Capítulo 21 e 22

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Verônica se senta na cadeira ao meu lado com alguns centímetros de distância. Ela esta com a maior pose e elegância do mundo e com o nariz lá em cima, ela também esta linda, mas tento não me rebaixar, tenho que ser melhor, tenho que sair boa nessa. As pessoas gritam assim que ela entra, ela parece ter mais segurança do que eu de fato.

– Oi galera! – ela diz enquanto se senta e cruza as pernas assim como eu – é um prazer imenso esta aqui com vocês, na hora que eu recebi o convite falei opa! Eu não posso perder, mas nunca pensei que seria com Cecília. – ela diz sem olhar para mim me ignorando total

– Continua linda Verônica, o que andou fazendo? – Renata pergunta com um sorriso largo no rosto

– Ah você sabe né Renata, dando muitas aulas... Quase não tive tempo de arrumar o cabelo – ela diz e todos caem na risada – estou brincando. Minha vida sempre foi corrida.

– É claro – Renata diz – bom... Sabem que esse programa é um programa sério não é? Vocês leram as normas sabem ate que ponto isso irá chegar, sabe que esse é o bloco batendo de frente com as Adams.

As Adams? ATA!

– Estamos cientes. – Verônica diz e eu permaneço séria, só olho para a cara de preocupação de Hector.

– Será o seguinte. Eu irei fazer algumas perguntas, a mesma as duas terão que responder ok? Com resposta diferentes óbvio.

– Manda ver. – Verônica diz animada

– Ok... – ela diz olhando para um papel amarelo que esta em sua mão – primeiramente: Cecília. – ela fala e eu me desperto inteira, calma Cecília, respira mas não pira.

– Eu. – digo no microfone

– Ela é muito doce né? – Renata diz e todos da plateia sorriem – ok, primeira pergunta você responde primeiro. Como é para você estar aqui de frente com Verônica Adams?

Porra que Adams o que!

– Bom... – suspiro. Isso não é nada do que estava no formulário de Héctor – é um prazer – minto descaradamente – Verônica e eu nos conhecemos bem pouco, mesmo sabendo que ela foi a noiva de Hector é bom conhecê–la e estar aqui.

– E você Verônica? – Renata pergunta

– Ah... Eu não tenho nada contra Cecília, pelo que vejo ela também não – Verônica sorri – mas é bom poder conhecer Cecília melhor e participar disso com ela.

Ok, ela se saiu bem melhor do que eu, se supera Lia.

– Então Cecília. Essa na verdade é uma pergunta somente para você já que esta entrando nisso agora, nas emissoras nas curiosidades das pessoas. – Renata fala – como foi fazer o book de casamento de Hector e você? Ate onde sabemos não vimos fotos ou algo do tipo, por que?

Vejo Verônica me olhar de relance e eu engulo um seco

– Bom... Hector e eu casamos em segredo, não queríamos deixar exposto a nossa relação. Fizemos sim o book de casamento que inclusive esta guardado, acredito que book é para os familiares, não pra ficar se expondo.

A plateia solta um barulho de "Uuuh" parece que gostaram da resposta. E Héctor também.

– Verônica – Renata diz – Como foi a primeira vez que Hector e você se viram?

É serio? Farão mesmo es tipo de perguntas?

– Bom... – Verônica diz – é estranho falar disso sabendo que a esposa dele esta aqui no meu lado mas... Foi algo mágico. – ela encara Hector – eu estava nos EUA e lá estava nevando muito, eu o conhecia somente por televisão, eu tentei me aproximar e consegui roubar um pouco da sua atenção, conversamos muito pegamos os celulares um do outro... E é isso.

– E você Cecília? Como foi a primeira vez que viu Hector?

– Me perdoe mas... Não me avisaram que iriam ter esses tipos de perguntas, Hector e eu somos casados, eu acho um desrespeito comigo e com ele fazer essas perguntas em público para Verônica e eu respondermos.

– Espera... Não falaram as regras pra ela? – ele fala encarando os homens que seguram as câmeras e eles balançam a cabeça – a procuração não te falam as regras – ela sorri – querida, esse é um programa em perguntas que o público gostaria de saber, você não é obrigada a participar. – ela fala

Hector me encara do tipo: "esta tudo bem" e eu reviro os olhos por dentro.

– Bom – começo por microfone – a primeira vez que eu vi Héctor foi algo especial, eu também o conhecia somente por televisões, nos vimos em uma festa e ele se sentiu interessado por mim. – todos da plateia aplaudem e eu fico me perguntando o porque – batemos um papo bacana mas no início eu não estava tão interessada – minto descarada e ele me encara um pouco nervoso – mas depois ele me convenceu de que ele é o homem da minha vida. – arqueio a sobrancelha

– Uau... – ela diz surpresa – Cecília agora é pra você – Renata fala – Você foi o motivo da separação de Hector e Verônica?

– Hã... Não – respondo – Hector e eu nos conhecemos depois que eles se separaram.

– É verdade – Verônica diz – Hector sempre me amou mas isso eu posso admitir.

Perceberam que o "Hector sempre me amou" não tinha nada a ver com a pergunta que Renata fez? Ela é ridícula!

– Verônica – diz Renata – Como você se sente em relação a Cecília sabendo que ela é mais nova. Você e Hector era como Neymar e Bruna Marquezine, Justin Bieber e Selena Gomes ai do nada... Pá! Recebemos a notícia que não mais não menos o seu amor esta casado com outra mais nov.

– Eu não me sinto intimidade com isso – Verônica fala – Hector e eu já não dávamos certo há um bom tempo, foram muitas brigas desentendimentos e também... Meu tempo e o dele era muito corrido – ela mente, vocês sabem que não foi por isso que Hector e Verônica terminaram – acho que Hector queria uma mulher mais atoa.

Oi? Como é? Desgraçada!

– Eu acredito que idade não define maturidade – digo – se Héctor quis se casar comigo é porque ele viu algo em mim que não viu em você – a encaro e ela continua com um sorriso forçado no rosto – e eu não sou atoa, eu administro as coisas em casa, ajudo Hector administrar a empresa. – minto descaradamente

– É tipo uma secretária particular? – Renata pergunta

– Isso. – digo e ela sorri

– Essa pergunta agora é só para você Veronica. Como anda a sua vida amorosa? Tem álbum boy magia por ai?

– Ahh é claro! – ela fala e todos da plateia fazem barulho. Hector mucha todo, parece que ele não esperava por isso – eu ainda não queria falar sobre isso mas eu também não poderia mentir, por enquanto nós estamos dando muito certo e ele é uma pessoa maravilhosa.

– Olha só gente Verônica não dá mole não! – Renata fala – Cecília agora essa pergunta é para você. O que aconteceu no dia do evento do seu marido, parece que houve um desentendimento com você e avô de Hector é isso? O senhor Champagnat.

– Na verdade aquele dia eu bebi muito e não sou acostumada, mas não tenho nada contra ele muito pelo contrário. Eu até gostaria de aproveitar essa oportunidade para pedir desculpas a ele em público. Confesso que está extrapolei um pouco e essa foi a primeira discussão de Hector e eu. Mas agora eu aprendi a lição e está tudo bem.

– Como você vê o que é que Hector faz? me conte um pouco do trabalho dele de tudo que ele faz...

Merda! Eu não sei nada só que ele monta robôs o resto?

– Acho que Cecília ficou um pouco perdida nessa pergunta Renata. – Verônica caçoa

– Realmente. – digo sem graça

– Então vamos para uma pergunta mais íntima – Renata fala – e na cama? Me contém como Hector é, se ele é intenso ou não... – ela faz uma voz sedutora

Mas o quê? Ok agora isso já passou dos limites, sinto que eu não vou conseguir aguentar isso por muito tempo. Como vou responder essa pergunta? Eu não faço a mínima ideia disso... E graças a Deus!

– Hector é maravilhoso na cama, gente se eu contar para vocês vocês não vão acreditar, eu só não vou falar muito porque agora eu tenho namorada me desculpem, mas Cecília pode falar acho que ela não vê nenhum problema! – Verônica me encara de relance com um sorriso malicioso

– Hã... Hector... É intenso ele... – me perco – me desculpe gente.

– Ela ficou vermelha! – Renata gargalha – fala Cecília estamos curiosa!

– Eu não quero entrar nesse assunto. – digo séria

A plateia toda começa a gritar uma espécie de "fala" "fala". Sinto vontade de sair correndo daqui eu não sou obrigada a fazer uma coisa que eu não quero, por isso me levanto da cadeira e saio do programa.

