XIII - Brazil

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Christopher e Seraphina já estavam nos esperando em seus lugares, ambos em silêncio, com os rostos escondidos atrás de suas telas de vidro e usando roupas muito parecidas – brancas, cobrindo das pontas dos dedos dos pés e das mãos até o limite do ...

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Christopher e Seraphina já estavam nos esperando em seus lugares, ambos em silêncio, com os rostos escondidos atrás de suas telas de vidro e usando roupas muito parecidas – brancas, cobrindo das pontas dos dedos dos pés e das mãos até o limite do pescoço. O cabelo de Christopher estava penteado para trás, e o de Seraphina puxado em uma longa trança.

-Sobrinho – Cumprimentou Napho, com um sorriso – O que estamos esperando?

Christopher deu um longo suspiro, erguendo os olhos para ele – Vocês.

-Que inconveniente – ele continuou descontraído – Venha, vamos nos sentar Bethany. Não queremos ser mais inconvenientes.

-Isso seria uma novidade – Seraphina murmurou, por trás de sua tela.

-Sempre simpática – Napho retrucou, enquanto colocávamos os cintos de segurança. – Depois de tudo que eu fiz por seus pais...

-Fez o seu dever! – bufou Seraphina.

Napho ergueu uma sobrancelha – Meu dever é com meu irmão – ele apontou – Não com a noiva ingrata de meu sobrinho.

-Parem os dois – suspirou Christopher, estendendo sua tela para a noiva – Leia isso. Não parece certo.

-Não, não parece – ela concordou passando os olhos pela página – Minha madrinha redigiu isso?

-Foi enviado por ela – ele deu os ombros, erguendo os olhos para Napho, desconfiado – Por que está aqui?

-Achei que seria interessante para sua irmã conhecer mais do Império, sobrinho – ele deu os ombros, indiferente, enquanto a grande porta pela qual nos entramos se fechava e luzes acendiam para compensar a luz do dia sendo restringida.

-É claro – Christopher assentiu, muito solenemente e deixando claro em sua expressão a descrença nas palavras de Napho – Mas por que está aqui de verdade?

-Por que ao invés de me atormentar não tenta conversar com Bethany aqui um pouco? – Napho atacou amargamente.

-Por que sei que você... – Christopher começou, mas então piscou como se outra coisa chamasse sua atenção. Eu, aparentemente, pois ele se virou para mim por um minuto antes de se voltar novamente para Napho para perguntar – Por que não a chama de Gwendeline?

-Ela não me pediu para ser chamada de Gwendeline – Napho deu os ombros – E pode falar direto com ela Christopher, ela não morde.

-Toda mulher morde embaixador – Seraphina riu desdenhosa, e então se virou diretamente para mim – Ou as europeias não tem dentes?

Meu estomago revirou com o olhar dela. Ela falava europeia da mesma forma que Isabel falava suíça nas primeiras semanas após nos conhecermos, mas daquela vez eu não parecia ser capaz de me calar – Preferimos não manchar nossos dentes com sangue – dei os ombros – Armas e espadas podem ferir um homem tão bem quanto, mas algumas lutas são vencidas só com o sorriso de uma mulher.

O Casamento Real - A Rainha da Beleza Livro IIIWhere stories live. Discover now