18. Ondas de calor

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– Isabella Park

Ondas de calor estão me deixando iludida, não tenho certeza que estamos fazendo a coisa certa, mas depois de não conseguir tirar ele da minha mente eu realmente preciso disso, eu quero sentir o gosto dos seus lábios o toque da sua mão sobre meu corpo me causando pequenos arrepios, meu coração nesse momento está em constante pulsação descontrolada, minha respiração pouco ofegante por sua atitude, minha mente criando expectativas, acho que fazia tempo que eu estava ansiosa por isso só não tinha percebido.

A brisa fresca do mar, o vento calmo e as mãos do Josh pegando sobre minha nuca aproximando o encontro dos nossos lábios, seus olhos se fechando lentamente em busca de um ósculo profundo, meu coração está tão acelerado.

Meus olhos se fecharam ao sentir o toque dos seus lábios se juntar com os meus causando um choque bom, um beijo quente foi iniciado.

Nossas línguas rasparam uma na outra com suavidade e lentidão como se tivéssemos todo o tempo para aproveitar o momento. Josh foi deslizando sua mão até á minha cintura as apertando e deixando nossos corpos mais colados enquanto nosso beijo estava cada vez mais envolvente.

A falta de ar se faz presente, nossas reparações estão ofegantes, nossos olhares se cruzam, Josh me olhou como se eu fosse a coisa mais preciosa do mundo para ele, isso me deixou corada. Eu já sinto falta dos seus lábios macios e rosados.

Ele nos aproxima novamente, e então sorri pra mim.

Porra!

Repetimos amargamente aquele beijo molhado. Íamos mais além, as linhas tangentes de ternura e tensão sexual. Suas mãos percorrendo meu corpo suavemente, sem pressa, sem medo, sem hesitar.

Eu fiquei com medo que meu coração saír pela boca de tão forte que bate no peito.

Além do sabor, ainda existia os cheiros dos perfumes se misturando no ar, sendo levados pelas correntes de ar.
O tempo não reduz nem dilata tanto quanto nossas pupilas quando se olham. Josh queria segurar e estava me segurando força, como se quisesse me ter aqui com ele para sempre.

Ele deixa um selinho assim separando nosso ósculo, encosta sua testa sobre a minha, fazendo nossos rostos ficarem próximos, com nossas narinas quase se tocando e ele estava um pouco inclinado já que é mais alto.

E então sussurra com a voz calma.

Bella, diz pra mim que queria tanto isso como eu?

— E-eu é... — me calei não conseguindo responder sua pergunta.

Não sou boa em expressar sentimentos acho que tenho algum tipo de bloqueio emocional.

— Você não socou minha cara, então já é um começo — pestanejou ele sorrindo.

Joguei um pouco de água em sua cara e saí correndo rindo.

— É assim que você faz Isabella Park? Rouba meu coração e saí correndo?

— Vem pegar de volta — o olhei com um olhar de desejo.

O jeito que a gente flerta é diferente.

Josh corre até mim me pegando no colo, jogando sobre seus ombros enquanto eu tentava me soltar com medo dele me jogar na água.

Dois idiotas rindo e correndo em um fim de tarde já com a noite batendo na porta.

Fazia tempo que não sentia uma sensação tão boa.

~•~

Porquê você não mora com seus pais? Eles são legais, como prefere ficar no colégio? Deixa de ser trouxa — falei olhando para o pôr do sol enquanto estávamos sentados na beira do mar com pirulitos de morangos na boca.

— Eu amo meus pais porém chega um certo tempo que se a gente for parar pra pensar, morar na casa dos pais nunca é de graça você pode até não pagar com dinheiro mas paga com sua saúde mental — indagou olhando pra mim, o vento batia sobre nossos cabelos, eu vestida com sua blusa.

— É, eu meio que entendo realmente fode com tudo, mas aproveite seus pais um dia eles podem está aqui mais no outro não.

Experiência própria.

— Pode ter certeza que eu sempre vou estar aqui Bella, não vou te deixar.

Minhas palavras sumiram, eu realmente não sei como reagir à essas demonstrações.

Josh se levanta ao meu lado, estendendo a mão pra mim.

— Vamos? Está começando ficar frio.

— Bora — levantei tirando a areia da minha bunda com as mãos.

— Espero voltar aqui um dia — disse enquanto pegávamos nossas coisas.

— Espero que seja comigo — Josh me olha e sorri, reviro os olhos.

Subimos da moto, eu passei minhas mãos sobre seu tronco.

— Segura aí gatinha — antes de dar a partida meu celular vibra com uma mensagem do meu pai falando que estava no colégio.

Puta merda, eu me esqueci.

— Josh, acelera!

Deu a partida.

Continua...

se hidratem
    -kamys

Meu Colega De ClasseWhere stories live. Discover now