Capítulo 28: Decisão certa [narrado por Dean]

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     Os últimos meses estavam sendo ótimos ao lado de Elena, desde quando começamos a namorar eu percebi o quão maravilhosa ela era e, acima de tudo, era muito forte e corajosa. Ela me fazia perceber como as pequenas coisas realmente importavam. Com ela, algo como uma simples flor ou sentar para admirar o pôr do sol valiam mais do que mil palavras. Estar com ela me trazia paz, ela me fazia feliz a cada dia. E eu só queria retribuir todas essas sensações boas que ela me proporcionava.
     Depois de tudo, eu só me perguntava porque eu havia esperado tanto tempo para me declarar a ela. Quando eu disse o que eu sentia naquele hospital eu esperei que talvez ela não fosse sentir o mesmo mas, quando ela abriu aquele sorriso e disse que também me amava eu fui pego de surpresa. Foi incrível quando a beijei pela primeira vez, era como se eu estivesse vivendo um sonho e foi exatamente do jeito que eu imaginava. A partir daí eu soube que nós iríamos ficar juntos e poderíamos ser felizes, intensamente.
     Juntos nós conseguiríamos enfrentar os traumas que passamos, seríamos nós dois, um ajudando o outro. E assim estava sendo, desde o início Elena se abria comigo e eu fazia o mesmo. Mas no fundo eu sabia que ela não desabafava por completo, ainda havia um sentimento muito forte e triste por dentro que ela preferia guardar só para ela. E eu a compreendia, eu sabia de todo o sofrimento que ela havia passado, o quão horrível foram as coisas que ela viveu. E sei que isso a estava machucando, por não ser uma coisa fácil de esquecer.
     Eu senti que nas últimas semanas Elena estava um pouco diferente, todo o caso do pai dela na justiça criava um estresse maior para a família e principalmente para ela. Mas mesmo assim ela se fazia de forte e não deixava transparecer a sua tristeza, mesmo eu sabendo que por dentro ela não estava nada bem. Eu tentava estar sempre pronto para ajudar em qualquer situação, tentava oferecer o apoio que ela precisava.
     Depois que eu havia me recuperado por completo das fraturas nas costelas, eu voltei a trabalhar no escritório imobiliário. Meu chefe havia me oferecido uma oferta, a empresa estava disponibilizando cursos para melhor qualificação em transações imobiliárias e se eu me esforçasse, eu poderia ganhar uma promoção. Assim, cada vez mais que eu me qualificasse, mais chances eu teria de ocupar um cargo melhor na empresa. Agora só me restava lutar pelo o que eu queria, ter uma ocupação mais importante no setor de transações alavancaria a minha carreira e eu poderia então, proporcionar uma boa qualidade de vida para Elena em qualquer que seja o nosso futuro juntos.
     O nosso futuro juntos, é tão incrível imaginar como isso possa ser.
     O julgamento do pai dela estava marcado e a data não demorou a chegar, falei com o meu chefe e expliquei que era muito importante para mim estar lá. Ele entendeu e me deu essa exceção, mas em seguida, assim que a audiência acabasse eu teria que voltar para o escritório. Passei na casa de Elena, para irmos juntos até o tribunal e quando ela abriu a porta eu pude notar o quão pálida ela estava. Parecia que estava um pouco doente, mas não quis questionar, além do mais, ela estava passando por um momento difícil, hoje seu pai seria julgado.
     Então fomos, o grande ambiente sério e respeitoso que era a sala de audiência, nos fazia ficar preparados para qualquer coisa. O pai de Elena entrou na sala, estava vestido com o seu simples paletó que o advogado havia pedido, para que ele pudesse participar do julgamento. E não deixava de apresentar o seu aspecto abatido e desgostoso. Então as imensas perguntas e diálogos aconteceram, o advogado e o juiz, ambos usavam palavras difíceis que eu confesso não saber o significado e, ao meu ver, não tinha tanta necessidade. Pronunciar Excelentíssimo Senhor Juiz de Direito era um pouco complicado, mas representava todo o respeito diante de uma autoridade tão importante.
