43. Me dê os clichês

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– Isabella Park

Se estiver passando pelo inferno, continue caminhando. Nossa vida é um ciclo eterno de recomeços.

Chegou o dia da formatura, estou sentada frente o espelho usando um vestido violeta que era da minha mãe, terminando de arrumar meu cabelo.

Suspiro fundo ao desejar com todas as minhas forças que ela estivesse aqui.

Eu perdi toda a ambição de conquistar o mundo, eu só quero minha mãe de volta.

Ouvir duas batidas na porta do meu quarto.

— Estou entrando — era meu pai.

— Você está deslumbrante pai — digo, me virando para ele.

Vejo seus olhos se encherem de água, ele se aproxima tentando ficar normal.

— Você está linda filha.... você se parece tanto com sua mãe, quando nos formamos ela estava vestida com esse vestido foi aí que eu percebi que ela era o amor da minha vida — pegou nas minhas mãos me ajudando a ficar de pé.

Sorri olhando para ele.

— Minha filha cresceu, é isso mesmo? — vejo uma lágrima cair dos seus olhos.

— Pai, vamos mudar de assunto... e essas lágrimas aí? Eu vou chorar também — o abraço.

— Estamos orgulhosos, ela está aqui também eu sei disso — ele diz, comecei a chorar.

— Não chora filha — desfaz nosso abraço limpando minhas lágrimas. — Você ficou duas horas se maquinando só eu posso chorar hoje.

Sorri engulindo o choro.

— Seu par está te esperando — fala e eu o olho confusa.

— Eu não tenho um par pai.

— Então o que o filho dos Targinos está fazendo lá embaixo? Ele veio pessoalmente me pedir para levá-la.

Meu coração ficou acelerado.

— Josh está aqui? — perguntei.

Assentiu com a cabeça.

— Te vejo lá filha, tem um canivete na bolsa — piscou para mim.

Saí do meu quarto descendo as escadas com pressa dando de cara com o Josh.

Sua feição esta tímida seus cabelos amarelados penteados para trás o deixando atraente o suficiente para acabar com minha sanidade, ele está usando um terno com uma gravata "borboleta" me causando borboletas na barriga.

Ao me ver ele relaixou o semblante abrindo um pouco a boca respirando fundo.

Então ele sorriu para mim, me entregando um buquê de flores.

A única vez que me lembro de ser o motivo do sorriso de alguém foi quando eu cair no centro.

— O que está fazendo aqui? — perguntei.

Meu Colega De ClasseWhere stories live. Discover now