∿ 𝟏𝟓º 𝑪𝒂𝒑𝒊́𝒕𝒖𝒍𝒐 - 𝟒

387 28 1
                                    

Peguei uma long neck, me depedi de todos, dei as mãos pra Nat e saímos de casa. Seguimos até o baile parando as vezes pra cumprimentar o pessoal e então, entramos na quadra que já estava lotada. Demos uma volta, cumprimentamos alguns amigos e então, paramos perto de uns amigos com o Edu. Ficamos bebendo, dançando, zoando. Alguns chegavam passando a mão mas dava uma encarada assassina e um tapa que fazia meter o pé logo kkkk peguei o celular e já ia dar quatro, nem vi a hora passar senhor kkkk tinham três chamadas perdidas do Renan e algumas mensagens rebeldes dele no wpp. Me despedi de todos e saí da quadra, quando estava com o som abafado, retornei pra ele que me atendeu na hora; assim que eu gosto u.u kkkkk

Renan: TÁ AONDE, CARALHO? - Ele perguntou, gritando - NÃO ATENDE A PORRA DO TELEFONE POR QUE? TÁ AONDE?
Joyce: Não grita não.
Renan: NÃO GRITA NÃO O CARALHO, PORRA! TÁ ME TIRANDO DE OTÁRIO?
Joyce: Te tirando de otário? Só acho que quem saiu como otário hoje fui eu, né?
Renan: Aonde tu tá? - Perguntou controlado -
Joyce: To indo pra casa, Renan.
Renan: Tava aonde?
Joyce: No baile.
Renan: Que ótimo. Ta certinha. - Ele ironizou e eu revirei os olhos -
Joyce: To mesmo.
Renan: Me espera na praça. - Ordenou e eu estalei os lábios - Qual foi?
Joyce: Quem quer falar comigo?
Renan: Joy... - Eu o interrompi -
Joyce: Você! Então, você vai aonde eu estiver. - Frisei o 'você' - Euen
Renan: Namoral, namoral mesmo, não me tira do sério, Joyce.
Joyce: Se não o que? - Desafiei -
Renan: Se não não vai prestar.
Joyce: Tchau, Renan. - Desliguei - Idiota!

Assim que virei a esquina da minha rua dei de cara com o Renan encostado num carro, me fazendo tomar um susto. Ele ficou me encarando e eu sustentava seu olhar. Ninguém falava nada, nem se mexia. Resolvi mexer no cabelo, estalar os lábios e voltar a ir pra casa mas, ele agarrou meu braço com força me puxando num solavanco e me jogou contra o carro. Encarei ele com os olhos arregalados e tentei me soltar de sua mão; Ele me encarava bufando.

Joyce: Vai me bater? - Perguntei, com deboche. Ele me encarava com intensidade e raiva - Me larga, Renan. - Tentei me soltar novamente - ME LARGA, PORRA! - Gritei e comecei a puxar meu braço mas, não fazia diferença, ele era super mais forte - RENAN! - Ele agarrou meu rosto com uma mão, com força e me fez formar um bico com os lábios - Para. - Pedi, baixo. Espalmei a mão livre em seu peito -
Renan: Tu acha que vai chegar em algum lugar assim? - Ele estava com a cara próxima a minha - Hein? - Neguei com a cabeça - Tu acha legal sair sozinha pra baile? Tu é solteira? - Neguei com a cabeça - ENTÃO POR QUE TU FOI E AINDA POR CIMA NÃO ME AVISOU? - Ele gritou com a cara bem perto da minha e apertou mais o meu rosto. Meus olhos lacrimejaram - PORRA! - Eu fechei os olhos com força. Ele soltou meu rosto virando o mesmo e eu coloquei as mãos no rosto de cabeça baixa -
Joyce: Você não apareceu, Renan. - Ele estalou os lábios - Você não me mandou nem mensagem dizendo que ia demorar. - Eu encarei ele, fungando -
Renan: E aí, como vingança você vai pra porra do baile? - Ele perguntou, duro -
Joyce: Eu não fiz de vingança. - Neguei com a cabeça e passei a mão no nariz - Só qu... Eu ta.... Tinha tempo que eu não ia. - Levantei e abaixei os ombros de cabeça baixa -
Renan: Não interessa, Joyce. - Ele segurou meu rosto levantando e me fazendo encará-lo. Eu engoli seco - Você não é solteira, tem que me dar satisfação. - Eu tirei a mão dele do meu rosto -
Joyce: Assim com... - Ele me interrompeu -
Renan: Eu te dei satisfação, Joyce. Disse aonde estaria e com quem estaria.
Joyce: Mas você falou que não demoraria e depois não deu nenhum sinal de vida.
Renan: E você? Você não fez porra nenhuma. Ai eu chego na tua casa, tua mãe não sabe de você. Teu filho dormindo com tua tia, tu não atende telefone e nem responde minhas mensagens. Quer que eu pense o que? Quer que eu fique como? Como tu quer que eu aja? Pensa no meu lado, porra.
Joyce: Não tem motivos pra não confiar em mim.
Renan: Ah não? - Ele riu debochado - Tenho super que confiar em você depois de ter escondido de mim que foi visitar teu ex na cadeia? - Eu abaixei a cabeça e ele me fez ergue-la com brutalidade. Afastei a mão dele de mim - Eu não preciso desconfiar? - Eu passei a mão no rosto - Não Joyce? - Ele berrou e eu o encarei -
Joyce: Eu vou pra casa. - Prendi o cabelo num coque -
Renan: Não vai, ainda não acabamos. Quero que m... - Eu o interrompi -
Joyce: Eu não te passo confiança? Não te dei motivos nenhum pra desconfiar de mim. - Ele debochou - Além da visita, Renan. - Revirei os olhos - Se eu não te passei confiança em todo esse tempo, temos um problema aqui.
Renan: Temos.
Joyce: Quer resolver como? - Ele arqueou uma sobrancelha -
Renan: Eu escolho?
Joyce: Não é você que tem motivos? Então, qual a solução que acha melhor? - Passei a mão no rosto, secando o mesmo - Vamos, eu vou entender.
Renan: Cala a boca.
Joyce: O que foi? Tu não quer sho... - Ele me interrompeu -
Renan: Cala a porra da boca, merda. - Ele tampou minha boca mas, acabou me machucando e cortando meu lábio -
Joyce: Idiota. - Afastei a mão dele e levei meus dedos até o corte, notando o sangue -
Renan: Deixa eu ver. - Ele tentou tocar mas, eu o afastei -
Joyce: Me deixa. Eu vou pra casa.
Renan: Vamos pra minha. - Eu encarei ele - Desculpa. - Eu estava com o dedo pressionado no corte - Eu to bêbado, desculpa. - Ele tocou meu rosto mais suave, me deu um beijo na testa e ficou me encarando - Vamos lá pra casa? Vamos esquecer tudo isso. - Eu sustentava seu olhar - Vamos? - Eu engoli seco e assenti. Ele me deu um beijo na testa e me abraçou - Vamos lá pra casa nos amar. - Ele sorriu e beijou meu pescoço -
Joyce: E o Noah?
Renan: Manda mensagem pra tua tia e pede pra ela te ligar quando ele acordar. - Pensei um pouco e assenti. Ele me deu um selinho rápido, me deu a mão e seguimos pra casa dele -

𝑮𝒓𝒂́𝒗𝒊𝒅𝒂 𝒂𝒐𝒔 𝟏𝟔Where stories live. Discover now