando uma pessoa te ofender?

– Hã... – franzo a testa – Devo ofende–la também. – apesar que na maioria das vezes eu me rebaixo.

– Errado – ele diz levantando o polegar – As mulheres com classes nunca só te ofende, ela te ofende e te elogia ao mesmo tempo, Hall...

– Você é muito bonita senhorita Adams – Hall diz para mim enquanto pega no meu cabelo – Apesar de que esse brinco não combinou com o seu rosto. Esse batom veio da França?

– É exatamente assim – Hector diz.

– Então o que devo fazer? – pergunto me virando com dificuldade por causa do salto.

Hall puxa uma cadeira para perto de mim e se senta do meu lado com as pernas cruzadas

– Não... veio dá China. – Hall diz respondendo sua própria pergunta.

– Isso – diz Hector – Vai soar com classe e ironia, você nunca vai dizer ao certo de onde veio suas joias, perfumes e roupas, vai ignorar as críticas e agradecer pelo elogio, isso vai demonstrar que você não se importa, a não ser que realmente for um elogio, ai você pode falar a verdade.

– Mas e se eu me sentir ofendida?

– Ela vai se sentir vitoriosa – ele diz – A questão é você não se rebaixar. Sempre deve estar com a cabeça erguida – ele diz e eu levanto a cabeça – não... Não assim – ele sorri – estou falando no sentido de ser superior, você tem que se sentir linda e confortável consigo mesma, deve colocar na sua cabeça que nenhuma mulher... Nenhuma terá o seu poder e o seu lugar, e que nenhuma mulher é bonita igual você.

– Isso é ser esnobe. – digo.

– Não... Isso é ser superior. Agora vamos falar de comida – ele diz – Por sorte não será janta, terá petiscos, salgados, doces... Nunca coma demais, um petisco é demais, dois é o suficiente, os fotógrafos irão tirar fotos de você distraída por isso – ele diz me levantando e eu faço isso com dificuldade – Coluna reta, bunda para trás, queixo erguido. E nada de colocar comida na bolsa, não sei mas... Isso parece sua cara.

– Eu nunca faria isso. – digo e a pulseira de Hector apita. Sorrimos um pouco – Espera... Não me solta – digo tentando me equilibrar no salto. Hector desce duas mãos para minha cintura e eu o encaro mordendo os lábios discretamente.

– Assim... – ele diz me soltando com um sorrido no rosto.

– Por que não pode ser um menor? – pergunto.

– De fato se você aprender a andar com um salto maior você saberá andar com o grande médio e pequeno, agora se aprender com o pequeno terá dificuldades com o grande.

– Ah ta. – digo suspirando alto.

Deixo minha coluna reta, bunda para trás e peito para frente com a cabeça erguida igual Hector me disse.

– Espere um minuto. – ele diz subindo as escadas.

Tento andar com o salto e quase torço meu pé.

– A primeira regra do salto alto é ter confiança, senhorita Adams – Hall diz – A segunda é você dar passos pequenos, e a terceira é pisar primeiramente com o salto, depois com a sola do pé, agora tente.

Assenti e dou um passo curto um pouco desequilibrado.

– Mantenha a coluna reta senhorita, Adams. – ela diz e assim faço.

Começo a andar do modo que Hall disse e não estou me saindo tão ruim, coluna reta e passos pequenos... Isso soa como uma música na minha cabeça.

– Esta aprendendo – Hector diz descendo as escadas. Na mão ele carrega um vestido vermelho maravilhoso – Vista isso. – ele diz me entregando

– Uau... – digo – Só um minuto, irei ao banheiro

– Não precisa. – Hector diz – Agora é minha esposa, pode trocar aqui.

– Mas...

Hector olha para a sua pulseiras e eu reviro os olhos. Tiro a minha blusa a minha saia longa e estendo a mão para pegar o vestido.

– Deixou eu ver... – ele diz fitando o meu corpo enquanto esta sentado no sofá – Temos que dar um jeito nessas manchas depois – ele diz – E você tem um corpo lindo... Por falar nisso.

Sorrio sem mostrar os dentes e visto o vestido vermelho dos pés a cabeça com as bochechas coradas.

– Pode fechar o zíper para mim? – pergunto e ele se levanta.

Viro–me de costas e ele fecha lentamente o zíper do vestido, me viro para ele e ele se fasta me olhando dos pés a cabeça.

– Eu sabia que era você – ele sussurra – Ficou perfeito.

– Com toda a razão, senhor Adams. – Hall diz.

Ando ate um pouco a frente e me deparo na frente do espelho, a roupa ficou perfeita no meu corpo, realçou a minha pele e o meu corpo... Eu nunca usei algo tão lindo.

– Precisa treinar ao andar de salto, não se preocupe você não irá com essa roupa – ele diz – Vamos treinar as poses de fotos agora. – assinto e vou andando até Hector com um pouco de dificuldade




Capítulo 12 – Salto agulha
– Como assim esposa? – pergunto confusa. Ainda estamos na sala da faculdade, há varias pessoas gravando isso e tentando se aproximar de Hector mas os seguranças dele não deixam.

