47. Confissões.

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– Isabella Park

Sabe aquela frase da Lara Jean? “Quanto mais gente entra na sua vida, mais sai dela”. Acho que agora eu entendo.

Talvez tomar decisões em momentos em que nossas emoções estão todas bagunçadas não seja a melhor opção.

Meu coração está apertado, não consigo conter minhas lágrimas.

Sobre o Josh, desde daquela manhã se passaram três dias eu ignorei totalmente suas mensagens ou ligações, eu estou chateada com ele mas acho que já estou madura o suficiente para tentar resolver isso.

Porém eu sou covarde.

Contei da possibilidade de ir embora só para Emma e Mia que ficaram triste mas me apoiaram.

Sim, eu sei, eu estou fugindo.

Escuto alguém batendo na porta do meu quarto enquanto eu arrumava minhas malas, eu e meu pai conversamos então chegamos a conclusão que eu irei para o exterior apenas para estudar.

Prometi a minha mãe que me esforçaria e não os desapontaria.

Limpei minhas lágrimas indo abrir a porta, suspirei fundo ao ver o Josh.

Ele vestia um conjunto de moletom preto, o capuz mais seu cabelo escondendo certa parte do seu rosto, seus lábios avermelhados e inchados.

Ele não parece estar bem.

— O que você está fazendo aqui? Eu não atendi suas ligações porque não quero falar com você — digo, sem conseguir olhar para ele.

— É tarde demais para pedir desculpas? Eu sei que fui um idiota, mas na real eu não quero que a gente acabe por uma simples coisa — sua voz rouca, soou pelo quarto de maneira baixa.

Passei as mãos em meus cabelos, tentando não chorar.

— Josh, para você isso pode ser uma simples cois-

O mesmo me interrompe.

— O que são essas bolsas e malas? — perguntou.

— Josh eu ia te falar... eu, eu vou para o exterior com meu pai, ele encontrou uma universidade boa — sinto dificuldade em falar.

É a universidade que minha mãe estudou.

— Mas assim do nada? — Josh começa a andar de um lado para o outro. — Você realmente ia me contar isso? Ou você ia sumir como sempre faz?

O encarei.

— Eu posso não ser o melhor namorado, mas eu nem mesmo sei se você gosta de mim, porque você nem mesmo nunca me disse isso! Você não vê o tanto que eu tentei?

Molhei os lábios, meus olhos já estão cobertos por lágrimas.

— Diz pra mim que você não vai? Aqui tem universidades boas, Isabella olha...

— Josh, eu... eu te amo! — o mesmo parou onde estava olhando diretamente para meus olhos. — Vamos terminar — afirmo.

Não retribuir o olhar do mesmo, eu já tô acostumada com pessoas saindo da minha vida, mas dessa vez doeu muito.

— Você não quer isso, diz olhando nos meus olhos, diz — olhei para o mesmo, seu olhar totalmente triste e frio.

— Eu preciso terminar de arruma minhas coisas, é melhor você ir eu não posso mais te fazer feliz agora — me viro de costas, as lágrimas escorrem no meu rosto.

— Eu espero que você sinta o que eu senti quando você destruiu minha alma — ouço a voz dele dizer.

— Você sabe que isso me machuca também — falo.

— Isabella por favor...

— O voô sai amanhã ao meio dia.

— Eu não vou aparecer, se é isso que você espera... pode ter certeza que eu não vou! — escuto alguns passos e logo após a porta se fechar.

Me entrego ao choro.

[...]

Eu estava no aeroporto, Sofia, Enzo, Léo, Pietro, Robert, Mia e Emma estão presentes.

Meu pai estava resolvendo o bagulho das bagagens.

Olhei para os lados, na esperança de ver um certo alguém, talvez seja melhor assim.

Me despedi de todos, mas quando chegou nas minhas melhores amigas eu quase desistir.

— Venha nos visitar sempre — Emma me abraça.

— É claro, quem vai ir cuidar de vocês quando tudo der errado? — correspondo seu abraço.

Mia se aproxima chorando.

— Não chore Mia, eu vou voltar ok? — abraço a mesma me segurando para não chorar também.

— Volte logo — Pietro diz sorrindo, bagunçando meus cabelos.

Sorri sem mostrar os dentes, acenei com a mão me despedindo sentindo uma certa frustração.

Fui em direção a escada rolante, me virando nessa direção, suspirei fundo.

Vamos lá! Você consegue, é não olhar para trás.

Senti alguém pegar em minhas mãos.

— Você ia embora sem se despedir? — me virei dando de cara com o Josh.

— Josh? — pulei no colo do mesmo o abraçando, ele correspondeu.

Depois de ficar alguns segundos assim, desci do seu abraço.

— Você.

— Eu?

— Agora eu tenho que deixar você ir, estou torcendo por você, esquentadinha.

— Josh? — ele me abraça.

— Vá, vá logo!

O mesmo me vira de costas, me dando um empurrão de leve.

Olhei para ele que estava de costas indo embora, a cada segundo ele se afastava mais e mais.

— Vamos? — meu pai aparece.

Limpei minhas lágrimas, seguindo em frente.

— Vamos!

Continua....

ela era fria e ele por coincidência amava o inverno. as estações mudam, e ele continua querendo que o inverno volte...

Meu Colega De ClasseTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang