34. Acalme ela!

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– Isabella Park

Tomei um banho quente depois que chegamos, peguei um copo de água e estou indo para o quarto onde Josh me espera com o pessoal para maratonar uma série.

Virei o corredor acabei me esbarrando na Chloe, revirei os olhos respirando fundo quando ela me impediu de passar.

— Sai da frente.

— Está indo atrás do Josh? Você está agindo como uma cadelinha no cio atrás dele — ela cruzou os braços com uma feição séria e debochada.

Sorri irônica.

— Jura Chloe? Achei que você fosse mais madura sinceramente enfim isso não vem ao caso, já que não é da sua conta.

— Só estou abrindo seu olho, você é a distração para a carência dele, se enxerga.

— Eu abaixei meus padrões e você ainda não os alcançou — falei a fitando sem cortar o contato visual.

— O Josh é louco por mim. Ele me pertence! Nunca te falaram para ficar longe do que não é seu? — perguntou.

Mordi os lábios a olhando com deboche tentando não rir da cara dela.

— Mas se ele for seu, porque ele me quer tanto? — perguntei e ela tenta acerta um tapa no meu rosto, porém eu segurei seu punho impedindo isso.

— Não se atreva! — digo ainda apertando seu punho.

— O que está acontecendo aqui? — Josh aparece no corredor onde estávamos e a Chloe se jogou no chão praticamente.

— Sua falsa! — a encarei desacreditada.

— Isabella, o que você fez? — Josh perguntou ao ver ela fazendo expressão de dor caída no chão.

— Eu não fiz nada! Acalme essa estúpida, ela já está me dando nos nervos! Você não a ama.

— Não precisava me bater eu só tentei ser sua amiga — ela diz fingindo choro.

— Eu te vejo tentando, tentando sublinarmente para vê se consegue ser igual a mim — falo, jogando o cabelo para trás.

— Eu nunca faria isso, para de inventar coisas! — ela debate.

— Mas eu também tentaria se fosse você — rio ironicamente.

Apertei minhas mãos para não perde a cabeça.

Josh a ajuda a levantar, e fracamente eu não gostei nada do que vi.

— Manda o seu currículo pra Globo certeza que eles vão te contratar projeto de piranha — digo, os encarando com raiva, ela segura o braço do Josh.

— Chega Isabella! Já deu, não acha? — Josh olha nos meus olhos saindo juntamente com ela, vi o sorriso que ela deu de lado.

Minha respiração fica pesada, meus ombros se abaixam cabisbaixos, assim sai de lá.

A pergunta que não cala é, será que é verdade as coisas que ela disse?

Ele não acreditou em mim.

[...]

Decorreram alguns dias adiante daquele fim de semana, eu estava saindo da biblioteca em um horário vago junto com Emma e Mia.

— Você brigou com o Josh? Não estão se falando, e você evita ir onde ele está — Emma perguntou.

— É mesmo, o que rolou? — Mia acrescenta.

— Podemos não falar sobre isso agora? Estou morrendo de fome — tentei mudar de assunto. — Vou pegar alguns  twinkies e já volto — sai rapidinho.

— Eu quero de morango — Emma diz em quase um grito me fazendo sorrir.

Andei até o dormitório me virando de costas algumas vezes por sentir alguém me seguindo.

Me sentei na cama, pegando o álbum de fotos da minha mãe, junto com suas anotações passando a mão sobre a capa devagar.

Sinto sua falta.

Peguei alguns twinkies e sai do quarto, observando as fotos da minha mãe.

Isso é a única coisa que me faz sentir ela de alguma maneira aqui comigo.

Em uma das suas anotações estava escrito.

E de repente a vida te vira do avesso, e você descobre que o avesso é o seu lado certo.

Ouvi um barulho logo atrás de onde eu estava, me causando um choque.

Vejo três garotos que eu nunca tinha visto vindo na minha direção, olhei para o lado não vendo ninguém por perto então decidir ficar quieta.

— Olha, que bonitinha quer brincar? — um dos meninos se aproximou pegando o álbum de fotos com as anotações da minha mãe.

— Devolve! O que você quer? Não fode cara — o empurrei.

— Bem que avisaram que ela é bravinha — o outro menino que estava atrás de mim falou.

— Da pra me devolver? — pulei tentando recuperar o álbum.

— Calma boneca, que tal um beijinho? Assim eu posso te devolver — um deles apertou meu braço, fazendo eu ficar mais perto dele.

— SOCOR... — o cara que pegou o álbum da minha mãe tampa a minha boca.

— Não grita, se não pode da adeus para essa merdinha aqui — abriu o álbum mostrando algumas fotos da minha mãe.

Sinto meu coração acelerado em desespero, tentando reagir meus olhos começam a arde.

Em um movimento rápido, conseguir chutar suas bolas tentando pegar o álbum de volta.

— Vagabunda! Segurem ela — os dois garotos me pegaram pelo braço me levando para um beco.

— Me solta! — comecei a chorar.

— Não se preocupe, não vamos te machucar, só observe.

— O que vocês querem? Por quê estão fazendo isso? — tentei me soltar novamente.

O garoto tirou um isqueiro do bolso, me mostrando o álbum e aproximou o isqueiro dele.

— Por favor... Não faça isso — as lágrimas escorrendo no meu rosto.

Abaixei minha cabeça, a ouvir o barulho do fogo, mesmo tentando reagir não consigo.

Comecei a chorar alto.

— Você tem que ficar calada! — um dos meninos vem com a mão em direção ao meu rosto para me dar um tapa mas é impedido por alguém.

Continua.....

Meu Colega De ClasseWhere stories live. Discover now