12 - Dumbledore

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~Maddie~

Em frente a sala do diretor sinto uma gota de suor escorrer pelo meu rosto, minhas mãos estão geladas e suando frio também. A senha é "geleia de amora", mas não consigo dizer travada de medo e ansiedade. Sinto alguém se aproximar mas nem olho pra ver quem seja, só sinto uma mão na minha e sinto um cheiro familiar.

— Não é nada de mais. Eu já mostrei a maior parte para ele. Ele só vai te perguntar algumas coisas e pronto.

Tom diz, sua voz me tira do transe e olho em seus olhos verdes. Quando seus olhos estão calmos assim, sinceros e profundos quase vejo suas angústias guardadas no fundo do seu coração, seus segredos no fundo de sua alma. Mas ele sempre trás a máscara fria e me impede de continuar vendo essa sua parte. Mas dessa vez ele continua com olhar aberto, como garotinho assustado que mais me faz querer ficar perto dele.

— Estou com você. Não importa o que acontecer eu sempre vou cuidar de você. Mesmo que tenha que me odiar por isso. Você e outros.

     Sua voz é suave e cheia de emoção, nunca vi seus olhos mais transparentes. Me perco ali em um abismo, como se só existisse nos dois. Sinto como se já o conhecesse, isso é estranho mas sua presença me trás uma paz, tranquilidade... me sinto segura apenas por velo por perto. Mas é impossível, nunca o vi antes. E mesmo que todos o odeiam e sintam medo dele, não me sinto assim. Nunca me senti nem um pouco amedrontada. Devo estar louca. Meu coração quase salta do peito e sinto borboletas no estômago. Poderia morrer aqui mesmo, dessa forma e morreria feliz. Sem ver ou sentir nada.

      — Sr Riddle. Sra Cameron. - Cumprimenta-nos Dumbledore. - Esperava pelos senhores. Entrem, entrem.

      Desvio o olhar para o chão sentindo meu rosto corar. Entramos pela porta que Dumbledore segura para gente, não preciso olhar para saber que Tom está bem atrás de mim. Sinto sua presença, o calor de seu corpo parece incendiar meu coração.

     — Sinto muito por ter de fazer isso Srta Cameron, mas receio que por mais desconfortável que seja, é de extrema importância para que possamos resolver o problema. - O diretor começa com um sorriso triste no rosto. Meu corpo começa a suar frio.

      — Bom. - diz continuando, Tom pega minha mão por baixo da mesa e a segura firme para me assegurar de que tudo vai ficar bem. - Tenho que começar elogiando o Sr Riddle por ter vindo me contar o que aconteceu. - diz abrindo um sorriso enorme e sincero para Tom. Olho ele pela primeira vez e o vejo olhando a parede mantendo a mesma expressão neutra de sempre, mas por um segundo vejo choque em seus olhos antes dele conseguir esconder.

       — Fico feliz de verdade Tom. Sempre soube que no final acharia um jeito de encontrar-se consigo mesmo. E estou feliz de ver que  a relação de vocês dois ajudaram nisso. - fico de boca a berta e Tom também.

     — Não temos nenhuma relação. - dizemos. Juntos. O diretor sorri afetuosa mente pra gente e posso jurar que pisca apenas para mim ver.

      Tom bufa zangado e cruza os braços fechando a cara. Prendo o riso na garganta. O diretor mantém o mesmo sorriso afetuoso como se não percebesse a mudança de humor de Tom. Dumbledore tem essa calma e compaixão inabalável, mesmo em situações sérias ele consegue manter uma postura bondosa e justa. Sempre admirei isso desde que o vi pela primeira vez. Ele parece saber de tudo o que acontece, e as vezes me assusta, como se lesse pensamento.

      — Me desculpem se supus asneiras senhores. - diz sincero - Srta Cameron. O Sr Riddle me mostrou o que presenciou, quando chegou ao quarto, sobre o Sr Anderson. Não preciso que diga nada que não queira compartilhar conosco, e fico aliviado por o Sr Riddle ter prestado atenção aos fatos antes que acontecesse o pior. - ele está sério e triste quando termina a frase. Mas continua - Mas mesmo assim, gostaria de saber se o senhor Anderson estava a incomodando antes disso.

"Queridos Riddle" - Tom e Matthew Riddle.Onde histórias criam vida. Descubra agora