– O que esta fazendo? Tem que voltar pra lá? – um homem de terno diz me empurrando

– Não quero. – digo

– Mas você tem, pagamos caro por isso! – ele me empurra novamente

– Já disse que não tô afim! – digo mas ele agarra meu braço

– Você vai! – ele cerra os dentes

– Ei... Não encosta a mão nela! – Hector empurra o homem com brutalidade – ficou maluco cara?

– Avise a ela que tem que voltar, você assinou os papéis que iria participar esse programa, pagamos por isso e por essa audiência!

– Ela disse que não está afim de voltar – Hector diz e minha boca se forca um "o" – e se dinheiro é o problema pode deixar, eu pago o dobro!

Escuto a apresentadora Renata anunciar as propagandas e Hector pega minha mão. Saímos da emissora de tv e programa de televisão. Escuto alguém vir atrás da gente e quando olho para trás é Verônica.

– Héctor? – ela o chama andando depressa na nossa direção

– Entra no carro. – Héctor diz e assim eu faço. Sem que Hector perceba eu abro os vidros para ouvi–lo – o que você quer?

– Hora... O que eu quero? Vim te ver de perto estava morrendo d saudades, você ficou lindo com essa roupa. – ela passa a mão na barriga dele

– Que história é aquela de que você tem um novo namorado? – ele agarra o braço dela – de onde tirou isso?

– Ei – ela se solta do braço dele – é diferente, e além do mais você é um homem casado!

– Fodas! – ele cerra os dentes – Você sabe que eu gosto de você, como anuncia isso pro Brasil inteiro?

– Você também anunciou que ama Cecília! – ela estreita os olhos

– Mas eu não a amo, eu amo você! – ele fala – é você que eu gosto.

– Então por que não esta comigo?

– Me prove que eu mereço estar com você – ele diz e abre a porta do carro – ai nos casamos.

Me congelo inteira e na verdade não faço a mínima ideia do que pensar, se Hector e Verônica se casar provavelmente Hector não iria mais precisar mais de mim, e eu não sei se ele me mataria ou se daria a minha liberdade, mas creio que minha liberdade está em última opção literalmente, eu sei muita coisa sobre ele, é óbvio que ele não me deixaria a solta por ai.

– Você foi ótima – ele me encara de relance

– Escutei a sua conversa com Verônica – engulo um seco – o que aconteceria comigo se você se casasse com ela?

– Para falar a verdade eu não faço a mínima ideia – ele espreme os lábios – você sabe muita coisa sobre mim, sabe das coisas que eu sou capaz... Eu não sei o que faria com você.

Héctor pega a sua maleta que esta no banco do carro e coloca as algemas e a pulseira da mentira em mim

– Sabe que não precisa mais disso né? Não quero ficar algemada.

– Você não me deixa escolha.

.... .... ..... ....

Chegamos em casa e a primeira coisa que faço é tirar o salto. A cirurgia da recuperação do meu Hímen durou somente 30 minutos. Não doeu muito, mas tenho que ficar me recuperando.

Hector se senta na poltrona do sofá mexendo no celular e eu o fito de costas. Minhas pernas estão bambas e minha pele soa, preciso ter coragem para isso, preciso acabar com isso de uma vez. Eu fiquei calada no carro a viagem inteira pensando sobre tudo o que aconteceu comigo desde que Hector entrou na minha vida, ele me estragou, estragou Judite, e eu preciso fazer o dobro que ele fez comigo.

Me aproximo de Hector andando nas pontas dos pés e estico minhas algemas, passo ela na frente do corpo de Hector e prendo no seu pescoço o asfixiando. Uso a força do meu corpo pra conseguir apoiando meu pé na poltrona e Hector se contorce faze um um barulho estranho tentando respirar, sinto que ele esta perto da morte, sinto que a hora de Hector chegou, ate que ele agarra meu braço com força e me puxa para frente. É óbvio, Héctor é muito mais forte do que eu.

Ele me solta e se levanta passando a mão no pescoço e com a outra mão apoiada no joelho respirando fundo. Sem pensar duas vezes saio correndo da sala indo para nos corredores. Escuto passos de Hector vindo atrás de mim e procuro um quarto seguro para entrar, entro em um que percebo não ser muito grande, esta escuro e não vejo nada. Tranco a porta sem pensar duas vezes mas Hector já esta atrás dela.

