𝐯𝐢. 𝘳𝘢𝘣𝘣𝘪𝘵𝘴

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CAPÍTULO SEIS❛ COELHOS ❜

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CAPÍTULO SEIS
COELHOS







A VIDA DE MEADOW SEMPRE PARECEU SEGUIR UM ROTEIRO

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A VIDA DE MEADOW SEMPRE PARECEU SEGUIR UM ROTEIRO. Como se suas palavras já houvessem sido escritas, como se suas ações já houvessem sido definidas. Um roteiro que ela seguiu perfeitamente, sem improvisação. Era como se sua vida tivesse sido dividida em atos e, agora, o trabalho como médica em Alexandria parecia ser mais um ato de seu teatro.

Meadow gostava do que fazia, gostava de ajudar. Mas toda vez que alguém perguntava se ela estava bem, toda vez que alguma pessoa questionava se ela preferia mesmo ficar do lado de dentro, a resposta sempre era a mesma. A mesma resposta do roteiro que ela nunca havia deixado de seguir. A resposta que precisavam que ela tivesse.

Os últimos dias pareciam uma repetição de falas e uma batalha para manter um sorriso. Meadow sabia que precisava ser forte. Precisava ser forte pelos Monroe e por Alexandria. Mas, toda vez que ela ousava fechar seus olhos, ela era assombrada pela visão dos olhos sem vida de Reg e pela voz de Aiden pedindo por ajuda.

Ela não conseguia sentir tristeza, ela não conseguia passar pelo luto. Tudo que Meadow sentia era raiva. Um ódio que tentava consumi-la há muito tempo, antes mesmo dos vivos perderem seu mundo para os mortos. Uma raiva que implorava para que ela culpasse alguém, para que ela se vingasse de alguma forma.

Quando Meadow atingiu o lado de fora dos muros, ela soltou sua respiração, como se tivesse passado dias segurando o ar em seus pulmões. A Hart sabia que ela não deveria estar naquela floresta, não com uma muleta a ajudando a se movimentar e com apenas uma mão livre para se defender. Mas Meadow precisava. Ela precisava ficar ali só por alguns minutos. Ela precisava da calma que o caos trazia.

Seus olhos castanhos analisavam atentamente toda a natureza ao seu redor a cada passo que a levava para o interior da mata. Seus ouvidos cuidavam de cada ruído, procurando qualquer sinal de que um morto poderia estar se aproximando.

𝐒𝐏𝐑𝐈𝐍𝐆, 𝐝𝐚𝐫𝐲𝐥 𝐝𝐢𝐱𝐨𝐧Where stories live. Discover now