𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 8

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𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆

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𝑳𝒊𝒛𝒛𝒊𝒆

Precisava confessar, JJ estava sendo bem delicado, ele passava o algodão com álcool devagar pela minha mão, analisando cada centímetro da minha mão e qualquer movimento que eu fazia ele parava e me analisava cuidadosamente, voltando ao que estava fazendo antes.

Só agora sentada na cadeira e mais calma, percebia a loucura que tinha acontecido, eu tinha tido uma crise e agora estava sendo cuidada por alguém que eu nem se quer gostava. Eu sempre cuidei de mim sozinha nesses momentos, o único que me via dessa forma era o Rafe.

Meu primeiro surto foi quando eu tinha nove anos, meu aniversário seria em algumas semanas e tudo que eu queria era comprar um vestido lindo com a minha mãe, mas ela estava trabalhando e provavelmente não viria, liguei pra ela aos prantos, implorando pra ela vir, pra gente comprar a roupa juntas e ouvi dela que eu estava atrapalhando, que estava sendo dramática e por último, a frase que me destruiu, que nesses momentos ela odiava ser mãe, porque eu sempre estava atrapalhando e era uma egoísta por so pensar em mim.

A dor que senti foi imensa, minhas mãos começaram a tremer, a respiração ficou desregulada e quando olhei pro espelho na minha frente a primeira coisa que eu fiz foi socar ele, precisei dar mais de um soco pra ver todo espelho despedaçado, e quando olhei minhas mãos ensanguentadas, a dor dos cortes me invadiu e toda a preocupação de limpar aquilo e fazer os curativos me fizeram esquecer da dor sentimental e foi ai que tudo começou

-Ta doendo? -volto a realidade quando o JJ me chama- Você ta chorando -ele passa a mão no meu rosto enxugando as lágrimas, olho pra ele e depois pras minhas mãos dando um leve sorriso

-Ta doendo? -volto a realidade quando o JJ me chama- Você ta chorando -ele passa a mão no meu rosto enxugando as lágrimas, olho pra ele e depois pras minhas mãos dando um leve sorriso

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-Não to chorando por causa da minha mão, são outros problemas -ele concorda com a cabeça e volta a atenção pras minhas mãos, agora ele já estava passando uma pomada

-Problemas que fizeram você socar o chão? -ele fala ainda olhando pra minha mão

-É...mas não quero falar disso -falo e olho pra fora

-Eu também tenho problemas que me fazem querer socar as coisas, mas em vez de socar eu surfo

-Ta me dizendo que surfar ajuda, sério?

-To falando sério -ele me olha- Quando você entra no mar é como se você se conectasse e deixasse seus problemas ali, deveria tentar

-Posso pensar, mas surfar não é pra mim e não querendo ofender, mas já tenho minhas formas de lidar com as coisas

-Você ta falando isso porque nunca tentou, pensa direito, surfar é muito bom -ele sorri de leve e volta a atenção pras minhas mãos, agora ele já estava passando a faixa por elas- Prontinho, fiz até que um bom trabalho -ele fala orgulho de si mesmo

-Obrigada JJ -olho pras minhas mãos e depois pra ele e sorrio levemente- Queria te pedir pra não contar pra ninguém sobre isso

-Fica tranquila Princesa, assim que eu sai por essa porta terei uma amnésia -ele levanta e olha o relógio- Eu preciso ir agora, não consegui terminar tudo então volto amanhã...você vai ficar bem? -faço que "sim" com a cabeça- Se cuida então, te vejo amanhã -ele sai pela porta da cozinha

Assim que o JJ foi embora subi pro meu quarto, assistir algo iria distrair minha mente, mas agora aqui sozinha só conseguia encarar minhas mãos e lembrar da conversa com a minha mãe, sabia que se passasse mais 10 minutos ali iria surtar de novo, peguei o telefone e disquei o número da única pessoa que não me deixaria sozinha nesse momento

-Oi -falo manhosa

-Oi Pequena -Rafe fala do outro lado da linha

-Eu sei que você ta na casa do Topper curtindo com os garotos, mas preciso de você

-To indo, não faz nenhuma besteira

Mais o menos 10 minutos depois a porta do meu quarto foi aberta e o Rafe entrou, eu estava sentada na cama, ele olhou pras minhas mãos na hora e veio até a cama se sentou na minha frente e me abraçando

-Vai ficar tudo bem Pequena -ele me abraça mais forte e eu começo a chorar

Eu já tinha surtado, mas ainda não tinha chorado e colocado realmente tudo pra fora, mas agora aqui, com o Rafe me abraçando eu sabia que poderia chorar o quanto quisesse que ele continuaria ali me consolando.

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A Aposta - JJ MaybankOnde as histórias ganham vida. Descobre agora