84- I'm Ready!

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Any: ( Acredito que geometria não seja uma das matérias favoritas da maioria dos estudantes, no meu caso... sempre odiei! Qual o sentido de ficar calculando um ângulo de uma forma? Saber identificar um cateto oposto, cateto adjacente a porra da hipotenusa era significante para que? Em que momento da minha vida eu irei usar isso? De qualquer forma isso não iria importar caso eu não fosse bem nesta matéria, ou seja, ou você aprende ou você aprende... Não há outra opção, a não ser que você queira viver num looping e repetir de ano até que decidam que você é muito velho para cursar o ensino médio... Por mais que eu odiasse está matéria, com muito esforço eu conseguia entender e realizar os exercícios, precisava de mais tempo do que o normal, mas alguma coisa saia, se o exercício vai estar correto é outra história, o importante é o esforço não é?... Por sorte eu cheguei justo no último sinal e consegui entrar direto na sala, as meninas devem estar se perguntando o que houve afinal eu estava parecendo alguém que tinha acabado de acordar de uma ressaca brava, de fato, eu estava drogada de sono, sinto que a qualquer momento meu corpo se desligaria e não importa onde, eu simplesmente dormiria... No mesmo esquema de, terminou a prova pode sair, um por um de meus colegas começaram a se liberar, e eu pela primeira vez na vida, estava sozinha na sala de aula... Após uns cinco minutos apenas com a presença da professora, finalizei a última questão, nem me dei ao trabalho de verificar, joguei nas mãos de Deus e seja o que ele quiser... Os corredores da escola estavam vazios, todos os alunos se apressavam pra terminarem suas grades e ir embora desse inferninho logo, eu tinha mais duas provas pra realizar, porém eram no terceiro e quarto período, ou seja, eu iria vagar pelos corredores desta escola agora, o que me fez ter a brilhante ideia de ir até a biblioteca onde o silêncio e a paz eram absolutos, eu definitivamente iria tirar um cochilo no meio de tanta gente empenhada e inteligente, talvez a energia nerd daquele lugar pudesse absorver um pouco no meu corpo... Caminhei até o segundo andar onde a imensa biblioteca se encontrava, não estava tão cheia assim, devia haver apenas uns 15 alunos ali, e todos eles estavam ocupados de mais lendo seus livros para perceber que alguém havia invadido o habitat natural deles... Cumprimentei a bibliotecária e logo me sentei na última mesa, bem no canto da biblioteca, cruzei meus braços sobre a mesa e descansei minha cabeça sobre eles, mas ao contrário dos meus planos de tirar um cochilo, meu cérebro pareceu me sabotar ao me lembrar do meu pequeno susto de mais cedo... Aquele sonho... aquela menina...O mesmo segmento dos sonhos, de certa forma sempre me afastando da menina, o grito histérico me chamando... Deus, "me" chamando... É claro que eu queria ser mãe um dia, mas eu nunca tinha parado pra pensar no quão louco isso é, gerar uma criança... Se num sonho a palavra mãe me trazia tantos sentimentos, já parou para pensar num ser totalmente dependente de você te chamando assim na vida real? Eu definitivamente ia
fazer  em resguardo a partir de hoje! Qualquer risco de uma gravidez seria anulado, sem sexo, sem filhos!)

Josh: Terra chamando Any!

Any: ( Despertei de meus pensamentos quando vi a figura loira parada na cadeira em minha frente) À quanto tempo está ai?

Josh: O suficiente pra saber que você estava em outra dimensão... Posso? ( indicou a cadeira em minha frente e eu assenti, ele logo se sentou deixando sua pasta em cima da mesa) No que pensava?

Any: Aconteceu de novo Josh...

Josh: O que aconteceu de novo?

Any: Aquele sonho...

Josh: Olha por mais que eu preste atenção em tudo que me conta, precisa ser mais clara para que eu me lembre de que sonho está falando...

Any: ( O olhei nos olhos, ele estava com olheiras fundas e escuras, assim como eu imaginava estar, respirei fundo e olhei para os lados antes de sussurrar) Alyssa... a nossa suposta filha... ( Josh adquiriu uma aparência branca, seus olhos parecem ter acordado, ele me olhava quase espantado mas curioso de mais para transparecer qualquer outra emoção...) foi estranho na verdade... Mas eu acordei bem assustada de novo, desta vez não era ela que ia para longe de mim, eu quem corria para longe...

The Price for Loving Where stories live. Discover now