Capítulo 11: Nada disso faz sentido

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     As lágrimas rolavam por todo o meu rosto, as forças para tentar fugir iam se evaporando aos poucos. Eu já estava cansada demais, então... eu desisti. Como posso ser tão fraca? Desistir assim? A verdade é que já não tinha mais jeito. Eu só pedia a Deus que não me deixasse morrer.
     Eu ergui a minha cabeça quando Eldon voltou a falar. Ele ainda estava de costas para mim, então olhei para ele prestando mais atenção, já que a única coisa que me restava era isso:
     - Os anos fizeram muito bem para você. Aliás, não só para você, mas para sua mãe e seu irmão também. Ah... seu pai, como poderia esquecer dele.
     Ao ouvir isso franzi o cenho, confusa. Voltei a olhar para a mesa onde estavam as ferramentas e me surpreendi. Além das várias facas que estavam ali eu também vi um revólver, mas não pude reconhecer de qual tipo era.
     - Afonso sempre teve bom gosto para armas. - ele disse, terminando de colocar o pente na arma.
     O que? Como assim? Essa arma não pode ser do meu pai. E essas outras ferramentas? Não, meu pai não seria capaz!
     Ele coloca a arma no cós da calça, pega uma faca e "finalmente" se vira e vem até mim.
     - Que cara é essa? Não me diga que está com medo. - ele pergunta, com aquele maldito sorriso psicopata no rosto.
     Não, imagina, eu estou me divertindo muito aqui.
     Ele se abaixou um pouco, ficando à minha altura, já que eu estava sentada na cadeira. Seus olhos azuis se encontram com os meus. Então sua mão toca suavemente meu rosto. Ao sentir seu toque, automaticamente viro meu rosto com repugnância.
     Com raiva ele toca novamente meu rosto, segurando com força meu queixo. Então ele puxa meu rosto de novo para frente, me fazendo olhar com ódio para ele.
     - Acho bom você se comportar, para que as coisas não fiquem tão ruins para você.
     Então ele solta meu rosto, o empurrando.

Continua...

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