– Abra. Essa. Porta. – ele diz assim, separando as letras, frio, e como se fosse me assassinar agora mesmo.

Coloco as mãos na boca me sentindo apavorada enquanto acendo a luz e procuro algo para me defender. O quarto esta vazio, Só tem uma cama e nada mais.

Cecília – ele fala tentando se conter – abra a porra da porta.

– N–não – digo entre soluços

– Eu vou acabar com você!

– Hector... – me aproximo da porta – eu fiz isso porque se você se casar com Verônica você iria dar um sumiço em mim de qualquer jeito, eu só estava no meu mecanismo de defesa.

– Abra a porta. – ele diz somente isso

– Eu não vou abrir.

Héctor começa a esmurrar a porta fina e eu me afasto indo para o canto do quarto. Ele fica ali minutos tentando abrir quase quebrando a porta, e finalmente consegue. Seus olhos estão sombrios e seu cabelo todo atrapalhado. Consigo ver a marca da algema que eu deixei em seu pescoço, e provavelmente ele consegue ver o medo nos meus olhos.

Ele se aproxima de mim andando depressa e assim que chega na minha frente ele agarra o meu pescoço

– Por.... Fa... – tento dizer mas é impossível, o ar não circula.

Hector me da uma bofetada na cara e eu coloco minha mão no rosto sentindo elas formigarem de dor.

– Como posso confiar em alguém que me mataria na minha própria casa? – ele grita comigo

– Eu...

– Cala a sua boca! – ele me joga na cama – não posso continuar com você, você foi uma péssima escolha, se pergunta nessa sua cabeça idiota o que vai acontecer com você Cecília? – ele me levanta me segurando com força e eu choro baixo – eu vou acabar com você!

Hector me solta e anda de um lado para o outro atordoado passando os dedos entre os cabelos

– O que vai fazer? – pergunto mais para mim do que pra ele

– Estou pensando em uma forma de te matar e não deixar vestígios – ele fala – acabou pra você, acabou escravidão, acabou a sua vida, acabou... A sua irmã e principalmente a minha confiança em você.

– Quer saber? Eu não me arrependo! Eu não sei se eu estou sendo covarde por querer morrer por causa de Judite mas sabe? Eu me cansei dessa droga de vida ! Eu tentei te matar sim Hector, e tentaria outras mil vezes! E como eu não consegui... Me mate!

Ele se aproxima de mim e me da outro tapa na cara, sem pensar duas vezes também acerto sua cara com as mãos algemadas. Ele me empurra na parede agarrando meus braços com força e eu sinto a dor nas minhas costas. Seu olhar é de ódio assim como o meu, nossas respirações esta alta e a testa franzida, eu estou escolhendo isso da pior maneira Possível...

Agarro a blusa social preta de Hector e o beijo, ele desfaz isso me encarando com mais raiva mas agarra meu cabelo e me beija também. Nossos lábios se tocam intensamente, sinto a sua língua dançar na minha boca. Ele puxa meu lábio inferior com força, e eu também faço isso sentindo o sangue na minha boca. Minhas pernas estão na cintura de Hector agora, sinto a dor ma minha vagina por causa da cirurgia mas isso não importa agora, ele coloca a língua pra fora e eu a chupo, as mãos de Hector estão me segurando pela cintura com os dedos apertados. Ele me olha e seu olhar de ódio ainda não mudou assim como o meu. Hector me coloca no chão e agarra meu cabelo com força e eu cerro os dentes

– Nunca mais faça isso! – ele diz fixando seus olhos nos meus ainda perto do meu rosto e sai do quarto.



















Capítulo 22 – Adeus Cecília. Bem vinda Cecília.
Estamos na mesa de jantar. Hector sumiu o dia todo para resolver as coisas na fábrica robótica. Ele esta com o notebook encima da mesa e estamos comendo uma comida que eu não faço a minima ideia do que seja. Não estamos nos falando e ele não mencionou nada sobre o beijo, isso significa que aquilo não significou nada para ele, assim como pra mim. Ainda estou me recuperando da cirurgia. Me sinto virgem de novo, me sinto bem melhor do que antes, mas nem tanto.

