Capítulo 33: Era ele, Eldon Styne [narrado por Dean]

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     Quando Elena colocou os pés dentro da igreja, uma lágrima de emoção escorreu pelo meu rosto. Vê-la entrando com aquele vestido tão lindo, segurando seu buquê e sorrindo como se estivesse realizando um sonho foi a coisa mais indescritível que eu pude contemplar em toda a minha vida.
     - Você está linda! - eu a elogiei quando me aproximei dela.
     Ofereci o meu braço a ela e juntos fomos até o altar. A cerimônia foi linda e o seu discurso emocionante.
     - Pelo poder a mim estabelecido, eu declaro vocês, marido e mulher. O noivo pode beijar a noiva. - disse o padre.
     Então meus olhos percorrem pelo rosto de Elena e ela levanta a cabeça, fazendo com que seus olhos se encontrem com os meus. Minha mão envolve gentilmente a sua cintura e eu a puxo para mais perto. Toco sua bochecha, passando meu polegar pela sua pele macia. Então me inclino para um beijo. Elena fecha os olhos quando sente meus lábios tocarem os seus, suavemente no início, depois de um jeito mais ousado, fazendo os convidados suspirarem. Minha língua desliza facilmente em sua boca e eu provo mais uma vez o que sempre soube, Elena tem um gosto maravilhoso. Ela suspira em minha boca e então nos afastamos ao som dos aplausos dos convidados.
     Enfim, casados. Depois de tanta luta, tristeza e desafios, nós não desistimos dos nossos sonhos. Demorou, mas chegou o nosso momento de realização, onde poderíamos olhar para trás com alívio e gratidão, sabendo que tudo o que havíamos passado não tinha sido em vão. Estar vivendo este momento me trouxe a certeza de que juntos sempre conseguiríamos enfrentar qualquer problema que viesse à nossa frente. Sempre juntos.
     Saímos da igreja, saltitando alegremente. Pude dizer mais uma vez o quanto a amava. Então partimos para a nossa festa, era hora de comemorarmos a nossa perfeita união. Não demorou muito para que começássemos a nos divertir ao lado das pessoas que amávamos. Todos os convidados, amigos e parentes, eram especiais demais para nós e não importava a ligação, éramos todos família.
     Puxei Elena para uma dança, uma valsa que mal tínhamos ensaiado, mas que no final teve um resultado surpreendente, como se fossemos dançarinos profissionais em uma apresentação de dança. Ela encostou sua cabeça em meu peito e eu não duvidava de que ela conseguiria ouvir as batidas do meu coração. Algum tempo depois, Sam veio até mim, tinha um sorriso no canto e segurava uma taça na mão.
     - Dean! - ele me chamou. - Tem uns amigos que estão esperando por você. Vou roubá-lo só por um instante, Elena. - disse ele para ela com uma leve piscada.
     - Tudo bem. - ela disse, levantando as mãos para cima como se estivesse me entregando.
     - Vamos. - ele disse, me puxando pelo ombro.
     A bebida já devia estar fazendo efeito em meu irmão, ele estava solto e tagarela, assim como quando o encontrei bebendo com uns amigos da faculdade.
     - Eu já volto. - disse a Elena e deixei que Sam me guiasse.
     Enquanto andávamos, um dos garçons passou por mim e eu aproveitei para pegar mais uma taça de champanhe que estava em cima da bandeja. Andávamos até um canto, onde avistei meus dois bons e velhos amigos.
     - Damon! Stefan! Que bom que vocês vieram! - disse, cumprimentando-os com um aperto de mão.
     - Como poderíamos perder essa grandiosa festa?! - disse Damon.
     - Foi uma longa viagem de Mystic Falls até aqui, não deixaríamos de comparecer ao casamento do nosso velho amigo. - Stefan disse, tocando o meu ombro. - Mas, além disso, viemos ter uma conversa. Ainda temos um acordo, não temos?
     Eu estreitei os meus olhos e dei um gole em minha bebida. Damon segurava uma taça, e Stefan também deu um gole em seu champanhe, esperando que eu respondesse.
     - Mas é claro! - respondi.
     Sam olhou para mim e eu entendia o que seu olhar queria dizer, certamente eles vieram para terem certeza de que seus segredos ainda estavam bem guardados. Eu os deixei assegurados de que sim. Enquanto conversávamos e bebíamos, eu encarava Elena de longe. Vê-la distraída, conversando com suas amigas era incrível, ficava atraente gesticulando com as mãos. Trocávamos olhares algumas vezes.
     - Pretendem ficar por quanto tempo em Detroit? - perguntei.
     - Estamos apenas de passagem. - Damon respondeu. - Deixamos alguns assuntos para resolvermos na Virgínia.
     - Entendi... - eu disse, voltando a olhar para onde Elena estava, mas dessa vez ela não estava mais lá.
     Meus olhos fizeram uma busca pelo salão, até que a vi segurando seu vestido e saindo apressadamente pela porta de entrada. Era como se ela estivesse procurando por alguém, estranhei sua ação de imediato.
     - Ah... com licença. - eu disse para Damon e Stefan. - Continuem aproveitando a festa.
     Com o objetivo de descobrir o que estava acontecendo eu me afastei deles e segui Elena para ver onde ela estava indo. Terminei minha bebida e coloquei a taça em cima de uma mesa qualquer enquanto andava até a saída. Quando cheguei ao lado de fora uma brisa suave atingiu o meu rosto e eu vi Elena parada sobre o gramado. Ela olhava de um lado para o outro, como se estivesse agitada, ainda procurando por alguém. Então me aproximei dela e lentamente segurei o seu braço.
     - Elena, o que está acontecendo? - perguntei, confuso.
     Ela se virou para mim, assustada, soltando uma respiração que talvez nem soubesse que estava prendendo.
     - Você quer me matar de susto? - ela perguntou. - Ainda bem que é você! - me abraçou tão rápido que os meus braços demoraram para envolvê-la.
     Eu a afastei tentando acalmá-la e a questionei sobre seu comportamento estranho. Ela respirou fundo e colocou um pedaço de papel um pouco amassado em minhas mãos. Desdobrei o papel e as palavras escritas nele me deixaram totalmente pasmo. Quem enviaria esse bilhete? Me perguntei.
     - Quem você acha que mandou? - ela perguntou, como se a resposta fosse óbvia.
     Eu hesitei em responder enquanto raciocinava sobre esse novo acontecimento.
     Ela voltou a falar e me explicou sobre o porquê de ter saído tão apressadamente daquela maneira, e o que ela me contou me deixou ainda mais nervoso. Como ela pôde tomar uma atitude tão... irresponsável?! Sair correndo atrás de uma pessoa desconhecida, sozinha, foi um erro. E se a pessoa estivesse armada? E se a sequestrasse? Não, isso não poderia acontecer novamente.
     Ela se calou enquanto eu falava, sabendo que eu tinha razão. Eu entendia os seus motivos, todos estávamos à procura de respostas, mas tomar atitudes sem pensar poderiam prejudicar ainda mais o andamento da nossa investigação. Eu não estava a repreendendo, nem brigando, eu apenas queria protegê-la. Não queria que ela corresse perigo, acho que eu não aguentaria passar por aquilo novamente.
     - E agora, o que devemos fazer? - perguntou.
     Eu pensei por um instante e decidi que deveríamos manter isso em segredo, eu ligaria para a polícia e eles resolveriam tudo. Pedi para que Elena entrasse e não contasse a ninguém. Ela concordou e voltou para a festa, enquanto eu retirava meu celular do bolso e discava o número da polícia.
     - Polícia de Detroit, qual a sua emergência? - a voz estendida de um homem soou do outro lado da linha assim que a ligação foi atendida.
     Após um longo questionamento, eles me garantiram que fariam buscas imediatamente, sem chamar atenção, é claro. Eu concordei, me sentindo mais aliviado, mas não totalmente seguro. O importante era que todos lá dentro estivessem bem e que não corressem nenhum risco. Entrei novamente no salão, procurei Elena e avisei que tudo estava resolvido. Ela concordou, e como se estivesse pensando a mesma coisa que eu, sugeriu que perguntássemos ao Arthur sobre o homem de preto, a fim de conseguirmos alguma informação útil. Assim o fizemos, mas não conseguimos nada além do que já sabíamos: que esse homem mascarado era mais um psicopata obsessivo.
     Franzi o cenho em sinal de frustração, algo sempre tinha que dar errado. Elena massageou o meu ombro, tentando me deixar tranquilo. Ela não queria que isso atrapalhasse a nossa festa, e ela tinha razão, não poderíamos deixar que mais uma vez esses problemas atrapalhassem os nossos planos. Nós tínhamos que levantar a cabeça e voltarmos para a festa, era o nosso casamento! Eu sei que depois iríamos resolver este problema, a polícia em breve irá prender quem quer que seja este criminoso.
     Depois de abraçá-la, nós voltamos para a festa, continuamos nos divertindo e fingindo que nada havia acontecido. O ambiente alegre e as pessoas que nos rodeavam acabaram fazendo com que esquecêssemos por um instante o que havia acontecido. Olhei em meu relógio de pulso e vi que as horas haviam voado, realmente quando estávamos com pessoas queridas, curtindo e nos divertindo, o tempo passava mais rápido.
     Me aproximei de Elena e sugeri que estava pronto para ir embora, apenas esperando o momento em que ela quisesse. Sua pele ganhou um novo tão rosado, como se estivesse com vergonha, o que a deixou linda e fez escapar um sorriso do meu rosto. Ela concordou e ficou atônita, parecia estar longe, como se estivesse viajando em pensamentos. Talvez estivesse ansiosa e nervosa, assim como eu. Por um milésimo de segundo também me peguei pensando, e meus pensamentos estavam criando uma sensação diferente dentro de mim, algo como uma explosão de sentimentos e uma vontade imensa de ter Elena em meus braços e fazê-la a mulher mais feliz do mundo.
     Eu prometi a mim mesmo que a faria feliz e que seria cuidadoso, mas isso ia além do que eu havia prometido e era o mínimo do que Elena merecia receber de mim. Eu queria poder tocá-la e sentir como se estivesse protegendo-a de todo o perigo, queria poder sentir todo o seu afeto e o amor que só ela conseguia me despertar. Queria poder beijá-la e tocar o seu corpo todo, descobrindo o que cada parte dele escondia e o que o seu calor causaria em mim.
     Balancei minha cabeça afastando esses pensamentos de mim quando Elena se voltou em minha direção dizendo que poderíamos ir. Eu sorri e concordei. Então coloquei meu braço ao redor de sua cintura e juntos fomos nos despedir dos convidados. Deixei que ela se despedisse sozinha de sua mãe e seu irmão, talvez quisesse ter algum assunto em particular com eles antes de irmos, e fui fazer o mesmo.
     Me despedi de meu pai e meu irmão, esperando encontrá-los daqui a uma semana, e depois Elena e eu fomos para fora. Entramos no carro e partimos, deixando para trás somente aquele incidente e levando conosco a grande emoção de nossas vidas: o que foi a nossa festa de casamento. Enquanto eu dirigia pelas ruas da cidade, Elena ia silenciosamente ao meu lado. Estávamos em silêncio, mas não era um silêncio constrangedor, muito pelo contrário, esse silêncio acabava nos aproximando de certa forma, como se mesmo sem conversar compartilhássemos dos mesmos pensamentos.
     O ar refrescante do carro que eu havia ligado fazia com que o perfume de Elena viesse até mim, e eu me perdia nele discretamente. Com o canto dos olhos eu percebia cada movimento silencioso que ela fazia dentro do carro. Percebia como esfregava suas mãos em sinal de nervosismo e como uma vez ou outra olhava pelo vidro da janela. Segurei firme no volante no momento em que senti os seus olhos sobre mim, ela estava me observando por completo e isso fez com que um calor subisse pelo meu corpo.
     Parei de olhá-la de canto e me virei abruptamente para encará-la, ela acabou desviando o olhar rapidamente após ter sido pega. Não demorou muito para que os seus olhos retornassem ao encontro dos meus, o que me permitiu olhá-los a fundo, observando como suas pupilas estavam dilatadas. Eu sorri gentilmente para ela e ela retribuiu com um sorriso simples e tímido. Cortei o silêncio, avisando que havíamos chegado.
     Desci do carro e abri a porta para ela, em seguida segurei em sua mão e a ajudei a descer. Entreguei as chaves do carro ao manobrista e de mãos dadas adentramos o hotel. Os olhos de Elena percorreram, encantados, por todo o grande salão da recepção, que com lustres e sofás aconchegantes traziam um ar refinado ao ambiente. Nos aproximamos do balcão para fazermos o check-in e então o recepcionista entregou o cartão com o número do quarto nas mãos de Elena, nos desejando uma boa hospedagem.
     Então, antes de darmos um passo à frente eu me inclinei e peguei Elena no colo. Ela me olhou com surpresa, assim como todos na recepção do hotel, que nos olharam admirados e aplaudiram nossa cena romântica. Os olhos de Elena me fitaram surpresos, eles brilhavam como fogo e me queimavam quando ela me olhava. Ela tinha um sorriso divertido no rosto. Encaixei seu corpo perfeitamente em meus braços, enquanto ela passava suas mãos ao redor do meu pescoço.
     Entramos no elevador e apertamos o botão até o quinto andar, onde se localizava nossa suíte. Elena me olhava de uma maneira tão... sedutora e apaixonada. Se ela não parace de me olhar assim eu não saberia se conseguiria me controlar e esperar até chegarmos no quarto. Minha vontade era de beijá-la aqui mesmo, neste elevador. Ainda mais por estar encarando sua boca assim tão de perto, enquanto ela me acariciava, estava me deixando louco.
     O elevador apitou, havíamos chegado. A porta se abriu e nós saímos de dentro. Eu caminhava lentamente segurando Elena nos meus braços, enquanto procurávamos nosso quarto em meio a tantas portas que ficavam dos dois lados dos corredores.
     - Ali. - Elena apontou para uma porta no final do corredor, era o quarto 42.
     Me aproximei da porta e Elena a abriu com o cartão eletrônico. Empurramos a porta e o quarto se iluminou. Adentramos e fechamos o quarto. Meus olhos analisaram o ambiente inteiro em um misto de surpresa e aprovação, incrível, pensei, eles realmente capricharam. Caminhei até a cama e coloquei Elena sentada delicadamente sobre ela, em seguida me sentei ao lado dela.
     Elena admirava o quarto, assim como eu. Ela pronunciava uma palavra ou outra, apenas deixando que os seus olhos viajassem por todos os detalhes do ambiente, com um sorriso de canto. Me questionava se havia acertado em tudo, se havia conseguido agradar Elena.
     - Está perfeito, não está? - perguntei, fazendo com que ela me olhasse.  - É tudo o que você merece!
     Ela me encarou com um semblante feliz e lisonjeado.
     - Obrigada, meu amor! Nós dois merecemos.
     Eu sorri com carinho enquanto a abraçava, estava tão feliz quanto ela. Depois de algum tempo ali, eu me levantei e fui até a mesa que fazia parte do quarto, estava repleta de comidas sofisticadas. Na parede ao lado havia um aparelho de som embutido, muito moderno, por sinal. Fui até ele e procurei uma música, estava tentando criar um clima. A música era desconhecida, mas o nome me chamou a atenção, parecia ser uma música romântica e eu torcia para que fosse.
     As batidas eram suaves e a voz da pessoa que cantava trazia uma espécie de calmaria e excitação ao mesmo tempo. Retornei à mesa, provando alguns aperitivos que estavam lá e quando olhei para trás vi que Elena havia levantado. Ela dançava envolventemente ao som da música, não era algo coreografado nem ao menos profissional, era algo simples, porém único, como se ela expressasse algum sentimento em seus movimentos. Algo delicado e emocionante, com uma pitada de diversão e curiosidade.