     Cada minuto ali nos trazia um grande nervosismo, o tempo demorava a passar e isso causava muita ansiedade. Elena estava com as mãos trêmulas, revelando o quanto estava nervosa. Queríamos que o juiz chegasse logo ao ponto, para sabermos o que aconteceria com Afonso. Mas quando o juiz enfim estabeleceu a sua decisão, desejamos que isso nunca tivesse acontecido. Foi triste saber que ele foi condenado e mais triste ainda termos que nos despedir dele. Era doído contemplar o sofrimento de Elena e de sua família, imaginei como se isso estivesse acontecendo com o meu pai. Três anos podem parecer pequenos para nós aqui fora, mas lá dentro de uma cadeia, acho que eles demoram a passar e esse era o problema.
     Quando me despedi dele, Afonso me disse para cuidar de Elena e eu prometi isso a ele. Ele acabou sendo transferido para um presídio em outra cidade, vizinha de Detroit. Agora só esperávamos para saber os dias em que poderíamos visitá-lo. Elena estava abalada e eu tentava oferecer apoio e força naquele momento. Ela estava com medo de seu pai passar por coisas ruins dentro da prisão e, eu tentava acalmá-la, dizendo que ele ficaria bem.
     Voltamos para casa, depois de Elena estar mais tranquilizada. A fiz prometer me avisar de qualquer novidade ou coisa que acontecesse, então voltei para o trabalho, desejando que as horas passassem rápido. Agora era difícil trabalhar depois de toda essa tensão, eu não conseguia pensar em mais nada que não fosse o julgamento de Afonso. Sorri quando vi uma mensagem de Elena no meu celular, perguntando se já havia chegado no trabalho. Isso era tudo o que eu precisava.
     A noite quando saía da empresa e voltava para casa, eu recebi uma ligação de Valentina. Achei um pouco estranho ela estar me ligando, pois esperava que Elena o fizesse, mas então atendi:
     - Alô, Dean? - ela indagou.
     - Oi. - respondi. - Está tudo bem, Sra. Gilbert?
     Ela então respondeu:
     - Dean, eu só liguei para avisar que Elena se sentiu mal hoje e teve que ir ao hospital. Achei que você precisava saber.
     Fiquei surpreso.
     - A senhora fez bem em me avisar, como ela está? - perguntei.
     - Bom, agora ela está no quarto, descansando. Foi só um susto. - ela disse, senti sua voz estar um pouco diferente.
     - Achei um pouco estranho ela não ter me falado nada, ela me prometeu avisar se algo acontecesse. - eu disse.
     Valentina demorou a responder.
     - Ela chegou muito cansada do hospital e com tudo o que aconteceu hoje ela deve ter esquecido. Mas agora você já está informado, não tem com o que se preocupar. Foi só um susto.
     Fiquei ainda pensativo.
     - A senhora tem certeza de que foi só isso? - perguntei.
     - Sim. Foi só isso, Dean. - ela respondeu, rapidamente. - Agora tenho que desligar, Jared está me chamando. Boa noite.
     - Boa noite.
     Então desliguei o celular. Realmente a ligação de Valentina me pareceu um pouco estranha. Pela sua voz parecia que ela estava encobrindo alguma coisa, será que Elena está com alguma coisa mais grave do que um simples mal estar e ela não quis me dizer? Espero que não.
     Acelerei mais o carro pela estrada, a fim de chegar mais rápido em casa. Quando cheguei, encontrei Sam sentado na mesa, estava estudando os seus livros da faculdade. Já está no primeiro ano em direito.
     - E aí, Sam! Muito trabalho? - perguntei quando entrei na sala.
     - Você nem imagina, tenho que terminar esse relatório sobre as leis trabalhistas até amanhã. - ele disse, em tom de exaustão. - Vou ter que estudar a noite inteira, tá afim de pedir uma pizza? - ele perguntou.
     - Claro!
