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Um casal, ambos viciados em drogas. Sem dinheiro e cheios de dívidas, o casal pega dinheiro emprestado com a família Alvarsson.
Uma família de vampiros cruéis que não...
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Eu não posso acreditar que Ayana já foi prisioneira do Kristofer. Como ele pode fazer isso com pessoas inocentes? Destruir a vida delas como se não fossemos nada!
E ainda por cima as forçava a fazer sexo! Só de pensar nisso me dá pânico. Fuji a tempo.
-Por quanto tempo ele te prendeu lá? -pergunto para ela.
-Um mês. Um mês de um verdadeiro inferno! -as lágrimas descem como cascatas. -Eu não quero voltar pra lá!
-Ele não vai nos achar, fique tranquila. -a tranquilizo. -Sei que isso é uma pergunta boba, mas oque te levou a fugir?
-Ele ia me prender na fábrica dele. Você já viu? Várias pessoas penduradas como porcos enquanto eles tiram seus sangues para vender como vinho?
Ayana está histérica. Ela chora um choro de medo e dor. Sinto muita pela dela, ela deve ter passado por coisas horríveis.
-Sim, eu vi. -digo me lembrando daquele dia. -Ele é um monstro!
Sinto ódio dele só de pensar. Ele e a família dele são uns monstros.
-A irmã dele me ajudou a fugir. -digo deixando ela surpresa.
-Blenda? -digo que sim com a cabeça. -Você não pode confiar naquela demonia! Ela deve está tramando algo.
Ayana começa a andar de um lado para o outro. Ela olha pelas janelas e começa a roer as unhas.
-Ele virá atrás de você. -diz pensativa. -Blenda está tramando algo.
-Não. Ayana calma.
-NÃO! -gritou. Me assustei pela sua mudança de humor. -Saia daqui! Ele vai sentir seu cheiro, Kristofer sabe tudo.
-Mas Ayana, lá fora está tendo uma tempestade. Não irei sobreviver! Por favor me deixe ficar apenas essa noite? -suplico.
-Ele odeia neve. -diz coçando a cabeça.
Ela está desnorteada e confusa falando coisas ináudiveis.
-Ficará somente essa noite. -me encara seria. -Quando o dia amanhecer saia!
Engulo o seco e concordo com a cabeça. Ela pega alguns lençóis e se ajeita no chão dizendo que eu poderia ficar com a cama.
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06:00 da manhã.
Desperto sentindo um cheiro gostoso de café que me faz recordar a minha vó. Abro os olhos lentamente vendo Ayana sentada tomando café.
-Precisamos conversar. -falou sem me olhar.
-Eu sei que devo ir e... -ela me interrompe.
-Toma um pouco de café.
Solto um suspiro e levanto sentando na cadeira a sua frente. Ayana põe o café em uma xícara rachada e me serve.
-Passei a noite pensando na nossa conversa de ontem. -começou. -Me perdoe? Eu fui muito idiota, eu só...só estava com medo.
-Não precisa se preocupar. Eu te entendo, na sua situação eu iria ficar assustada. Você conseguiu fugir dele, você tem razão em não me querer na sua cabana. -abaixo o olhar. -Eu preciso ir.
-Não, fique. -segurou minha mão. -Vamos para longe! Ele jamais nos encontrará. -Ayana ri de lado. -Vamos agir juntas nessa, oque acha?
-Muito bom, mas como vamos fazer isso?
-Estou aqui a quatro anos, conheço bem essa floresta, mas podemos ir para longe ou talvez para outro país!
Ayana diz com esperança.
-Mas não só há vampiros na Suécia, creio eu, como vamos sair por aí com tantos vampiros?
-Depois saberá como tudo começou.
Ela fala me deixando curiosa, porém não falei mas nada.
Começamos a arrumar nossas coisas e saímos da cabana. A tempestade passou e a neve abaixou. O sol apareceu mas está fraco, ainda faz frio.
Durante o nosso trajeto volto a pensar no que Blenda me propôs para me ajudar a fugir.
-Oque é Blenda?
-Quero um beijo seu.
Arregalo os olhos surpresa e horrorizada. Pisco perplexa enquanto ela só me olha com um sorriso malicioso.
-Vo...Você é maluca? Eu não posso fazer isso! Por que me propõe isso? -Estou muito surpresa.
Ela desvia o olhar e depois me olha novamente.
-Porque você é linda, sinto desejo por você.
Blenda se aproxima, mas recuo ate bater minhas costas na parede. Nossos corpos estão colados. É estranho ter uma mulher tão próxima assim de mim.
-É isso ou não fugir, oque você escolhe?
Eu preciso me livrar do Kristofer ou morrerei. É só um beijo, posso imaginar outra pessoa.
-Eu escolho fugir. -Digo decidida.
Fecho os olhos e então sinto seus lábios tocar os meus e o beijo se aprofunda.
Eu não posso negar que foi bom.
-Ágata! Estou falando com você!
Saio do meu transe com a voz de Ayana me chamando.
-Oque?
-É ele. -Ayana aponta o dedo para uma direção.
Olho para onde ela apontou o dedo e sinto meu coração quase parar.
Kristofer e outros homens caminham pela floresta. Estão a minha procura e para nossa sorte estamos longe.
-Vamos para mais longe, precisamos fugir deles.
Ayana corre e eu faço o mesmo indo cada vez mais para longe.