– Alô? – ele atende o seu celular que não ouvi vibrar. O dia dele foi corrido hoje, recebeu muitas ligações. – não eu não comemoro natal. – ele diz sério – Cristina... Eu não tenho tempo para viajar para os EUA só para dar abraços e beijos de natal em vocês, a minha mãe esta pouco se fudendo pra mim, e meu irmão... Não faço a mínima ideia de onde esta, agora quer vim falar de natal em família? Por favor.... – pausa – Você sabe que eu não acredito em Jesus que dirá no nascimento dele. Não tenho tempo pra essas bobeira, amanhã será um dia comum igual todos os outros. Adeus. – Hector praticamente joga o celular na mesa e eu dou um pulinho de susto – sobre ontem... Darei mais uma chance para você. Se tenta me matar de novo e consegui a sua irmã será esquartejada e enterrada junto com você. Avisei pro meu guarda em que mais confio sobre o que ouve ontem e que você é minha escrava, a escolha é sua, quer ou não outra chance? Se não qusier... mandarei Yoto trazer a sua seringa da morte.

O encaro suspiro alto e olho para a comida, ele me deixou sem escolhas, mas eu poderia escolher a morte, mas não escolho por Judite... Mais uma vez estou aqui por ela.

– Ok. – digo baixo

– Dessa vez as coisas serão diferentes Cecília, se me desobeder eu juro que mando acabar com você, porque eu estou cansado disso, de você querer ou não, a partir de hoje você vai querer o que eu mandar você fazer, você vai se aceitar no seu posto de escrava e acabou.

– Ok. – digo mais uma vez

– Oi. – Verônica entra na sala.

Ela usa um salto de plataforma grosso e um short rasgado com uma camisetinha. Seus seios quase pulam para fora do decote.

– Pensei que demoraria para vir. – Hector diz – sente–se.

O que essa... Essa vagabunda faz aqui?

– Estou com fome – ela fala – Hall trás alguma coisa pra mim?

– Sim senhora Verônica.

– Disse que precisa conversar comigo, aqui estou. – Verônica apóia os braços na mesa

– Estou ocupado agora, falei para vir mais tarde. – Héctor encara o notebook

– Hector... não faça joguinhos comigo. – ela revira os olhos – diga logo o que você quer, eu sei que não me chamou aqui pra me deixar esperando.

Hector encara Veronica de um modo diferente, com paixão e desejo. Estou sendo super ignorada nessa mesa, mas ainda não me levanto pois quero saber ate onde isso vai dar.

– Só estava com saudades de você. – ele diz frio

– Vai passar o natal com quem? – ela diz não se importando muito

– Hã... Sabe que eu não gosto de natal. – ele sorri de lado

– Eu sei que não. – Verônica diz – também senti saudades de você meu amor.

– Vem. – Hector chama ela com o dedo

Verônica se levanta da cadeira e sobe encima da mesa andando de quatro ate ele. Minha cara fica de uma expressão de indignação, como posso ser humilhada assim dessa forma? Eu não mereço ser tragada assim, é como se Hector não ligasse pra mim pro que eu penso, querendo ou não estamos sim casados.

Sabe pessoal... Eu me cansei de ser essa pessoa que estou sendo agora, a boba frágil, estou aqui sendo humilhada com meu posto de escrava e esposa enquanto Verônica nesse instante esta se esfregando no colo de Hector bem na minha frente comigo sendo totalmente ignorada. Para ele eu não sou mulher eu não sou nada.

Minhas lágrimas descem com fervura e ódio e eu me levanto da mesa.

– Peça ela para ficar. – Verônica diz enquanto beijo o pescoço de Hector

– Cecília – Hector ordena – fique.

Me paralisou na frente dos dois enquanto minha lágrimas descem friamente. Verônica beija Hector e seus lábios se encaixam perfeitamente um no outro, ele beija o pescoço dela enquanto suas mãos estão nos seus seios agora. Hector tira a sua blusa e agarra os cabelos de Verônica o fazendo suspirar alto. Sem pensar duas vezes saio da cozinha e corro para o meu quarto.

Me encaro no espelho com ódio e nojo, nojo da pessoa que eu me tornei, da pessoa fraca que eu sou. Empurro tudo o que esta encima da minha instante de maquiagem uivando de raiva e ódio! Vou ate a cama pego o meu celular e ligo para Will. Assim que ele atende conto disparadamente o que aconteceu, desde quando eu tentei matar Hector, ate agora.

– Lia... Não percebe? – Will fala depois da longa história

– O que?

