9 - Friends In Low Places

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POV Maya
Novembro de 2015.

Acordei com a voz da Vic gritando meu nome da cozinha.

Levantei com um pouco de dor, dormir sentada realmente não me fez bem. Fui pulando num pé só até o cômodo por preguiça de pegar as muletas e logo me sentei, vendo que os quatro estavam já almoçando.

– Que horas são? – Deitei a cabeça no balcão que dividia a sala de jantar e a cozinha, ainda com sono.

– Uma e meia da tarde. O que tanto você fez acordada até  seis da manhã?

– Eu achei uma caixa com coisas minhas e da Carina e me distraí. Depois achei um pedaço do meu diário que falava que ela tinha me dado um envelope mas eu não podia abrir até ela voltar para a Itália. Tentei achar mas não encontrei.

– Quando foi isso? Não tô lembrado. – Travis perguntou.

– Talvez porque ela não deixou eu falar disso para ninguém – resmunguei e tirei o celular do bolso do casaco, lembrando das mensagens que mandei para o Andrea na madrugada anterior.

Depois de alguns minutos eu me levantei, novamente indo pulando até o banheiro. Tomei um banho rápido e coloquei outra roupa. A calça moletom e a camiseta larga já tinham virado quase minha segunda pele.

Estava começando a fazer mais frio em Seattle, afinal, já era novembro. Por mais que a casa da Andy fosse quentinha, desde que eu pude voltar a andar um pouco eu comecei a gostar de passar tempo na varanda.

Sentada na beira da cama, respondi as mensagens do italiano.

Voltei pra cozinha e me juntei aos meus amigos, que contavam sobre um caso caótico que tiveram de madrugada

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Voltei pra cozinha e me juntei aos meus amigos, que contavam sobre um caso caótico que tiveram de madrugada.

Combinamos de todos irmos ao Bar do Joe naquela noite, descansar um pouco a cabeça.
Aparentemente nenhum deles, além de mim e do Emmett, sabiam sobre o DeLuca estar fazendo residência no Grey-Sloan. Em um momento rápido em que eu e ele ficamos sozinhos na cozinha, combinamos de não falar nada ainda. Era melhor descobrir se a Carina estava na cidade também antes de falar algo. Eles se empolgaram com as caixas de fotos e passamos a tarde inteira vendo e revendo tudo aquilo. Andy encontrou mais algumas coisas da nossa infância e a hora foi passando. Às vezes, eu olhava o celular mas não tinha nenhuma nova mensagem do Andrea.

Quando deu 20h, Emmett deu carona para o Travis e para a Vic enquanto eu e a Andy nos arrumamos em casa. Todos estaríamos no bar às nove, como combinado.

Enquanto eu estava tentando dar um jeito no meu cabelo, a Andy bateu na porta aberta do banheiro.

– Posso entrar?

– A casa é sua, tô aqui de intrusa, Andy – falei rindo, a olhando pelo espelho.

- Tem um tempinho? - ela ignorou o que eu disse, o que eu estranhei.

– Claro, pode falar. – Me virei em sua direção, largando a escova na bancada da pia.

– Eu deveria ter te falado sobre isso antes, mas você morando em Madrid não facilita muito. E também, eu acabei esquecendo totalmente disso durante esses dois meses, me desculpa mesmo. – Me entregou uma sacola de papel pardo, que tinha algumas coisas dentro. – Seu pai deixou com o meu há algum tempo. Acho que ele encontrou na casa dele, não sei bem.

Comecei a olhar o que tinha ali e abri um sorrisinho ao tirar um envelope dali, com a data de 5 de julho de 2007. Era um dia depois da Carina e do Andrea terem voltado para a Itália.

– Tá tudo bem, não se preocupa. Sei que não fez por mal. – Eu sorri para ela. Sem saber muito bem se deveria acreditar em mim, ela apenas deixou um beijo na minha testa antes de sair.

– Se arruma rápido, ou a gente vai se atrasar! – falou já do corredor. Eu apenas ri.

Depois de todo esse tempo - MARINAOnde histórias criam vida. Descubra agora