– Eu explico depois. – Hector sussurra em meu ouvido

– Me desculpe Héctor... Mas eu não entendi. – Verônica diz com um sorriso sem graça – Cecília é sua esposa?

– Senhor Adams temos que ir. – um dos seguranças de Hector diz

Ele não paro de encarar Verônica, o jeito como olha para ela é... Eu nunca vi alguém olhar assim para outra pessoa antes.

Hector sai da sala com a mão na minha cintura e eu me afasto dele, isso é muito estranho.

– Não recue. – ele diz colocando a mão de volta na minha cintura

A maioria das pessoas que está no corredor nos encara curiosos e confusos, algumas garotas brilham os olhos só de olhar para Hector. Assim que entramos no carro ele suspira alto e eu o encaro esperando as explicações.

– Você me disse que queria saber os outros contratos não é? – ele pergunta olhando para frente – pois então... O segundo contrato na verdade é um casamento.

– Estamos casados desde aquele dia que eu assinei os papeis? – arregalo os olhos

– Isso. – ele entrelaça seus dedos

– Por que? – coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha – por que quer se casar... Digo... Nos casamos?

– Uma coisa de cada vez Cecília.

– Isso tem a ver com o terceiro contrato? – Hector se cala e vira o rosto para o outro lado. Alguma coisa esta o atordoando, isso depois que ele viu Verônica. Me sinto confusa de mais agora mas do que nunca, queria saber o que ela fez pra ele.

– Esta assim por causa da Verônica? – digo e ele me encara – você disse que como sou a sua escrava você podia confiar em mim.

Ele permanece calado e encarando a janela do carro. Entrelaço meus dedos nos seus e ele se assusta com isso, ele encara nossas mãos sorri sem mostrar os dentes e desfaz isso.

– Tenho que te ensinar algumas coisas quando chegarmos em casa – ele diz – eu poderia deixar Hall te ensinar, mas eu quero te criar do jeito que eu quero, eu quero te fazer a mulher perfeita para mim, eu quero...

– Me moldar?

– Sim... – ele diz – você não é só uma esposa, você é esposa de Hector Adams, entende que precisa ser perfeita?

– Ok. – digo mas para mim do que para ele.

Chegamos na casa de Hector e assim que entro na sala me deparo com uma mesa no meio, encima tem um salto agulha prateado maravilhoso.



– O que é isso? – digo indo ate o salto

– Sente–se na cadeira por favor. – ele diz e assim faço. Hector pega o salto enorme e me calça

– Epa – digo pegando em seu braço – não ta achando que vou conseguir andar nessa coisa né?

– Terá que aprender. – ele diz ainda colocando

– Por que?

– Você é minha esposa agora Cecília, você será apresentada nas televisões, jornais, revistas, não só daqui do Brasil como no mundo todo.

"Você é minha escrava Cecília, você é minha esposa Cecília" penso tentando não revirar os olhos

– O que? – sussurro – Você ficou maluco?

– Não.

– Não posso fazer isso – digo – eu sou muito insegura, eu... Nem sei conversar direito, que dirá andar nesse salto! – digo enquanto ele se levanta sentando de frente para mim ma mesa – Hector... Eu prometi fazer tudo o que você queria, mas isso não.

– Eu vou te ensinar a como se comportar, como falar como agir, você é inteligente e tenho certeza que vai aprender rápido.

– Droga! – digo passando os dedos entre os cabelos

– No final dessa semana terá um leilão da robô que eu criei, será um evento enorme, vai ter impressas, pessoas importantes, atores, e ate o meu vô vai estar lá.

O vô de Hector é o um dos presidente da Apple, li um pouco sobre ele aquele dia, graças a ele Hector conseguiu o cargo na Windows e Apple. Mas não posso me prestar a esse papel, fingir dessa forma pro mundo todo, mentir... Eu não posso ser quem Hector espera, eu sou comum simples... Nem sei conversar direito, que dirá andar em um salto agulha, agulha tem noção?

– Piorou... – balanço a cabeça – Hector não quero decepcionar você mas eu não quero, e não posso fazer isso... Vou estar forçando alguém que eu não sou – esfrego os dedos de nervosismo – eu nem sei andar nesse salto, não sou acostumada com gente essas coisas...

– Primeiro de tudo – ele diz – nunca se reprima, nunca se sinto inferior, e nunca deixe alguém te rebaixar.

– Mas o que...

– No evento – ele diz se levantando – você verá muitas mulheres, a maioria com inveja certamente, isso é normal. Hall por favor. – ele diz e Hall aparece na sala rapidamente

– Sim senhor Adams. – ela diz com sua voz enlatada

– Você vai me ajudar a criar Cecília. – ele diz empolgado e eu reviro os olhos.

– Tudo bem senhor Adams. – ela diz – Hector quer dizer que no evento você irá encontrar mulheres de todos os tipos, certamente elas ficarão curiosas para conhecer você já que ele falará para o mundo inteiro que o seu casamento foi um segredo – ela diz e eu encaro Hector que está com o polegar na boca nos observando – isso causará ibope, e mais fama.

– Mais fama? – buffo – para que ?