     Ela parecia envolvida demais pela música que não se importava que eu a estivesse olhando, parecia estar se divertindo ao dançar comigo como espectador, ela estava tão linda dançando para mim! Não pude deixar de sorrir ao observá-la. Ela segurou em seu vestido e girou, olhando para mim, e quando percebeu que eu estava sorrindo, um grande sorriso brincalhão também surgiu em seu rosto. Era tão incrível vê-la feliz.
     Após algum tempo ela parou, mas ainda continuou a andar pelo quarto, admirando os detalhes do mesmo. Enquanto isso, peguei nossas taças e servi uma pequena quantidade de champanhe em cada uma delas e entreguei para Elena quando ela se aproximou. Não demorou muito para que terminássemos a bebida, e após isso eu peguei a taça de sua mão e coloquei sobre a mesa, junto da minha. Segurei em suas mãos e a puxei para mais perto, seu rosto estava bem próximo do meu e sem que eu mesmo percebesse uma de minhas mãos pousou em sua cintura.
     Olhei para ela e então os movimentos fluíram através de nossos corpos, não sei se era o efeito que a música causava ou se era a própria Elena, mas eu estava gostando de ficar assim, dançando tão junto dela.
     - Eu estou feliz por tudo ter dado certo. - eu disse. - Estou feliz em estar aqui com você, vendo o quão linda você fica quando sorri e como consegue ser tão graciosa quando está dançando.
     Um sorriso escapou de seu rosto.
     - Eu também estou feliz por ter chegado até aqui com você, por termos conseguido passar por qualquer dificuldade juntos. - ela disse. - E agora podemos aproveitar um ao outro como sempre sonhamos, estou feliz porque finalmente poderei ter você por inteiro.
     Também estou feliz por isso, pensei, mas não disse.
     Ela encostou sua cabeça em meu peito enquanto eu a envolvia em um abraço. Continuamos dançando em silêncio e lentamente. Estávamos tão próximos. Eu ouvia perfeitamente o ritmo da sua respiração, que parecia se alinhar com a minha. Seus olhos se ergueram para o meu rosto e seus dedos tocaram os meus cabelos. Fechei os meus olhos enquanto ela me acariciava, eu precisava tanto do seu toque, precisava senti-la em mim.
     Olhei de volta para ela, preenchendo o espaço que estava entre nós e juntando nossos rostos. Meus olhos desceram até sua boca e eu senti o desejo que eles exibiam. Então não esperei mais para saciá-los, unindo finalmente nossos lábios com um beijo. Uma de minhas mãos desceu até sua cintura enquanto a outra forçou o seu pescoço para aproximá-la mais. Era possível ouvir as batidas do seu coração, que eram rápidas e entregavam a sua ansiedade. Ela estava tão envolvida e me beijava com tanta avidez e vontade.
     Eu afastei nossos lábios em uma leve hesitação, estava pronto para seguir adiante, apenas esperando a confirmação de Elena. Não disse uma palavra, mas foi como se nossos olhos conversassem. Eu só continuaria depois de ter a certeza de que ela estava pronta. Faria ser bom para ela.
     - Eu estou pronta. - havia confiança em sua voz. - Estou preparada para entregar o meu amor a você.
     Eu sorri e não disse mais nada, apenas fiz com que os meus lábios voltassem ao encontro dos seus e isso já confirmava tudo. Dessa vez me concentro ainda mais em Elena, na sensação de sua boca na minha. Na forma como seus seios pressionam o meu peitoral, no desejo que faz o meu corpo inteiro ferver. Ela me faz pegar fogo. Minhas mãos descem pelas suas costas, explorando suas curvas, amassando seu vestido. Ela morde meu lábio inferior e eu gemo baixinho.
