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-sua drogada do caralho -rue diz para mim e eu caio na gargalhada pois ela com certeza tá mil vezes mais drogada do que eu

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-sua drogada do caralho -rue diz para mim e eu caio na gargalhada pois ela com certeza tá mil vezes mais drogada do que eu.

me levanto,coloco meu tênis,pego meu fone de ouvido e vou saindo do quarto dela.

-ei aonde você vai? -ela me pergunta deitada no chão olhando para o teto.

-tenho que ir pra casa,já são nove horas e meu pai já já chega em casa -a digo parada na porta.

-esquece ele,ele é um merda -ela diz rindo,reviro olhos mesmo sabendo que é verdade.

-eu não sou muito diferente dele também -digo e saio do quarto e ela nem me responde pois já caiu no sono,lá fora já está bem escuro e me arrependo de não vindo de bike,assim eu iria embora pra casa mais rápido,não que eu more longe,moro apenas 7 quarteirões daqui,mas pra uma mulher,com droga na cabeça,andando sozinha na rua,isso é uma eternidade.

coloco meu fone no máximo e vou andando cantando bem baixinho.

por estar tudo bem escuro percebo quando a luz do farol de um carro entra na minha visão,continuo andando tranquila mas na real o meu cu não passava nem uma agulha.

abaixo o volume da música e ouço o barulho do carro,ele está bem perto de mim,o carro acelera e para do meu lado,antes de eu olhar para o lado e ver quem é,eu já estava pedindo perdão por todos meus pecados,mesmo sendo ateia.

-porra que merda fezco -digo ao ver o ruivo dentro do carro,ele da uma risadinha.

-tá assustada é -ele brinca e eu apenas reviro os olhos -entra aí eu te deixo na sua casa -ele diz e eu entro no carro até por que não sou boba.

-tá fazendo o que andando pela rua agora? -o pergunto achando estranho,por que agora geralmente ele estava trabalhando.

-to só vendo se tá tudo certo por aqui -ele diz relaxado com uma mão no volante e a outra pra fora da janela,não sei se é o efeito da droga mas ele tava um gatinho alí,não que ele não fosse,mas somos amigos faz tempo,e eu nunca o admirei dessa forma.

-ué virou guardinha agora é?cadê sua moto pra fazer ui ui ui ui ui por aí? -digo rindo e ele ri junto sussurrando um "idiota" bem baixinho.

ele tira uma verdinha do bolso acendendo e botando na boca,tento pegar da boca dele pra dar um trago mas ele da um leve tapa na minha mão.

-isso não é pra você maggie -ele diz e eu concordo revirando os olhos,mal sabe ele que eu uso essas coisas até o cu virar do avesso.

logo chegamos na minha casa,vejo a luz da cozinha acessa e suspiro já sabendo o que ia acontecer,dou um beijo na bochecha do fezco e agradeço ele por me trazer,tenho certeza que vi ele ficando levemente corado,mas com certeza são as drogas.

vejo o carro dele saindo da frente de casa e crio coragem pra entrar,passo pela sala indo em direção a cozinha,lá está meu pai com a pior cara possível segurando um pacote com pílulas,que merda,eu achava que ia ganhar apenas uns xingamentos mas ele achou minhas coisas.

-quer me explicar isso maggie? -ele joga em cima da mesa.

-por que você mexeu nas minhas coisas? -respondo ele com uma pergunta.

-eu estava procurando algum preservativo pela casa,e fui procurar no seu quarto,tanto faz só explica isso -ele diz e eu faço uma cara de nojo e tento pensar em uma desculpa rápida.

-é de uma amiga -tento a sorte.

-que amiga? -ele diz,eu poderia dizer que é da Rue,minha melhor amiga,mas aí ele falaria com a mãe dela e ela estaria ferrada.

-é....da Zendaya -invento qualquer nome e falo para ele,com certeza não deu certo por que o que eu recebo é uma tapa na cara que faz os meus olhos até saírem do lugar.

-sua imprestável eu acho melhor você não ficar usando isso se não querer ter o mesmo fim que o seu irmão -ele diz e eu fecho a cara na hora.

-você lava bem a sua boca antes de falar do meu irmão,tá bom?apesar de tudo ele é muito melhor que você seu merda -corro pro meu quarto,e ouço meu pai gritando várias coisas para mim.

apenas deito minha cabeça no travesseiro,acendendo um cigarro que estava no meu bolso e lá se vai mais uma noite mal dormida e chorando.

meu pai é o último que pode falar do meu irmão,ele pode ter cometido um erro,mas é como dizem né,tal pai tal filho.

decido tentar ligar para meu irmão,mas novamente ele desliga a ligação,eu não sei o por que ele está me ignorando,eu dou minha vida pela dele,mas essa fuga já está me irritando.

decido arrumar meu quarto de madrugada por que meu pai deixou tudo uma bagunça aqui,enquanto eu arrumava minha gaveta de fotos acho uma foto com o fezco,uma com a maddy,uma dando um beijo na Kat,uma com a Rue e a Jules,uma com a Cassie,e paro pra prestar atenção que nenhum deles sabe o quanto eu luto pra viver,apenas a Rue sabe do meus problemas com drogas e bebidas,mas ela só sabe disso,confesso que queria ter uma amiga ou amigo pra contar tudo que me machuca,queria ter alguém pra ir abraçar no fim do dia quando os pensamentos suicidas voltarem e eu querer desistir,mas eu não consigo mudar meu jeito.

quando vejo estou com meu lençol com marcas de sangue e meu pulso com cortes,resolvo tomar um banho pra relaxar o corpo,fumo mais um cigarro e acabo caindo no sono desejando não ter que acordar nunca mais.

Love Hurts //Fezco.Where stories live. Discover now