𝐢𝐱. 𝘤𝘰𝘭𝘰𝘳𝘴

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CAPÍTULO NOVE❛ CORES ❜

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CAPÍTULO NOVE
CORES











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DESDE QUE ERA UMA CRIANÇA, MEADOW IMAGINAVA COMO SERIA VIVER em um mundo que não fosse preto e branco. Viver uma realidade em que ela não fosse apenas uma telespectadora de sua própria história, em que ela não precisasse sentir como se estivesse rastejando em baixo de sua própria pele.

Sua vida nunca passou de uma peça de teatro regida por um roteiro repleto de instruções. Então, tudo que ela podia fazer era sonhar. Sonhar sobre como o mundo real era, longe da bolha que seus pais a prendiam. Sonhar com pessoas reais, longe da encenação que a cercava. Sonhar com as cores que ela desconhecia, com as emoções que ela não acreditavam que podiam existir.

Meadow encontrou o amarelo em Aria. O amarelo do armário em que sua irmã a trancava quando os gritos começavam. O amarelo que sua voz emanava quando ela cantava, pedindo para Meadow prestar atenção apenas em sua voz. Aria era amarelo, como um raio de Sol.

Era amarelo o mundo que Aria havia criado para ela dentro daquele armário. Um mundo em que ela não precisava lutar contra o monstro do quarto ao lado. Um mundo em que seus machucados eram suas cicatrizes de batalha.

─ Eu sei que foi uma ideia idiota. ─ Spencer quebrou o silêncio entre eles, a tirando de seus pensamentos. Ele estava sentado na maca da enfermaria, arranhões e ferimentos leves por todo o seu corpo. ─ Eu só queria ajudar. ─ Ele admitiu, abaixando a cabeça, a tristeza em sua voz.

Quando Tara entrou bruscamente na enfermaria, avisando que o Monroe mais novo estava ferido, foi como se o tempo tivesse parado por alguns instantes, como se todas as lembranças que eles compartilhavam a invadissem de uma vez só.

Desde muito jovem, Meadow foi ensinada sobre a principal norma que ela deveria seguir. Ela não poderia permitir que alguém se aproximasse demais, que alguém chegasse tão perto a ponto de enxergar os segredos que sua família se esforçava tanto para esconder.

𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆, 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now