Capítulo 10: Karen a Sanguinária

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Olá!

Para quem não viu meu aviso, eu estava viajando, por isso não atualizei esses dias.

A partir de hoje tudo volta ao normal, mesmo cronograma de atualizações de antes.

Boa leitura :))

— O que pretende fazer? — Gabriel perguntou a Castiel, se colocando ao lado dele enquanto observavam Dean ditar ordens a tripulação para atracar o navio na enorme ilha.

O moreno olhou para o loiro, desviando os olhos da mata densa do local. Franziu o cenho, não entendendo a pergunta do irmão.

— Sobre o quê? — indagou, virando o corpo na direção do outro, encarando-o de frente.

— Supondo que tudo saia como o planejado, você encontra todos os pedaços do tridente e o usa para acabar com a guerra. E depois? — Gabe elaborou mais a pergunta, sabendo imediatamente a resposta quando Castiel pressionou os lábios em uma expressão de desagrado.

— Eu não sei. — confessou. — Só sei que preciso acabar com isso agora.

— Sabe que se controlar demais o oceano o Deus do Mar não vai gostar.

— Eu sei! Droga! Eu... — suspirou pesadamente, se recompondo do pequeno surto.  — Gabriel, eu não tenho ideia do que fazer além do que já estamos fazendo e... Mesmo assim... As vezes parece que tudo está sendo em vão. Parece que... Que é muita pretensão achar que vou conseguir achar o tridente mesmo com o mapa. Mas eu não tenho a menor ideia do que fazer se não for isso. Agora nosso povo está em guerra com os humanos e com as Marianas. Sei que é só uma questão de tempo até os Errantes resolverem atacar também. Eu... Eu não sei o que fazer.

Gabriel respirou fundo, se virando e desviando sua atenção para o mar.

— Seria tão mais fácil. Você sabe, se ele ajudasse. — comentou, fazendo Castiel se virar para o oceano também. Sabia de quem o irmão estava falando.

— Eu tentava fazer ele aparecer quando criança. — contou, por um momento se perdendo nas memórias. — Sempre ouvi dizer que não se pode falar sobre o Deus do Mar, principalmente no oceano, ou ele apareceria e me castigaria de um modo que eu jamais esqueceria. Mas você sabe, eu sempre fui teimoso. Eu ia para um lugar escondido e começava a xingar ele. Babaca, tapado, bobão... Xingamentos infantis. Eu imaginava que ele ia aparecer para brigar comigo. Meu plano era explicar para ele que só queria chamar sua atenção porque queria conhecer meu pai. — parou, respirando fundo, sentindo seus olhos arderem com as lágrimas que estava lutando para conter. — Mas aí... Aí eu descobri o que ele fez com a Medusa e eu pensei... Não. Ele não pode ter feito isso com a minha mãe. — moveu os pés sem sair do lugar, desconfortável. Tentou focar no que estava acontecendo ao redor para ter alguma clareza. —  Então eu fui perguntar para a mamãe. — engoliu em seco. — E ela chorou enquanto confirmava o que tinha se tornado meu maior medo.

— Cassie, eu si...

— Aí eu fui xingar ele de novo porque eu queria que ele aparecesse para eu... Eu não sei o que eu queria fazer, mas eu queria ele na minha frente. Filho da puta, cretino, desgraçado estuprador de merda... Os xingamentos evoluiram. Como você sabe, ele nunca apareceu. Ainda xingo ele as vezes. Acho que devo isso a mamãe.

— Mamãe não guarda ressentimentos de você, Cassie. Nenhum de nós guarda. — Gabriel argumentou, tocando o ombro do irmão.

— Eu sei que não, mas eu guardo. Lembra aquilo que ela dizia quando eu era criança? Que te tenho os olhos do meu pai? — balançou a cabeça. — Gabe, eu quis arrancar meus olhos quando soube a verdade.

O Príncipe Tritão E O Lorde Pirata// Destiel MpregOnde as histórias ganham vida. Descobre agora