     Enquanto Sam falava com o cara da pizza pelo telefone eu me sentei no sofá, peguei meu celular e tentei ligar para Elena. Ela não atendia nenhuma das minhas ligações e isso me deixava nervoso. Como eu iria saber se ela está bem? Só saberia se eu fosse até lá.
     - Pronto, a pizza já está vindo. - Sam disse.
     Me levantei do sofá e peguei a chave do carro que tinha deixado em cima da mesa.
     - Dean, aonde vai? - Sam perguntou surpreso, quando levantei.
     - Tenho que ir até a casa de Elena.
     Ele cruzou os braços.
     - Mas e a nossa pizza? - perguntou.
     - Vai ter que comer sozinho. - eu disse.
     - Esse meu irmão! - escutei ele dizer, enquanto cruzei a porta.
     Liguei o carro e em alguns minutos eu havia chegado na casa de Elena. A casa estava escura, talvez eles estivessem dormindo, pois já era tarde. Mas eu não poderia ir embora sem ter certeza de que Elena estava bem. Então fui até os fundos da casa e percebi que uma luz fraca vinha da janela do seu quarto, talvez estivesse com o abajur ligado. Me aproximei e olhei através da janela, observando que Elena estava mesmo dormindo na cama. Fiquei na dúvida se devia ou não acordá-la, mas nós precisávamos conversar, então bati algumas vezes na janela.
     Ela acordou em um pulo, um pouco assustada, mas logo se aliviou vendo que era eu. Se levantou de uma forma meio desanimada e eu pude perceber que a sua expressão era um pouco triste. Lentamente ela abriu a janela e eu entrei dentro do quarto. Ficar algumas horas longe dela já me deixava com saudade, então a cumprimentei carinhosamente com um beijo. Me sentei perto dela no sofá e senti o quão tensa ela estava, era estranho porque ela sempre se sentia solta comigo.
     - Você está bem? - perguntei.
     A sua resposta só me constatou o que eu já sabia. É claro que ela não está bem! Como poderia estar, não é mesmo?Depois de ter passado por mais essa situação triste de ter seu pai longe, era óbvio que não poderia estar feliz. Dessa vez percebi que ela só queria conversar, era só o que ela precisava. Olhei para o seu rosto, vendo que ela estava com os olhos vermelhos como se tivesse chorado. Fiquei mais preocupado ainda pela maneira como ela falava, eu podia sentir todo aquele desespero em sua voz. Depois de tanto tempo ela estava sendo sincera em seu desabafo. Estava finalmente soltando todo o sofrimento que estava preso dentro de si.
     Eu a ouvia com tanta tristeza e a compreendia quando dizia que nunca iria conseguir esquecer do que aconteceu.
     - É como se eu pudesse sentir aquele desespero o tempo todo e... - ela disse.
     Isso nunca passa. Eu também sentia o mesmo.
     A todo momento eu me lembro de estar naquele porão, sentindo o álcool sendo jogado pelo meu corpo, fazendo as minhas feridas arderem. Me lembro da aflição em tentar escapar quando Eldon estava prestes a colocar fogo em tudo. Sim, isso não é uma coisa fácil de esquecer.
     Além de tudo o que Elena me disse eu sentia que tinha mais alguma coisa guardada dentro dela que talvez não quisesse me contar. Era como se estivesse agindo igual a sua mãe no telefone. Talvez fosse algo sobre o seu mal estar ou a visita ao hospital. Não importa o que seja, eu preciso saber. Então insisti para que ela me contasse, foi quando ela abriu a boca e o que saiu atingiu em cheio o meu peito em uma grande decepção.
     - Eu estou grávida.
     Na hora em que ela me disse isso eu não acreditei, na verdade não queria de maneira alguma acreditar. Foi uma revelação surpreendente e triste para mim, não sabia o que pensar, não sabia o que dizer. Foi um choque que me fez lembrar de todos os nossos planos juntos, quando brincávamos pensando sobre como seria se tivéssemos um filho algum dia. E sim, eu queria me casar e ter filhos com Elena, construir nossa família. Mas agora ela está grávida e o mais triste é que esse filho não é meu e sim daquele nojento do Eldon.
