│VINTE│

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Desligo o chuveiro finalizando o meu banho de mais ou menos meia hora

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Desligo o chuveiro finalizando o meu banho de mais ou menos meia hora. Ultimamente o banheiro está sendo meu lugar de paz, principalmente meu banho. Paro para refletir muitas coisas. Creio que não sou a única a fazer isso no banho.

Pego o roupão preto de cetim e cubro meu corpo molhado, em seguida pego uma toalha e enrolo nos meus cabelos. Sinto-os leves depois de uma bela lavagem.

Não vejo Kristofer a quatro dias. Também não sai do seu quarto durante esse período. Ao longo desses dias várias empregadas vieram deixar água e comida para me.

Não entendi porque ele me prendeu no seu quarto. Kristofer é indecifrável. É uma pessoa difícil de entender e lidar.

Suspiro saindo do banheiro. Meus dias aqui estão chatos e entediantes. Queria estar com Karin. Ela sempre alegrava meus dias. Como sinto falta da minha amiga!

Como será que ela estar?

Sou afastada dos meus pensamentos quando ouço gritos. Gritos bastante alto.

Entro em alerta. E se for alguém da minha família? Eu não posso duvidar da maldade daquele vampiro!

A porta é aberta e por ela passa uma senhora segurando uma bandeja. Ela coloca a bandeja na cômoda e trás na mão um objeto pequeno.

-Senhorita, está na hora de dormir. -falou sem piscar. Seu olhar é de assustar. -O senhor Kristofer está resolvendo uns assuntos agora.

Percebo que o objeto na mão dela é uma injeção. Com certeza é um tranquilizante. Se ela pensa que vai aplicar isso em mim está muito enganada.

A mulher caminha em minha direção. Antes que ela faça algo eu a empurro e corro em direção a porta do quarto.

Desço as escadas e entro no primeiro elevador que vejo na frente. O elevador desce para baixo e isso me faz recordar de algo.

O laboratório.

As portas se abrem revelando o cômodo assustador. Arregalo os olhos ao ver um homem preso na maca.

-Por favor! Me solta! -implora o homem.

Kristofer aparece segurando uma seringa com um líquido amarelado. O mesmo líquido que ele ia aplicar em mim.

Coloco as mãos na boca horrorizada.

-Oque vai fazer seu maluco?!

Kristofer aplica a injeção no pescoço do homem e o mesmo grita e se contorse de dor. Minutos depois ele para de se mexer fechando os olhos.

Meu Deus! Kristofer o matou!
Como ele pôde?

Fecho os olhos horrorizada. Minha respiração está ofegante, estou com medo. Acabei de presenciar um assassinato.

De repente o homem grita. Abro os olhos vendo-o se mexer agitado na maca. Kristofer o olha sorrindo vitorioso.

-Está com fome? -pergunta Kristofer.

-Minha cabeça dói! Estou com muita fome. Oque você fez?

-Te ajudei. -deu de ombros.

O homem começa a farejar algo no ar como se fosse um cão. Arregalo os quando o mesmo me ver e logo seus olhos ganham a cor vermelha.

-Por que o cheiro dela me atrai? -pergunta o homem me olhando como se eu fosse um prato de comida.

Kristofer me olha muito furioso. Droga! Estou muito encrencada!

-Ágata! -gritou vindo na minha direção. -Sua vagabunda!

Aperto um botão qualquer do elevador e ele sobe. Quando as portas se abrem corro de volta para o quarto fechando a porta na chave, em seguida coloco a cômoda em frente a porta para impedir que ele entre.

Me afasto dando passos para trás. Enxugo as lágrimas que caíram sem ao menos eu perceber.

Kristofer não irá entrar aqui, por enquanto não tem como ele abrir...

Um estrondo me assusta. A cômoda voou para longe junto com a porta e no meio dela há um vampiro muito zangado babando de ódio.

De onde ele tirou tanta força para fazer isso com a porta?

Engulo o seco. Não consigo desviar meu olhar dele. Estou congelada no lugar.

-Humana! -a voz dele é grossa, muito grossa. -Você está morta.

Seus olhos estão pretos, seus dois dentes afiados para fora e suas mãos com garras como as de uma fera.

Meu Deus, me ajuda.

Solto um grito quando ele deu o primeiro passo. Em desespero corri para o banheiro e tranquei a porta. Me escondo no box.

Isso não foi o suficiente para deter ele. Kristofer quebra a porta do banheiro com socos e chutes.

Ele deu um passo e rosnou como um lobo.

-Não me machuque! -implorei.

Estou chorando de desespero. Essa é a pior cena vista por mim desde que o conheci.

-Por que não me obedece pelo menos uma vez? -gritou. -Sua vadia!

Kristofer avança em direção ao box do banheiro e distribui socos fazendo o vidro rachar. Não tenho mas pra onde correr. Esse é o meu fim.

Agora ele vai me matar de uma vez por todas.

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Próximo capítulo narrado por Kristofer.

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Meu Vampiro Sádico │B.S│ +16Where stories live. Discover now