45. perfuram meu coração

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Isabella Park

Já se passaram algumas semanas, eu estou tão animada que consegui um emprego de meio período como fotógrafa em uma agência, então decidir sair com a Mia e Emma para comemorar.

Foi uma história bem doida, me lembro de estar tirando foto do Josh surfando quando estavam fazendo um ensaio fotográfico lá perto, um dos fotógrafos pediu para ver minhas fotos.

— Meus pais estão pegando no pé em relação a faculdade, vou fazer o que eles quiserem mesmo — Emma suspira cabisbaixa.

— Eu ainda não sei o que vou fazer, tenho muito tempo para pensar mas isso é realmente difícil, virar stripper em Dubai não se tornou uma má idéia — digo, enquanto entramos em um barzinho que é junto com uma lanchonete.

— Não se cobrem, agora Bella trabalha então ela banca a gente hoje — Mia diz, reviro os olhos ao ouvir isso.

— E essa pulseria com essas inciais no seu pulso? — Emma pergunta.

— A isso... foi um presente do Josh.

— Humm — falaram juntas, me olhando com um sorriso.

Pedimos bebidas, e continuamos a conversar por um bom tempo.

— Vocês já são maiores de idade? — o homem que nos atendeu perguntou.

— Somos universitárias — dizemos, jogando o cabelo para trás dando risadinhas após ele se afastar.

[...]

Liguei para o Josh e Léo me ajudarem a levar as meninas para casa, já que elas beberam mais que o normal hoje.

Deixamos Emma em casa e seguimos para minha, Mia vai dormir lá hoje.

— Seu viado! Me solta — diz ela empurrando o Léo.

— Sou eu, seu amor — ele tenta segurá-la.

Tinha bastante pessoas na rua, não estávamos muito longe.

Josh e Léo tentavam segurar Mia.

— Um estrupador, SOCORRO!— corri pra tampar a boca da mesma.

— Nunca mais deixo você beber assim — sussurro rindo.

— Deixa comigo — Léo pega Mia a colocando em suas costas, indo na frente.

Josh segura minha mão, assim continuamos a andar.

— Lembra de quando eu pedi para você não ficar bêbada? Pelo menos quando eu não estiver por perto.

— Eu não estou bêbada.

— Eu sei, estou aliviado. Você não agrediu alguém e não dormimos na delegacia igual da última vez — ele passa o braço ao redor do meu pescoço dando um beijo no meu rosto.

[...]

Deitei a Mia na minha cama depois dela ter vomitado no braço do Léo.

Os dois foram embora depois que nos deixaram aqui.

Desci as escadas procurando meu pai, que estava em pé com umas malas ao seu lado.

— Pai o que são essas malas? Vai viajar novamente? — perguntei.

— Eu...

— Pai você está, bêbado? — o olhei confusa. — O que está acontecendo?

— Hoje está fazendo dois anos que ela se foi, nós vamos ir visita....

Não deixo ele terminar a frase.

— Se você está achando que eu vou voltar lá,  eu não vou! Você não sabe como isso é difícil pra mim! — suspiro fundo.

— De lá eu terei que fazer algumas viagens importantes, conseguir uma universidade para você no exterior.

Senti meus olhos se encherem de água.

— Pai... que papo é esse? Estamos bem aqui? Não estamos? Eu não quero ir, eu... eu até conseguir um emprego.

— Eu sou o seu pai, sei o que é melhor para você, pense no seu futuro!

— Pai eu tenho um namorado, eu gosto dele pra caralho, eu fiz amigos e agora você quer me tirar isso? Estou feliz aqui— lágrimas começam a escorrer no meu rosto.

Meu pai olhou para mim, eu conheço ele olhar dele, ele realmente está falando sério.

— Pai, você me forçou a vim para esse colégio mesmo sabendo que eu não queria, desde que a mamãe morreu você passou a viajar mais me deixando sozinha, MESMO sabendo que eu tinha ACABADO de perder minha mãe, eu me encontrei aqui, agora você quer me forçar a ir para o exterior fazer a porra de uma faculdade que eu nem mesma sei se quero fazer?

— Fala direito comigo! Eu sou eu pai.

Comecei a chorar mais ainda.

— Eu sou tão insignificante assim? — pergunto.

— Bella... o seu pai é alguém que está ocupado demais para esse país, e quando você faz coisas importantes como eu faço... assuntos que são menos importantes eu deixo por último.

Olhei para ele sentindo um nó na garganta.

Suas palavras foram como facas que perfuram meu coração.

O deixei falando sozinho, saindo para fora batendo a porta logo em seguida.

Pego meu celular ainda chorando ligado para o Josh que não atende, deixo um recado na sua caixa de mensagem.

"Eu posso te ver agora?"

Os filhos não são perfeitos, más os pais nem sempre estão certos.

Continua....

será oq vai acontecer hein?
cometem bastante e não se esqueçam do voto, vou tentar atualizar o outro ainda hj.

Meu Colega De ClasseWhere stories live. Discover now