     A tristeza que ela revelava em seu olhar me partia o coração, ela expressava o quanto estava perdida e desesperada. Não sabia o que fazer, chorava e clamava por ajuda e eu só conseguia abraçá-la para que ficasse calma.
      - Eu não sei o que fazer. Por favor, me ajuda! - ela chorava.
     - Calma, tudo vai ficar bem, Elena. Nós estamos juntos nessa.
     Ela olhou para mim como se estivesse confusa e eu entendi o que estava passando em sua cabeça. Talvez estivesse com medo, achando que eu me levantaria e iria embora, acabando com o nosso relacionamento naquele exato momento. Mas não, eu não iria a lugar algum. Não a abandonaria na hora em que ela mais precisava. Quando disse que estávamos juntos, era em qualquer situação. E não seria essa gravidez que iria me separar dela, eu não quero perdê-la.
     Era óbvio que isso estava sendo muito mais difícil para ela, não consigo imaginar uma forma de descrever o que ela poderia estar sentindo por dentro, mas sei que também estava sofrendo. Ter todos os seus sonhos interrompidos tão abruptamente. E uma criança... não era algo fácil de se enfrentar, ainda mais pelas circunstâncias de sua origem. Mas mesmo assim não poderíamos deixar de lado a realidade, era uma vida. Uma vida inocente que tinha o direito de vir ao mundo.
     Tivemos uma longa conversa e a fiz pensar sobre isso, mas já sabia que ela achava o mesmo. O que restava era saber como seria daqui pra frente, Elena não poderia passar por isso sozinha. Ela precisa de apoio e eu vou estar aqui para ela, como prometi desde o início. Queria poder ficar com ela esta noite, mas seria melhor que ela tivesse esse tempo sozinha para pensar. Então depois de ter dado mais um longo abraço nela eu fui embora.
     Dessa vez não tive pressa em acelerar o carro, não queria chegar em casa tão cedo e, dirigir calmamente pela estrada me ajudava a pensar em como o dia de hoje havia sido um verdadeiro turbilhão de emoções. E eu só queria esquecer tudo isso por pelo menos um minuto. Depois de um tempo dirigindo devagar eu cheguei em casa. Sam ainda estava sentado na mesa, estudando, assim como o deixei. Passei por ele rapidamente, antes que ele pudesse fazer alguma pergunta e fui direto para meu quarto. Tomei um banho quente, querendo que a água levasse consigo todo esse caos do qual estávamos enfrentando.
     Me deitei na cama, sem conseguir dormir. O barulho dos ponteiros do relógio na parede, ecoava alto em meu ouvido. Além do barulho da minha respiração, esse era o único som que se podia ouvir no meio de todo esse silêncio que se fazia no meu quarto. Não poderia dizer que o meu pensamento era aleatório, pois a mesma coisa sempre martelava a minha cabeça. Pensava em como continuaria o meu relacionamento com Elena, ela não escondeu de mim que estava grávida e eu decidi apoiá-la. Mas agora eu sabia que não podíamos mais continuar apenas como namorados.
     Talvez fosse a hora de aprofundar mais a nossa relação, mas eu ainda estava um pouco confuso. Não pelo o que eu sentia por ela, mas sim, sobre como seria depois que aquela criança nascesse. Como serão as nossas vidas daqui nove meses? Fiquei tão inquieto que me levantei da cama e fui até a sala, precisava conversar com alguém, mas Sammy já tinha ido para o quarto. Então fui até a cozinha, abri a geladeira e peguei uma garrafa de cerveja. Me sentei na mesa quando de repente meu pai apareceu.
     - Dean? Achei que já estivesse dormindo, porque está acordado a essa hora? - ele perguntou.
     - Eu pergunto o mesmo. - eu disse.
     Ele engoliu em seco e se sentou comigo na mesa.
     - Perdi o sono. - ele disse.
     - É, eu também.
