Capítulo 2

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Theo andava pelo emaranhado de pessoas, esbarrando em uma ou outra, puxando sua mala tentando achar seu pai em meio a todas aquelas pessoas. Só de estar novamente em sua cidade natal já se sentia o garotinho do papai novamente, e mal podia esperar para rever seu velho e se sentir cuidado de novo.

Não demorou muito para encontrar um homem pálido, um pouco mais alto que ele, com barba por fazer e cabelo curto, puxou sua mala se aproximando do homem.

Theo praticamente se jogou em cima do homem que o abraçou fortemente, choramingando em saudade. Sentiu falta de casa, a vida adulta não é para ele, definitivamente.

-Eu senti sua falta.- Theo admitiu baixinho, contra o ouvido do pai. Seu pai sempre será seu porto seguro, não importa sua idade, sempre irá sentir falta do afeto que ele lhe proporciona.

-Eu também filho, eu também-Seu pai falou, limpando o canto de seus olhos-Estou orgulhoso de você Theo, muito orgulhoso.-Theo abriu um grande sorriso-Mas agora vamos para casa, antes que a comida esfrie-Disse o ajudando com a mala

-Você não deveria ter começado a fazer depois que eu chegasse?-Questionou e seu pai deu risada.

-Ah não, Liam se ofereceu para fazer a comida, então o deixei lá fazendo e a essa altura já deve ter terminado.-Theo, que antes estava sorrindo, fez uma enorme cara de carranca.

-Já não era pra ele ter saído de lá?-Jonathan o olhava como quem o repreendesse.

-Em primeiro lugar, não, não saiu, e em segundo, não fale dele assim Theo está sendo difícil para ele, ele é um bom garoto e pode ficar quanto tempo quiser-Theo bufou e enfiou sua mala no porta mala, entrando no carro junto de seu pai.

-Mas ele já não fez 18 anos?-Jonathan suspirou com a implicância do filho, dando partida no carro.

-Não, Theo, ele faz no meio do ano e pare de implicar com o coitado.-Theo afunda no banco suspirando, se dando por vencido, não quer arrumar confusão com seu pai por alguém tão insignificante.

-Eu só não gosto dele-Theo murmurou

-Mas vocês não se vêem a pelo menos cinco anos, certeza que agora vão se dar bem-Jonathan realmente esperava que eles pudessem ser amigos, mas depois de muita implicância e seguidos episódios que geraram muito desentendimento, Theo pegou um certo ranço do outro. 

-Tanto faz-Falou com voz e cara emburrada voltando a afundar no banco.

Depois de pouco mais de 15 minutos chegaram em casa, afinal sua casa não era tão longe do aeroporto

Theo arrastou sua mala pelos degraus da entrada e assim que a porta se abriu sentiu o cheiro de comida, mas se recusou a admitir que aquele cheiro lhe dava água na boca.

-Meu quarto ainda é o mesmo ou o órfão pegou ele?-Theo debochou, não demorando a sentir um tapa estalado de seu pai em sua cabeça, com certeza teria dor de cabeça depois.

-Não fale assim Theodore! Pare com tanta implicância com o garoto, se coloque no lugar dele uma vez na sua vida-Jonathan o repreendeu-Está do jeito que o deixou-Theo assentiu mau humorado, e caminhou com sua mala até seu quarto.

Poderia sim ignora-lo, mas como desde a infância, infernizar sua vida e o ver irritado é bem mais interessante.

NightmaresWhere stories live. Discover now