𝗽𝗿𝗼𝗹𝗼𝗴𝘂𝗲

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❝ PRÓLOGO ❞

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PRÓLOGO

ANTES DOS MORTOS SE LEVANTAREM, O MUNDO DE MEADOW HART já estava estagnado. Antes da Terra começar a morrer lentamente, Meadow já havia se deparado pessoalmente com a morte. Antes dos humanos perderem seu espaço para os caminhantes, Meadow já não tinha um lar para voltar.

Ela passou todo seu tempo esperando. Esperando que a vida fosse mais que o que foi dado à ela. Mais que as paredes de falsa felicidade e de sentimentos vazios que a prendiam. Mais que os sorrisos forçados e discursos ensaiados.

Meadow passou toda sua vida fugindo. Fugindo dos moldes que seus pais desejavam tanto que ela se encaixasse. Fugindo do futuro que eles haviam desenhado para ela. Apenas para perceber que não havia escapatória de seu destino traçado.

Então, a vida deu lugar à morte. As paredes que a prendiam foram substituídas pelos altos muros de Alexandria. Ela não esperava mais. Não havia mais o que esperar. Ela não fugia mais. Ela não fugia da morte. Meadow parecia sempre estar correndo em direção à ela. Sempre a desafiando, sempre a derrotando.

Lute, proteja, sobreviva. Meadow repetia essas palavras em seus pensamentos. De novo e de novo. Dia após dia. Era sua função, era o que ela sabia fazer. Era o que ela teve que fazer durante toda sua vida.

Seu cabelo curto estava molhado. O suor escorria pela sua face. Sua respiração ofegante anunciava que seu pulmão implorava por ar. Sua mão ─ que estava coberta por um curativo amarrado em seu punho ─ ia de encontro com o alvo à sua frente ─ um saco de boxe praticamente destruído. Ela o socava repetidamente, alternando seus socos com chutes precisos, ignorando a dor latente que irradiava de seus machucados.

─ O Dr. Pete disse que você não podia fazer esforço com a sua mão por duas semanas. Ele disse isso há dois dias. ─ Uma voz suave já conhecida soou atrás de si. ─ Os pontos podem abrir.

Meadow sorriu de lado, encostando sua testa no seu ─ antes ─ alvo, soltando um suspiro. Ao se virar para encará-lo, o homem a alcançou uma toalha. Enquanto limpava seu rosto, ele segurou sua mão, se deparando com o sangue que manchava seu curativo.

─ E os pontos abriram. ─ Ele declarou, uma feição séria em sua face.

Meadow puxou sua mão, colocando a outra sobre a bochecha do homem. ─ 'Tá tudo bem, eu posso cuidar disso. ─ Ela afirmou. ─ Não precisa se preocupar tanto comigo, Spencer.

─ Eu gosto de me preocupar com você. ─ Ele respondeu, se aproximando para beijá-la.

─ Eu 'tô toda suada, Spence. ─ Meadow falou e ele colocou sua mão nas costas dela, a puxando para mais perto.

─ Como se eu me importasse com isso. ─ Spencer disse, encostando seus lábios nos dela. Eles se separaram lentamente, um sorriso largo no rosto de ambos, seus olhos fixos um no outro.

𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆, 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now