capitulo IV

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Stefan

Coloco a camisa cinza e saio do quarto indo para fora da casa, hoje o dia está ensolarado e bonito mas não muda o meu humor.

Budg pula em mim quando me vê com o pedaço de carne na minha mão, o som do seu latido alto me faz respirar fundo e jogar a carne no chão. Ele corre até a carne e começa a comer ferozmente.

Nego com a cabeça e volto para dentro pensando em como vou falar com a garota maldita, tenho certeza que me dará muito trabalho ao longo dos 7 meses que irei ficar aqui. Terei convece-la a voltar para a Itália, para a sua família que a quer de volta.

Sento no sofá e encosto a cabeça nele fechando os olhos por alguns segundos.

...

A manhã se passou rapidamente logo já era de tarde, mas o sol nem fazia a questão de abaixar e dar um gás para o vento.

Fico em alerta quando a corrente é mexida e budg late alto. Olho pelo o vão da janela e me deparo com ela, a garota pela a qual eu tive que atravessar o mundo para me encontrar.

Ela suspira derrotada parecendo pensar em algo, olha para o lado e para o outro. E logo encontra uma parte aberta do arame, grunhi irritado quando eu a vejo passar por ali. O budg começa a avançar nela, e ela corre até a varanda. Saio da janela e fico em frente a porta e arrumo a minha touca que tava na minha cabeça.

A porta é aberta me fazendo lembrar de ser mais cuidadoso da próxima vez, ela fica de costas para mim com a respiração acelerada, ela solta a maçaneta devagar.

-ergue as mãos e fecha os olhos!_ falo calmo e com pouca paciência, ela fica parada tentando controlar a respiração- anda caralho!_ pula assustada com o meu grito, deixo um sorriso de lado em meu rosto.

Ela me obedece e ergue os braços devagar, a viro com um pouco de força nas mãos e vejo quão ela é bonita de perto.

- quem é você e o que faz aqui?_ pergunto o que eu já sei só para ouvir a sua voz.

- sou Vitória, não sabia que alguém morava aqui!_ sei muito bem quando alguém mente para mim ou omite alguma coisa.

- me fala a verdade garota!_ tiro a arma que estava apontada na sua cabeçae a vejo respirar aliviada e abrir a merda dos olhos.- eu mandei você abrir a porra dos olhos?_ fecha rapidamente me fazendo querer rir do seu jeito assutado

- Olha, eu sabia que alguém morava aqui! Mas, eu vim fazer uma visita surpresa para você. Sou amiga da prefeita e ela me pediu vir até aqui para conversar com você!_ reviro os olhos.

- Garota vai embora, você invadiu a minha propriedade e ainda me dá essa desculpa esfarrapada, só vai embora!_ falo alto para fazer ela se tocar e sair daqui.

- olha aqui seu brutamontes, eu quero mais respeito!_ abra os olhos irritada, ela arregala os olhos mas depois continua a falar- isso não foi uma desculpa esfarrapada tá?! E vá se danar você e essa sua toca ridícula!_ tenho vontade de rir do seu xilique. - Eu vou ir embora, mas se aquele cachorro me morder eu juro que te mato!_ aponta o dedo no meu rosto e eu perco a pouca paciência que me restava.

Chego perto dela e pego no seu pescoço o apertando e a prenssando na porta da minha casa. Ela engole seco com os olhos arregalados.

- Você acha que é quem para falar essas porras para mim e ainda invadir a minha casa?_ pergunto alto em frente ao seu rosto. Ela fica quieta só olhando para o meu rosto- tô nem aí que você é a amiga da porra da prefeita, nem caralho a quatro. Eu que mando em minha propriedade e você é uma invasora.

- me solte!_ fala entre os dentes com raiva, sinto uma ardência no meio das pernas. A solto com pressa segurando lá em baixo,  solto um grunhido de dor.- Nunca mais faça isso!_ ela fala com os olhos marejados, a dor logo passa quando a vejo abrir  a porta e sair da minha casa.

Grito o budg quando ele ia avançar nela, ela se vai sem nem olhar para trás.

Fico confuso com a sua mudança de humor e do jeito que a mesma ficou, passo a mão na cabeça tirando a touca. Fiz merda.

Vitória

Saio dali o mais rápido possível, com as mãos tremendo de medo e pavor. A lembrança daquilo é muito recente, nunca irei me esquecer de tudo que aconteceu comigo na Itália. Aquilo foi demais para mim, e criei muito traumas para não esquecer do que me fez chegar até em Fox.

Quando vejo já estou em casa, abro o portão e fecho e tranco. Entro dentro de casa e também o tranco. Vou direto para o quarto e me jogo na cama tirando os sapatos e deixando a minha bolsa no chão. 

Pego o remédio e o tomo, agora não era a hora mas eu preciso me acalmar e tentar dormir.

Dormir foi a minha salvação nestes últimos anos, -tirando os remedios- ele me ajudou muito a lidar com vários tipos de problemas ao longo do tempo.

Viver já não é uma opção para mim, o meu espírito não está aqui só está apenas a minha carne. Acho que ele tirou umas férias indeterminada, ou só desistiu de mim.

Esperança já não há mais em mim, felicidade nem sei mais o que é isso. Alegria é apenas passageira, apenas o momento e o lugar. Apenas fico feliz quando estou com os pingos de gente que são mais inteligentes que muitas pessoas que conheço.

Meu celular toca me fazendo ficar puta por causa disso, não queria ver e nem falar com  ninguém. Não agora, suspiro me levantando por conta do toque insistente.

Pego o celular que estava na bolsa e atendo vendo que é Paulo, meu melhor amigo.

- oi!_ falo quando atendo o celular.

- aonde tu tá? Tô chegando na sua casa agora!_ ele fala animado- vem abrir o portão amada!

- affs, que saco Paulo!_ desligo o celular e me levanto descendo as escadas, abro a porta com o sono já batendo em meus olhos. Vejo ele ali parado na frente do portão, ando até lá e abro o portão para o mesmo entrar.

- que cara péssima em amiga!_ fala quando a gente já  está dentro da minha casa.

- Nem me fale, senta aí!_ aponto para o sofa- não estou com pique de cozinha,  então vamos pedir uma pizza!_ falo me sentando ao seu lado, pego o controle da TV e meu celular.

- ok, vamos terminar good girls? Não consigo terminar se você, Arthur me pediu para terminar com ele mas não é a mesma coisa!_ ele fala com uma tristeza totalmente falsa na voz.

- deixa Arthur ouvir isso!_ falo brincando.- claro, depois daquele dia eu não assisti mais então tá aonde nos paramos!_ coloco na Netflix e procuro a série.

- você pede a pizza ou eu peço?_ pergunta mechendo no celular, olho as horas e vejo que são 17 e 30 da tarde.

- vamos esperar até as nove da noite!_ deito a cabeça no seu ombro- tá muito cedo ainda!_ coloquei na série mas nem presto muita atenção,pois já assisti ela inteira.


































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A besta- Série, Cosa NostraWhere stories live. Discover now