Diana Prince

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POV Sn







Me concentro em preparar o jantar enquanto assisto o amor da minha vida trabalhar na mesa de jantar, o que eu já disse que não gosto mas ela é teimosa. Eu e Diana estamos namorando há oito meses, começamos a morar juntas tem três semanas e até agora tudo está correndo perfeitamente bem.
Ser brasileira mas também ter sangue de italiano não dá muito certo em situações tensas, todo mundo sabe bem disso. Lembro-me bem quando caí na mão com o ex "amigo" dela, Bruce Wayne, o babaca que trabalha com Diana e vivia tentando abalar o nosso relacionamento, mas enfim Prince acordou e o afastou de vez da sua vida, o que tem tornado nosso relacionamento ainda melhor e saudável, na medida do possível.







- Amor? Já pedi para não cortar as coisas aí. - resmungo fazendo bico, a morena revira os olhos e sorri me deixando ver seus dentinhos pequenos de coelho.

- Você é uma chata. - se levanta pegando tudo e sai distraída me deixando sozinha.

- Vem aqui provar, por favor? Quero saber se o arroz está bom de tempero. - peço não muito alto e mecho com cuidado os camarões na frigideira.

- O que disse, Steve? - pergunta retornando ainda distraída para a cozinha, a encaro por longos segundos raciocinando o que Diana acabou de falar, de novo não - A-Amor...

- Steve? Sério mesmo, Prince? De novo. - dou uma risada baixa e sem humor, começando a tirar meu avental já desligando o fogo ao mesmo tempo.

- Me desculpa! Não foi minha intenção. - dou a volta no balcão e faço menção de sair mas ela não deixa, o que me irrita - Hoje é aniversário dele... Estava com isso na cabeça, por isso cometi esse gafe.

- Eu entendo que ele foi um bom marido e que morreu em guerra protegendo seu país... Mas não significa que eu tenha que aturar isso. Nesses oito meses namorando você me chamou pelo nome dele três vezes! Eu tenho cara de Steve? Eu não me pareço com ele. - digo de uma vez, demonstrando bem a minha mágoa.








Ela nada diz, conprime seus lábios um no outro e vejo seus olhos lacrimejar aos poucos, seu rosto fica um pouco vermelho e eu suspiro vendo Diana abaixar um pouco a cabeça. Escuto um pedido de desculpa baixinho seguido de um soluço, e mesmo não me sentindo bem para isso, a puxo para um abraço reconfortante sentindo seus braços me envolver com carinho. É uma situação cômica e sempre será quando ela me abraçar, sou menor que ela que é enorme comparada a mim.







- É difícil, complicado e... Eu expliquei para você o quão difícil seria começar um novo relacionamento, tem apenas um ano e meio que ele se foi, ainda dói. - explica enquanto funga baixo.

- Mas eu pensei que você me amaria como eu te amo, mas você ama ele. - murmuro fechando meus olhos e engolindo em seco, isso dói demais.

- Eu o amo, sempre vou amar! - se afasta um pouco e segura meu rosto com delicadeza - Mas eu amo sim você, muito. Steve é saudade e carinho, já você é a mulher que me tirou da lama e que me faz sorrir todos os dias. Me desculpa te chamar pelo nome dele, me perdoa, amor.

- Até não querendo você me faz estragar o jantar quando preparo. - resmungo como uma criança e verifico o camarão, nada melhor que fingir que nada aconteceu - Ensopado de óleo e com certeza está horrível!

- Ifood? - sugere limpando seu rosto das lágrimas, fungando no processo.

- Só se for comida mexicana e doces brasileiros. - aviso limpando minha bagunça, provando o camarão e quase vomitando ao ver que ainda por cima está metade cru.







Não gosto nada quando sou chamada de Steve, mas eu busco sempre a entender. Quando conheci Prince, ela estava um caco por dentro, parecia uma mulher retraída e opaca, mas mesmo assim nunca perdeu seu encanto e sua beleza, o que me conquistou de cara e quando tomei coragem de pedir ela para sair, eu ganhei um belo de um fora seguido de um empurrão forte no trabalho. Eu caí e bati o queixo na mesa dela no processo, o que a fez gritar de susto e rapidamente se abaixar ao meu lado, eu me encontrava em posição fetal com a mão no rosto, pronta para vegetar, um defeito meu ser dramática até não querendo.
Foi o típico clichê e ela cuidou de mim, e no final consegui um encontro na sorveteria, era pouco e levemente descontraído, mas já era alguma coisa e tanto. Nos conhecemos aos poucos, descobri muitas coisas sobre ela e seu passado, o que era triste demais. Levei três meses para conseguir beijar seus lábios e quando consegui, a pedi em namoro. Diana fez a maior missa do mundo dizendo que não era mulher para mim e que me faria sofrer demais por causa do seu último relacionamento, já eu, trouxa do jeito que sempre fui, deixei isso de lado e me entreguei de corpo e alma, provando que ela é sim a mulher da minha vida. Depois de cinco meses tivemos nossa primeira relação sexual, o que foi incrível e extremamente quente para nós duas, o que rendeu grandes rodadas. E após três meses estamos aqui, pedindo comida por um aplicativo após ter um leve desentendimento.
Não brigo muito quando ela me chama de Steve, eu entendo que ele fez parte da vida dela até porque, seis anos de casamento não é seis dias, ainda mais quando se ama muito e esse amor é tirado de você a força pelo destino. Estou tentando sim me tornar única para ela, tem sido difícil mas não desisto nunca, Diana é incrível demais e eu a amo como nunca amei ninguém. Tenho apenas que ter calma e a entender sempre, não é como se alguma coisa faltasse no nosso relacionamento, a parte ruim é ser chamada de Steve as vezes e sempre é em alguma data comemorativa anual, como aniversário, dia de ações de graça ou até mesmo na data de casamento deles, o que agora não existe mais.
Eu espero do fundo do meu coração que um dia ele sai quase que completo da cabeça dela e eu ocupe o lugar, que eu seja a única pessoa que ela pensa toda hora, seria meu sonho.








- Você me chama de amor... E quando erra, é Steve! - digo do nada, ela me olha receosa como se eu fosse gritar a qualquer momento - Eu sou amor e ele somente Steve... Chupa Steve!

- Sn! - resmunga não conseguindo ficar séria, mas se recompõe pedindo desculpas ao ex marido - Pare com isso.

- Tem razão. Foi mal, Steve! - peço levantando meu polegar para a foto no suporte de madeira da sala, apenas uns 2 metros de distância de mim - Mas eu sou amor...

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