– Você tem que entrar no jogo dele.

– Como posso fazer isso Willian? – reviro os olhos – Héctor é poderoso, é forte...

– Verônica é poderosa e não tem nada comparado ao que Hector tem – ele diz – as pessoas aprendem com decepções Lia, quantas vezes você se decepcionou e continua a mesma pessoa? Não estou falando para você afronta–lo, tô falando pra você fazer o que não espera, pra você ser forte e lhe dar com algumas coisas.

– Sabe que Hector pode me bater não é?

– Sim... Ele tem o direito disso, só não tem o direito de estrupa–la, eu li esta nas regras da sua escravidão isso é crime. Lia... ele está mais nas suas mãos do que você esta nas mãos dele, se todos souberem que ele tem uma escrava todos vão julga–lo, ameace ele, mas não deixe isso claro é óbvio, não seja mais imbecil e oprimida Cecília você é um mulherão, só não sabe disso.

– Will...

– É serio – ele fala – pensa no que eu te disse, desperte a mulher forte e inteligente que você é, Verônica usa a boceta para controlar Hector, você pode usar o cérebro.

Me despeço de Will e me deito na cama refletindo sobre as verdades que ele me disse, quem sou eu pra Hector? Uma zé ninguém uma pequena? Se todos descobrissem o que ele fez comigo... ah meu amigo com certeza ele estaria morto. E eu não quero mais ser a Cecília de antes, não mais agora.

Corro para frente do espelho e pego a primeira tesoura que eu vejo pela frente. Eu quero mudar não só por dentro mais por fora, adeus Cecília, como vai nova Cecília? Will tem toda razão, Verônica não é poderosa com Hector é, mas ele esta aos pés dela, e para mim conseguir sair desse jogo... A única forma é usar a cabeça. Não pense que eu vou estar forçando algo que eu não sou, essa agora sou eu, a nova eu, a nova Cecília Adams que Hector transformou. Eu não estou me tornando o que me feriu, estou me tornando bem pior do que isso.

.... ... .... .... ...

Entro na sala de almoço para o café da manhã e lá esta Verônica e Hector conversando e comendo pães felizes da vida.

– Bom dia! – digo entrando e me sentando na mesa cantarolando

– Hum... Cortou o cabelo? – Verônica diz me olhando com desdém – não ficou ruim.



– Ficou lindo senhora Adams. – Hall diz gentilmente

– Obrigada Hall. – digo. Hector somente me olha, não sei descreve–lo se ele gostou ou não do meu cabelo. Seu jeito frio me impede de saber as coisas que ele pensam a respeito das coisas.

– Realmente... Ficou bonito. – Hector diz mais robótico do que Hall

– Você disse que tem traumas de mulheres com cabelos longo por causa de Verônica, resolvi fazer um agrado a você – digo colocando café na minha xícara

– Disse isso a ela? – Verônica encara Hector sorrindo e ele permanece sério – aposto que falou isso porque como eu tenho cabelos longos qualquer outra mulher lembraria Hector de mim, lembraria o quanto sou... Incrível.

– Foi exatamente por isso que eu cortei o cabelo. – sorrio para ela

– Como é para você Cecilia? – ela estreita os olhos – saber que você esta sendo chifrada na sua própria casa, e na sua própria mesa de café da manhã em um domingo lindo como esse?

– Hã... Chifruda? – sorrio – ah não, não, não, a única chifruda nessa mesa aqui é você, já que eu nunca tive nenhum tipo de relação com Héctor, mas acho que você deve saber. – tomo do meu Nescau disfarçado de café

– Sim eu sei... – ela diz – porque apesar de estar casada com ele, Hector não a deseja.

– Isso não é nenhum privilégio pra mim, – reviro os olhos ainda com o sorriso sarcástico no rosto – você que se sentiria traída se Héctor me desejasse que ah, aliás... Como ele gosta muito de você ele deve ter te contado sobre o nosso beijo de ontem não é Hector? – Hector me olha com a cara furiosa e eu coloco as pontas do dedo na boca – ops! Ele não te contou!

– Que história é esse? – Verônica pergunta encarando Hector tentando se conter

– Ela me beijou. – ele diz friamente – mas não significou nada.

– Pensou isso quando eu tava chupando a sua língua? – franzo a testa

– Chega! – Hector se levanta da cadeira – eu não...