     Então meus dedos encontram o zíper do seu vestido e lentamente faço com que eles o abram, deixando assim que os volumosos tecidos caíssem pelo seu corpo, revelando sua lingerie branca. Meus olhos percorrem por todo o seu corpo, admirados, me fazendo morder os lábios. O sentimento que ela expressava em seus olhos eram intensos demais para serem descritos, mas revelavam que ela queria aquilo tanto quanto eu. Sinto suas mãos se aproximarem e então ela me ajuda a retirar o meu paletó, e em seguida desabotoua lentamente os botões da minha camisa, deixando meu peitoral à mostra. Ela admira o meu corpo e sinto como seus olhos parecem ferver, enquanto ela desliza suas mãos facilmente sobre os meus ombros até que elas cheguem à minha barriga. Ela me beija intensamente, do jeito que eu quero que ela faça.
     Eu envolvo meus braços em volta do seu pescoço, para aproximá-la ainda mais de mim, eu não quero que o beijo termine. Ela parecia estar totalmente entregue aos meus comandos, deixando que eu dominasse a situação. Lentamente eu a guiei até a cama, sem que os nossos lábios se afastassem e a deitei com cuidado, ficando em cima dela. Ela me puxou para mais perto e minhas mãos se moveram pelo seu corpo, descendo até suas coxas. Sua respiração intensa me deixava ainda mais excitado.
     - Eu te amo de verdade, Elena! - sussurrei em seu ouvido e senti seu corpo se arrepiando.
     Meus lábios beijaram o seu rosto e o seu pescoço, descendo até os seus ombros. Sua mão caminhou ao redor das minhas costas e se ergueu até a minha nuca. Voltei a olhar em direção a sua boca e me aproximei dela, brincando com seus lábios e ganhando ainda mais passagem. Me afastei e voltei a beijar o seu pescoço, e fui descendo até chegar em seus seios. Delicadamente eu desabotoei o seu sutiã, deixando que eles ficassem à mostra. Abaixei minha cabeça, colocando um de seus mamilos em minha boca, fazendo com que Elena soltasse um gemido prazeroso, depois fiz o mesmo com o outro. Ela respondia perfeitamente aos meus estímulos, estava se saindo muito bem.
     - Eu também te amo... De verdade! - ela também sussurrou.
     E esse amor estava nos incendiando, podia sentir nossos corpos em chamas cada vez mais que nós nos movimentávamos. Garota, você é incrível. Minha boca continuou seu caminho pelo corpo dela, descendo pela sua barriga e saciando aos poucos o desejo que corria pelas minhas veias. Hesitei quando terminei o caminho parando em sua região íntima. Nesta hora meu coração estava pulsando muito mais acelerado, e poderia dizer com total certeza que o coração dela também. Lentamente e com cuidado retirei sua calcinha, agora deixando o seu corpo inteiro à mostra.
     Era o nosso momento, mas isso era mais sobre ela do que sobre mim. Faria de tudo para que Elena se sentisse bem e confortável, apesar da minha vontade imensa e quase incontrolável de tê-la logo por inteiro eu queria ser carinhoso do jeito que Elena merecia. Então meus dedos deslizaram por suas coxas, afastando levemente as suas pernas, enquanto ela se endireitava sobre a cama. Neste momento eu olhei diretamente em seus olhos e ela manteve sua confiança em mim. Mordi meus lábios e então inclinei minha cabeça fazendo com que minha língua deslizasse para dentro de si, o que fez com que nós dois gemêssemos em uníssono.
     Os meus movimentos eram circulares e lentos, e eu conseguia sentir como ela estava ficando cada vez mais estimulada. Levantei meus olhos, observando como ela estava entregue ao meu toque, e então continuei meu trabalho, aprofundando e acelerando mais os movimentos. Ela estava muito molhada.
     - Dean! - meu nome escapou pelos seus lábios, enquanto o prazer consumia cada célula do nosso corpo.
     Continuei movimentando minha língua, desta vez mais lenta e provocadoramente e ela instantaneamente arqueou os seus quadris para mim.
     - Você é doce, como eu imaginava. - sorri sedutoramente, fazendo com que minhas mãos fossem até sua cintura e forçassem ela novamente para baixo.
     Seus dedos afundavam os lençóis de seda e ela torcia os tecidos em suas mãos.
