35. Não tem bebidas na prisão

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– Isabella Park

Pequenas ações fazem grandes estragos.

Cai não chão quando os dois garotos soltaram meu braço, Josh apareceu impedindo-o de me dar um tapa, acertando a sua cara com um soco iniciando uma briga.

Olhei para frente vendo o álbum se queimando mas já era tarde demais para recuperá-lo.

Chorei como nunca antes, tinha um grande significado para mim.

As pessoas choram, não porque elas são muito fracas. É porque elas têm sido fortes por muito tempo.

Josh acerta o outro garoto com um chute fazendo o cair, vai pra cima dele dando sequência de socos.

Me levantei devagar, minhas mãos estão tremendo, meu corpo está em rejeição a tudo isso, sinto um nó na garganta.

Minhas vistas ficaram incertas, quase cair novamente porém o josh vem até onde estou me segurando, passando meu braço volta do seu pescoço.

Ele me pega no colo.

— Me desculpe por ter duvidado de você, nunca mais vou te deixar sozinha.

Olhei para ele sentindo minhas vistas pesarem relaxando meu corpo enquanto saímos dali.

Eu tenho muita saudade de quando eu falava pra minha mãe "boa noite, dorme com os anjinhos", e ela me respondia "boa noite, você também". Eu acho que pensar nela é uma das coisas que mais me destrói por dentro.

[...]

Depois de dormi por algumas horas acordei incerta sobre o que tinha acontecido torcendo para que tenha sido apenas um sonho mas ao ver Josh sentado do meu lado na cama essa possibilidade foi descartada.

— Por quê estou no seu quarto? — perguntei arrumando meu cabelo.

— Assim eu posso cuidar de você — ele se lavanta.

— Estou bem, obrigado eu tenho que ir — digo, curta e grossa me levantando devagar.

Josh segura meu braço.

— Espera, ainda está cedo. Eu já cuidei daqueles caras, eles não estudam aqui foi a mando de alguém.

— Quem? — olhei para ele.

— Tô tentando descobrir, não fique andando por aí sozinha você me assustou.

— Eu não pedi sua ajuda! Como sabia que eu estava lá? — tirei sua mão do meu braço.

— Eu... Eu estava procurando você, as meninas disseram que você foi para o dormitório então ouvi um barulho e fui olhar o que era — explicou, seu semblante está tenso.

— Ok, Obrigado. Eu sei muito bem quem fez isso, vou acabar com a aquela barbie falsificada.

— Não você não vai! Tem como me escutar?

— Escutar o caralho! Vai ficar do lado dela novamente? — respirei fundo.

Josh não respondeu.

Foi o que eu imaginei.

— Você é um grande idiota!

— Porra será que você não entende? — seu tom de voz saiu mais alto que o normal.

— O que eu não entendo? — ele ficou em silêncio por alguns segundos.

Suspirei fundo, me virei de costas indo em direção a porta.

— Eu sou tão novo para me sentir tão entorpecido. Você poderia ser a única pessoa a...

Parei meus passos no mesmo segundo.

— Me fazer sentir algo — terminou a frase.

Meu coração acalera ao ouvir sua declaração.

— Mê de um motivo para não ir lá e matar alguém agora?

— Não tem bebidas na prisão.

Suspirei.

— Obrigada.

— Veja isto — olhei para ele que estava mostrando o machucado no canto da sua boca.

— O que tem?

Josh revira os olhos.

— Preciso da sua ajuda para cuidar.

— Não virei médica — o olhei sarcástica.

— Essa com certeza é minha garota.

— Vem logo — digo, me sentando na cama pegando alguns curativos e pomada.

Josh se senta, e eu molhei o cotonete no soro para poder passar na sua ferida.

Ele olha nos meus olhos, coloca uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

Rir dele fazendo algumas caretas enquanto eu tentava limpar seu machucado.

Não somos jovens demais para isso?
Êramos dois idiotas apaixonados,
tentando curar um ao outro.

Continua...

não esquecem da estrelinha pra da um incentivo (:

Meu Colega De ClasseOnde histórias criam vida. Descubra agora