– Não tenho permissões para essa pergunta. – ela diz e eu encaro Hector. Só quero saber o que raios esta havendo, porque é obvio que tem caroço nesse angu.

– Lia... – ele diz se aproximando e essa é a primeira vez que ele me chama assim – me responda, o que você deve fazer quando uma pessoa te ofender?

– Hã... – franzo a testa – devo ofende–la também. – apesar que na maioria SAS vezes eu me rebaixo

– Errado – ele diz levantando o polegar – as mulheres com classes nunca só te ofende, ela te ofende e te elogia ao mesmo tempo, Hall...

– Você é muito bonita senhorita Adams – Hall diz para mim enquanto pega no meu cabelo – apesar que esse brinco não combinou com o seu rosto. Esse batom veio da França?

– É exatamente assim – Hector diz

– Então o que devo fazer? – pergunto me virando com dificuldade por causa do salto

Hall puxa uma cadeira para perto de mim e se senta do meu lado com as pernas cruzadas

– Não... veio dá China. – Hall diz respondendo sua própria pergunta

– Isso – diz Hector – vai soar com classe e ironia, você nunca vai dizer ao certo de onde veio suas jóias perfumes e roupas, vai ignorar as críticas e agradecer pelo elogio, isso vai demostrar que você não se importa, a não ser que realmente for um elogio, ai você pode falar a verdade.

– Mas e se eu me sentir ofendida?

– Ela vai se sentir vitoriosa – ele diz – a questão é você não se rebaixar. Sempre deve estar com a cabeça erguida – ele diz e eu levanto a cabeça – não... Não assim – ele sorri – estou falando no sentido de ser superior, você tem que se sentir linda e confortável consigo mesma, deve colocar na sua cabeça que nenhuma mulher...nenhuma, terá o seu poder e o seu lugar, e que nenhuma mulher é bonita igual você.

– Isso é ser esnobe. – digo

– Não... Isso é ser superior. Agora vamos falar de comida – ele diz – por sorte não será janta, terá petiscos, salgados, doces... Nunca coma de mais, um petisco é de mais dois é o suficiente, os fotógrafos irão tirar fotos de você distraída por isso – ele diz me levantando e eu faço isso com dificuldade – coluna reta, bunda para trás, queixo erguido. E nada de colocar comida na bolsa, não sei mas... Isso parece sua cara.

– Eu nunca faria isso. – digo e a pulseira de Hector apita. Sorrimos um pouco – espera... Não me solta – digo tentando me equilibrar no salto. Hector desce duas mãos para minha cintura e eu o encaro mordendo os lábios discretamente

– Assim... – ele diz me soltando com um sorrido no rosto

– Por que não pode ser um menor? – pegunto

– De fato se você aprender a andar com um salto maior você saberá andar com o grande médio e pequeno, agora se aprender com o pequeno terá dificuldades com o grande.

– Ata. – digo suspirando alto

Deixo minha coluna reta, bunda para trás e peito para frente com a cabeça erguida igual Héctor me disse.

– Espere um minuto. – ele diz subindo as escadas

Tento andar com o salto e quase torço meu pé

– A primeira regra do salto alto é ter confiança senhorita Adams – Hall diz – a segunda é você dar passos pequenos, e a terceira é pisar primeiramente com o salto, depois com a sola do pé, agora tente.

Assenti e dou um passo curto um pouco desequilibrado

– Mantenha a coluna reta senhorita Adams. – ela diz e assim faço

Começo a andar do modo que Hall disse e não estou me saindo tão ruim, coluna reta e passos pequenos... Isso soa como uma música na minha cabeça.

– Esta aprendendo – Héctor diz descendo as escadas. Na mão ele carrega um vestido vermelho maravilhoso – vista isso. – ele diz me entregando

– Uau... – digo – só um minuto vão ao banheiro

– Não precisa. – Héctor diz – agora é minha esposa, pode trocar aqui.

– Mas...

Héctor olha para a sua pulseiras e eu reviro os olhos

Tiro a minha blusa a minha saia longa e estendo a mão para pegar o vestido

– Deixou eu ver... – ele diz fitando o meu corpo enquanto esta sentado no sofá – temos que dar um jeito nessas manchas depois – ele diz – e você tem um corpo lindo... Por falar nisso.

Sorrio sem mostrar os dentes e visto o vestido vermelho dos pés a cabeça com as bochechas coradas.

– Pode fechar o zíper para mim? – digo e ele se levanta

Me viro de costas e ele fecha lentamente o zíper do vestido, me viro para ele e ele se fasta me olhando dos pés a cabeca

– Eu sabia que era você – ele sussurra – ficou perfeito.

– Com toda a razão senhor Adams. – Hall diz

Ando ate um pouco a frente e me deparo na frente do espelho, a roupa ficou perfeita no meu corpo, realçou a minha pele e o meu corpo... Eu nunca usei algo tão lindo.

– Precisa treinar ao andar de salto, não se preocupe você não irá com essa roupa – ele diz – vamos treinar as poses de fotos agora. – assento e vou andando ate Hector com um pouco de dificuldade








TUDO POR UM CONTRATO - Vol 1 - +18Where stories live. Discover now