     Olhei bem para ele e então perguntei:
     - Pai, podemos conversar? Eu preciso de alguns conselhos seus.
     Ele olhou para mim, benevolente.
     - É claro que sim, filho! Eu sei que tenho estado um pouco distante de você e Sam por conta do trabalho, as viagens têm sido um pouco cansativas. - ele passou a mão pelo meu ombro. - Mas vocês dois podem contar comigo para o que precisarem.
     Fiquei feliz pelo o que ele disse, apesar de não estar muito presente ele fazia o melhor que podia. Era um ótimo pai.
     - Me conte o que anda acontecendo, assim posso te aconselhar. - ele disse.
     Então eu contei tudo a ele, disse cada detalhe do que tinha acontecido e de como isso estava mexendo comigo. Notei o seu olhar pensativo, estava procurando uma forma de me aconselhar.
     - Nossa! - exclamou. - Eu venho acompanhando a relação de vocês dois desde quando eram pequenos e, eu sei que agora isso não vai ser nada fácil. Para nenhum dos dois.
     - Sim, está sendo muito difícil lidar com isso. - eu disse.
     Ele olhou sério para mim.
     - Dean, você a ama mesmo, não é? Seria capaz de fazer qualquer coisa por ela? Até mesmo cuidar de um filho que não é seu? - ele perguntou.
     - É claro que eu a amo e sim, eu faria o que fosse preciso.
     - Você sabe que uma criança é muita responsabilidade, não é? Então você precisa levar isso a sério. Se Elena é a mulher da sua vida e você a ama de verdade, não vai ter medo de enfrentar todos os problemas com ela. Elena já provou que te ama quando foi sincera, te dizendo a verdade e agora, você vai provar que a ama também? Vai passar por isso com força e atitude ou vai ficar com medo e desistir? Pense nisso, boa noite, Dean.
     Ele deu uns tapinhas nas minhas costas e se levantou, me deixando sozinho na cozinha. Eu então bebi o resto da minha cerveja e voltei para o meu quarto. Me deitei na cama e comecei a refletir sobre tudo o que o meu pai disse. E ele tinha razão, se eu a amo de verdade, não vou ter medo de enfrentar essa responsabilidade. E o mais importante, quero amar muito essa criança. A hora já era avançada, então fechei os olhos e tentei dormir, pois amanhã mais um dia longo de trabalho me esperava.

[...]

     Na manhã seguinte, eu acordei não muito disposto. Mas sabia que o melhor a se fazer era encarar todos os problemas que viessem. Então me levantei e me preparei para mais um dia de trabalho no escritório. Após ter pensado muito ontem a noite, eu já sabia o que fazer. Fui até o banheiro e tomei um banho, em seguida me vesti. Estava com pressa para chegar ao trabalho e afastar por um tempo o meu pensamento de tudo isso, me distrair. Então saí de casa sem nem tomar café da manhã.
     O clima no escritório estava bem agitado, depois que a empresa começou a oferecer os cursos de qualificação, todos os funcionários estavam animados. Novos estagiários começaram a aparecer e o nosso objetivo hoje era ajudá-los a iniciar seu treinamento e desenvolver sua confiança. Estava sendo um pouco complicado, mas divertido. Na hora do almoço, os companheiros de trabalho me convidaram para comer junto com eles, mas eu neguei educadamente. Hoje preferia passar a minha hora livre sozinho.
     Então saí da empresa. Caminhar tranquilamente pelo centro da cidade me trazia tranquilidade. Eu precisava respirar um ar puro e refletir sobre minha vida. Avistei mais a frente uma cafeteria e adentrei, pedindo um cappuccino. Saí e voltei a andar pelas ruas, que, não tão lotadas de gente, fazia me sentir confortável. Continuei caminhando enquanto tomava minha bebida, até me deparar com o grande letreiro de uma joalheria. Parei de andar e olhei para ela, uma das alianças que estavam na vitrine me chamou a atenção. A placa da joalharia dizia "aberto", então entrei na loja.

Continua...

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