– Te interrompendo – digo – ele só esta fazendo esse show de se levantar na cadeira e bater na mesa porque não tem argumentos, ele provavelmente ia me mandar ir embora então aqui vou eu. – me levanto da mesa

– Não, você fica – Verônica se levanta – quem vai sou eu!

– Ah qual é Veronica fica, não foi você que falou que o domingo ta lindo? – digo apontando o pão de queijo pra ela

– Veronica! – Héctor vai atrás dela saindo da sala – Veronica!

– Me deixa Hector! – escuto ela falar de longe e Héctor entra novamente na sala furioso comigo

– Que afronta foi aquela? – ele altera o tom de voz

– Héctor... Hoje é dia de natal, não vamos começar com essa gritaria ok?

– Então é isso? Corta o cabelo e acha que mudou completamente? Você continua uma escrava!

– As pessoas aprende com as quedas da vida – digo – e eu só não cai porque as drogas das suas algemas me mantem de pé.

– E é bom que esteja de pé por muito tempo.

– Como quiser meu senhor. – sorrio

– Sobre ontem... Eu não ia mencionar. Você é minha escrava mas quero deixar bem claro que a sua virgindade estará intacta, não pretendo te estuprar como o meu vô faz ou... Abusar de você. Meus negócios são outros, não preciso de você para isso.

– Foi eu que te beijei Hector, não se sinta culpado, e não precisa fazer mil e uma explicações por causa de um beijo, eu ainda continua sendo mulher e você um homem, aquele beijo foi normal, um beijo... Que não vai voltar a se repetir.

– Assim eu espero Cecília. – ele diz e se levanta da mesa. – amanhã a noite vai haver uma comemoração aqui de natal.

– Pensei que não ia querer fazer nada.

– Verônica me convenceu.

– Ah esqueci – coloco o dedo indicador no queixo – eu sou sua escrava e você é escravo dela.

Hector me encara com a testa franzida e sai da sala.

– Da próxima vez que for fazer alguma mudança me peça permissão. – ele diz alto para mim ouvir

– Ok – grito de volta – só estou falando agora para mim ter a última palavra como você faz sempre quando não tem argumentos – não ouve respostas – obrigada.

.... .... .... .... ..

É de madrugada. Me levando sentindo a boca seca. O calor esta de matar, esqueci de pedir Hector para concertar o ar condicionado. Uso somente uma calcinha de renda. Saio do quarto com os seios de fora e me paro para ver se escuto algum barulho. Não me importo de Hall me ver pelada, Héctor por outro lado... Não esta nos meus planos isso.

Desso as escadas as pressas e vou para a cozinha. A segunda cozinha onde eu posso entrar já que onde a cozinheira Maria tranca a outra. Diz que ela é muito chata com tudo o que tem la Dentro, Hall me disse que ela acha que a cozinha é somente dela, e que Hector também considera isso. Espio a casa para ver se tem alguém e graças a Deus não. Abro a geladeira belisco um pedaço do pudim e pego a água gelada. Apoio meu cotovelo na pia por enquanto que eu tomo.



– CECÍLIA? – diz a voz de Hector e eu me assusto. Acabo batendo a cabeça no armário acima da minha cabeça e sinto uma pontada de dor

– Aí! – digo passando a mão na cabeça ainda de costas pra Hector não me vê – merda!

– Por que esta andando na casa sem roupa? – ele pergunta

– Se puder sair da cozinha pra mim sair agradeço! – digo

– Sua cabeça esta sangrando – ele se aproxima

– Não, não tá, sai. – me afasto e aperto os olhos de vergonha. Isso não pode tá acontecendo!

Sinto os dedos de Hector tocar o meu braço e eu me arrepio de medo e repugnância. Não gosto que me toquem, talvez a cirurgia não adiantou nada.

Ele me vira de frente e abaixa a minha cabeça para ver o sangue, tampo a frente do meu corpo com os bracos. Me deparou com o tanquinho de Hector e mordo o lábio inferior

– Vou fazer um curativo. – ele diz pegando na minha cintura e me levantando para sentar na mesa, caramba... Ele é muito forte.

Hector sai da cozinha e eu corro para pegar um pano de prato para me tampar, ele volta com uma maleta branca de uma cruz vermelha no meio.

