Capítulo 26: Um momento de quase paz

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Castiel fechou os olhos com força, apertando as penas ao redor de Dean enquanto o pirata o estocava com força. Era madrugada e o casal estava se esforçando para não gemer alto, visto que os outros estavam dormindo. Bobby fez a gentileza de emprestar seu quarto aos dois, sob a condição de que iriam limpar tudo depois.

Era terceira vez que transavam naquela noite, tirando o atraso que a vida com uma filha causou a ambos.

Os dois gemeram um pouco mais alto, no mesmo momento cobrindo as bocas com as mãos. Não queriam o constrangimento de acordar os outro no meio da madrugada por causa de sexo escandaloso.

O rei jogou a cabeça para trás, mordendo a própria mão para se conter, envolvendo o pescoço do capitão com as penas, proporcionando a ele um ângulo melhor para as investidas.

Sob esse novo ângulo, Dean começou a estocar mais forte, bem mais forte, fazendo Castiel choramingar, sentindo um prazer absurdo, mas sendo incapaz de manifestar.

Agarrou o lençol da cama com a mão livre, apertando o tecido entre os dedos enquanto Dean apertava suas coxas, com força, tentando não perder o equilíbrio.

Castiel sentia tudo, cada centímetro do loiro dentro de si, o alargando mais e mais, acertando cada pequeno ponto dentro de si, invadindo seu corpo sem dó.

Mordeu a própria mão quando Dean acertou um ponto muito específico dentro de si, choramingando baixo, ouvindo a risada do pirata que parou por um momento, se ajeitou no colchão e começou a atingir o mesmo ponto em todas as vezes.

Castiel queria gritar, implorar para que Dean não parasse, gemer como uma puta barata, mas sabia que tinha que se conter.

Tiveram que se controlar ainda mais quando chegaram ao ápice, Dean teve que cobrir a boca de Castiel com a sua própria mas, quando enfim acabaram, estavam satisfeitos.

O loiro despencou ao lado do moreno, respirando com dificuldade, ainda sentindo o corpo molenga por conta do orgasmo. Sorriu, se sentindo realizado.

Cacete, faziam meses que não dedicavam um tempo um ao outro, finalmente poder fazer isso era bom demais.

Dean envolveu Castiel em seus braços quando ele se aninhou em seu peito, acariciando o cabelo do marido, cansado, mas não o suficiente para dormir. Não queria admitir, mas também estava ansioso, se perguntando como seria dali para frente visto que tudo parecia estar dando errado.

E pensar que alguns anos atrás ele era só um pirata.

— Você acha que mais algum navio de guerra vai vir atrás da gente? — perguntou, atraindo a atenção do moreno. Amava Castiel e lutaria ao lado dele sempre, mas se diversas nações se juntassem contra eles a situação ficaria complicada.

— Bom, é normal que os humanos tentem lutar antes de ceder. — o rei respondeu, tentando ser otimista. Não queria pensar que poderia estar piorando tudo quando só estava fazendo isso por seu povo.

— Sim, eu sei, mas eu só... Estou preocupado com a Claire. — Dean admitiu, descendo o carinho para os ombros do de olhos azuis. — Querendo ou não, ela está bem no meio do fogo cruzado, é muito fácil ela virar um alvo.

Castiel suspirou, sabendo que Dean tem razão, se sentindo uma merda de pai por envolver a filha em coisas assim, mas não tinha nenhuma escolha.

— Eu queria poder dar um lar fixo para ela. — disse, desenhando círculos no peito do loiro com o polegar. — Uma casa, na terra ou no Triângulo, tanto faz. Eu amo velejar com você, adoro de verdade, e apresar do Family's Business ser o nosso lar, Claire não tem de fato uma casa.

Dean sorriu, entendendo bem o que Castiel queria dizer, porque se sentia da mesma forma.

— Sabe, eu estive pensando em me aposentar, como o Sammy. Deixar a vida de pirata para lá e sossegar em um lugar só.

— O quê? Por quê?

— Pelo mesmo motivo que você, amor. Quero que a Claire tenha uma casa.

— Olha, — o moreno disse, se erguendo no colchão. — Não precisa fazer isso. Eu sei o quanto você ama velejar, sei o quanto isso faz parte de você. Eu me preocupo com ela mas, apesar de tudo, Claire é uma criança feliz. Sabe que fazemos o possível para que ela seja. E eu nunca te pediria para parar de fazer o que ama, eu acho que se a Claire fosse um pouco mais grandinha ela também não pediria.

Dean sorriu, pouco convencido, mas queria que o assunto encerrasse. Puxou Castiel para perto e o beijou, respirando fundo em alívio quando o moreno se deitou em seu peito de novo.

Não conseguia tirar da cabeça a ideia de aposentar Family's Business para sempre.

No dia seguinte, Castiel e Dean foram sorridentes até Bobby. Claire estava no colo do avô e parecia feliz, mas abriu um sorriso enorme ao ver os pais.

— Muito obrigado, Bobby. — Dean agradeceu ao pai, vendo Castiel pegar a filha no colo.

— Relaxa, garoto. Espero que tenham aproveitado a noite e, acima de tudo, arrumado tudo quando acabaram.

— É... Sim. A gente arrumou tudo. — Castiel garantiu, um tanto quanto acanhado porque Bobby sabia exatamente o que fizeram. — Claire se comportou?

— Como um anjinho, é uma menina muito educada. Certeza de que é sua filha? — o mais velho brincou, arrancando uma risada fraca de Castiel.

— Obrigado por ficar com ela.

— Ah, não se preocupem, eu sei como filhos são. Fiquei sem dormir com a Karen por meses quando adotamos Sam e Dean, isso é normal.

Castiel sorriu minimamente. Sabia muito pouco sobre a vida de Karen com Bobby, então aproveitava quando conseguia descobrir qualquer coisa. Sabia que provavelmente não conseguiria um bom resultado se simplesmente perguntasse ao mais velho, então deixava que ela falasse quando queria.

— Bom, vamos tomar café que eu estou faminto. — Dean disse e ele e Castiel se dirigiram até a mesa ao ar livre, onde o restante da tripulação já estava comendo a comida que Benny estava fazendo no fogão a lenha ali perto.

— Esse fogão é novo? — Castiel perguntou porque não se lembrava dele da última vez que esteve ali, anos atrás.

— É sim. Eu construí no ano passado. — Bobby respondeu, sem dar muita atenção.

O rei concordou e balançou Claire em seu colo, pegando um pão no grande cesto que tinha em cima da mesa e tirando um pedaço para a filha.

A menina sorriu e pegou, começando a mordiscar a comida lentamente, tirando pequenos pedaços com os poucos dentinhos que tinha.

Antes mesmo de perceber, Castiel estava envolvido em um assunto qualquer. Era curioso para ele como vivia com aquelas pessoas, falava diariamente com eles, mas não se sentia exatamente próximo deles.

A única com quem falava realmente sobre qualquer porcaria era Lisa, que inclusive cuidava de Claire vez ou outra. Castiel era muito grato a ela por isso.

O pequeno momento de paz foi interrompido quando um grupo de pessoas surgiu correndo pela floresta, usando nada mais que tecidos amarrados na cintura e coroas nas cabeças. Castiel imediatamente os reconheceu como moradores do Triângulo.

— Majestade. — um deles disse, se ajoelhando com os outros diante do supremo rei. — O Triângulo das Bermudas está nesse momento sofrendo um ataque rebelde.

O Príncipe Tritão E O Lorde Pirata// Destiel MpregOnde as histórias ganham vida. Descobre agora