     - Oh! - ela exclamou quando um de meus dedos deslizou para dentro de si, minha língua ainda trabalhava e meus olhos nunca deixavam os seus.
     Uma de minhas mãos segurava o seu quadril sobre o colchão, enquanto a outra brincava com seu clitóris. Então me levantei, me posicionando novamente em cima dela e antes que ela pudesse dizer alguma coisa eu calei a sua boca com um beijo mais necessitado do que o anterior, enquanto meus dedos continuaram fazendo movimentos rápidos dentro de si. Ela revirou os olhos e esticou seu pescoço, me dando acesso para beijá-lo, e assim o fiz.
     - Isso, você está quase lá. Goza para mim, amor. - sussurrei em seu ouvido, e minhas palavras foram como um gatilho para que ela desmoronasse sobre mim.
     Seu corpo todo tremeu como se estivesse sentindo uma onda avassaladora de prazer e alguns segundos depois a pressão entre suas pernas havia sumido, deixando que seu corpo ficasse mole.
     - Isso, como uma boa garota, meu amor.
     Levei meus dedos até a minha boca e os chupei, deixando que os meus olhos encarassem profundamente os seus. Ela me encarou de volta com sua respiração ofegante, e eu me senti completamente em chamas.
     - Essa foi a melhor sensação de toda a minha vida. - ela admitiu.
     - Das nossas vidas. - eu complementei, querendo tocá-la novamente e beijá-la.
     Como eu posso te amar tanto, Elena Gilbert?!
     - Espero que você não esteja muito exausta, ainda não terminamos. - eu disse.
     - Não, eu quero continuar. - ela disse, me fazendo sorrir.
     Ela me observou, enquanto eu desabotoava minha calça e terminava de me despir e em seguida desviou seus olhos para o teto do quarto.
     - Olhe para mim. - pedi, acariciando o seu rosto levemente.
     Ela me encarou.
     - Serei gentil desta vez, quero que seja no seu tempo.
     Ela concordou.
     Então me inclinei novamente sobre ela e no próximo instante deslizei lentamente dentro de si. Ela fechou os olhos com força.
     - Continua. - me pediu.
     E assim eu continuei.
     - Por mais que eu queira ir rápido e com força agora, eu vou te esperar. Isso é sobre você, Elena. Sempre será sobre você.
     Fiz um movimento lento para que ela se acostumasse, seguido por mais alguns. Minhas mãos estavam apoiadas em cada lado de sua cabeça. Depois de alguns momentos, a sensação diferente foi substituída pelo prazer, Elena estava finalmente se entregando. Suas mãos foram até os meus ombros e deslizaram pelas minhas costas. Nossos corpos se movimentavam em sintonia, estávamos tão ligados. Sua voz saia em forma de suspiros quando sussurrava meu nome. Fui acelerando levemente quando senti que ela estava quase lá.
     - Isso é tão bom. - eu disse, soltando um gemido abafado.
     A sensação e os sentimentos que me envolviam eram perfeitos demais para serem descritos. Era melhor do que eu havia imaginado, Elena era incrível em todos os sentidos e eu a amava como nunca havia amado alguém em toda a minha vida. Porque sempre foi ela.
     - Elena. - seu nome escapou pela minha boca, quando fiz o próximo movimento.
     Continuamos intensamente até chegarmos ao ápice do prazer e da paixão, era como se todas as minhas emoções estivessem sendo ampliadas. Tudo foi ficando cada vez melhor quando Elena mudou a posição e subiu em cima de mim, a segurei pela cintura impulsionando ainda mais os seus movimentos. Aproveitamos cada segundo, sem nos preocuparmos com nada. Era apenas Elena e eu, era o nosso momento. Continuamos a noite inteira até desabarmos na cama, um ao lado do outro. Eu a puxei em minha direção e ela apoiou suas mãos em cima do meu peito nú, e assim ela adormeceu. Observei o seu rosto antes de também pegar no sono, ela era perfeita demais e eu a amava mais do que tudo no mundo. Então adormeci.

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