– Que isso? – ele sorri me olhando com o pano de prato no corpo

– Estou me tampando – digo – não quero que me veja.

– Eu já vi tantos corpos nú, por que eu me interessaria no seu? – ele arqueia a sobrancelha

– Porque eu também não tenho interesse que você veja o meu por mais que você já viu o de ambas – falo – meu corpo é diferente, é especial.

Escuto uma risada de Hector e ele abaixa a minha cabeça delicadamente. Ele usa um short de pano fino, se eu puxar com o dedo sinto que seu membro estará todo exposto, porque eu sei que ele não usa cueca já que vejo um volume, céus, o que eu estou pensando?

– Cecília estou falando com você. – Hector diz

– Hã... Que?

– Pode segurar a faixa pra mim?

– Se eu segurar o pano vai cair.

Hector se agaixa até o meu rosto, ele fixa seus olhos nos meus e eu a sua boca rosada. Hector da um sorriso malicioso e puxa o pano de prato fazendo meus seios pequenos ficarem exposto. Me tampo com os braços e empurro ele com o pé

– Hector me devolva isso! – digo me levantando da mesa e ele sorri. Ele esta perto do fogão com o pano de prato na mão

– Toma. – ele diz estendendo o pano de prato e eu vou ate ele lentamente com receio pegar – anda, tá com medo do que?

– Nada... – digo e estendo a mão para pegar o pano mas ele passa o pano na minha cintura e me puxa para perto do seu corpo – Hector... Eu não tô com gracinha cara!

– Hector, ei não ti com gracinha cari! – ele diz me imitando e eu reviro os olhos

Hector joga o pano longe e assim que eu vopegalo–lo ele me puxa pela a cintura

– Deixa eu ver se você ta cheirosa. – ele diz pegando minha nuca e cheira fundo meu pescoço. Sinto um calor e arrepio no meu Corpo – ah... Meu Deus, que cheiro de menina virgem.

Dou uma bofetada na cara de Hector e um sorriso largo de sua boca sai

– Você tem essa idade com esse tamanho e parece um moleque, idiota, me solta!

Hector prende seus dedos na minha cintura. Ele me faz ficar na ponta dos pés. Seu rosto esta no meu pescoço, e ele não para de observar meus seios, ele só quer aproveitar de mim, é óbvio.

– Hector... Sai! – o empurro mas é em vão, ele é bem mais forte do que eu.

– Te solto se me fazer um favor.

– O que?

– Deixa eu ver o seu corpo.

– Você já esta vendo!

– Tô falando de ver mesmo, pra você ficar parada e não sair correndo.

– Se eu deixar vai me deixar ir? – digo tentando me afastar nos seus braços fortes

– Anham. – ele garante

– Ok né... – falo. De qualquer jeito Hector já viu mesmo.

Ele se afasta de mim e olha cada parte do meu corpo. Hector morde os lábios e se aproxima de mim, ele me vira de costas e não demora muito para mim me virar para ele novamente.

– Agora tchau! – digo saindo da cozinha mas ele puxa meu braço

– Tira a calcinha pra mim? – ele pede com uma voz de tarado que eu nunca ouvi da sua boca

– Ele só pele estar de brincadeira! – sorrio irônica

– Ah Cecília... – ele me empurra na parede pega a perna e coloca na sua cintura. – eu sei que você quer!

Minha vagina lateja por isso, algo que eh nunca senti na vida, é duro admitir. Vê que aqui estou eu, praticamente pelada e ele também nessa cozinha sozinhos... Sim, eu nunca senti um desejo tão intenso como agora.

Empurro Hector com toda a minha força e ele se assusta com isso

– Eu não quero. – digo e ele sorri

– Quer sim. – ele se aproxima novamente e eu recuo

– Já disse que eu não quero – tampo meus seus seios – o único sentimento que eu tenho por você é ódio e não desejo.

– Eu também não tinha desejo por você, ate você resolver beber água só de calcinha! – ele cruza os braços

– Eu acho que reciprocidade não é o meu segundo nome. – saio da cozinha

– Qualquer mulher se ajoelharia para passar uma noite comigo! – ele grita pra mim ouvir e eu me paro e viro pra ele

– É uma pena que eu não sou qualquer mulher! – subo as escadas com um sorriso no rosto

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TUDO POR UM CONTRATO - Vol 1 - +18Onde as histórias ganham vida. Descobre agora