capitulo XVI

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Vitoria

Acordo sentindo algo molhado ser posto na minha cabeça, resmungo tentando identificar aquilo.

- Que bom, que acordou. Pérola_ escuto sua voz ao longe, o que está acontecendo? Abro os olhos devagar sentindo arderem por conta da claridade repentina nos meus olhos.

Olho para a figura alta tatuada na minha frente, me olhando com os olhos amolecidos, ignoro a parte na qual ele vestia apenas uma calça de moletom revelando o seu peitoral magro, mas em forma com todas aquelas tatuagem que me dão arrepios.

Me lembro do sonho que tive está noite, foi um dos piores desde quando eu me entendo por gente e me lembro. Lembro de estar em uma floresta, eu estava com um vestido branco todo sujo e descalça. Eu estava correndo muito, ofegante e chorando. Havia alguém querendo me pegar, escutava a voz dele ao longe me chamando totalmente assustadora. Não me lembro da pessoa só sei que tenho a impressão de conhece-la de algum lugar.

Talvez é apenas um pesadelo, mas minha vó sempre diz que todos os sonhos são como um aviso para te alertar do futuro.

Meu corpo está dolorido e tenho certeza que estou com febre, abro a boca para falar algo, mas nada sai de mim.

- O que você quer?_ pergunta calmo, nada comparado como ele é comigo todo o dia. - Você está pelando!_ passa a mão na minha bochecha. Fecho os meus olhos respirando fundo para depois abri-los novamente.

- Banho._ resmungo mesmo sabendo que nem sei se ele ouviu já que foi tão baixo que parece que eu apenas pensei. Ele se levanta e tira a coberta de mim. Ele me pega no colo agora me olhando, com os olhos sombrios e escuros. Engulo em seco agarrando o seu pescoço. Ele me olha por um momento me fazendo abaixar os olhos.

Acho que a febre está me fazendo ter esse comportamento, não é possível. Ele me leva até o banheiro e me coloca no chão, mas continua a segurar na minha cintura para mim não cair. Estou mole demais para prestar atenção no movimento do meu corpo. Me sinto nas nuvens com essa moleza.

Sinto a água do chuveiro me molhar inteira, molhando a minha roupa. A água gelada bate em contato da minha pele quente me fazendo se arrepiar e meu corpo todo começar a tremer.

- Tá... gelada!_ meu queixo bate a cada palavra que tento falar, vejo stefan me olhar divertido. Agarro no seu braço.- Por favor._ resmungo não aguentando ficar ali por muito tempo.- Me tira daqui.

- Não. Essa sua febre tem que passar!_ fala simples, tiro forças que eu nem tenho e o puxo. Não ficarei no frio sozinha. Ele me olha surpreso.

- Não ficarei no frio sozinha!_ repito o meu pensamento, ele da de ombros colocando a mão na minha testa. Depois de uns 5 minutos ele desliga o chuveiro e pega uma toalha na cor cinza e me enrola nela. Novamente o mesmo me pega no colo.

Sou carregada até o quarto, ele me coloca encima da cama e abre o guarda roupa pegando uma camiseta dele branca, e uma calça de moletom. Dele também.

- Levanta os braços!_ pede, arregalo os olhos- Não irei fazer nada. Eu só tenho que tirar essa tia roupa molhada e colocar outra!_ deixo o mesmo tira a minha camisa, como não durmo de sutiã os meus seios apareceram logo depois, duros e pontudos. Já que estou com frio.

Encaro ele que está a olhando para os meus seios, coço a garganta fazendo ele olhar para mim. Logo sinto sua camiseta em mim, ele me deita devagar tirando o meu shorts. Seguro a sua mão antes dele tirar tudo.

- Eu consigo tirar!_ falo constrangida, ele me olha desconfiado e um tanto safado, mas se afasta. Tiro o shorts com o seu olhar em mim. Pelo o menos eu estava de calcinha. - Acho melhor você sair!_ exclamo quando o tempo para e parece que só há nos dois aqui. Olho para ele que está a perdido em pensamentos. Ele volta para o mundo real e sai do quarto.

Solto o ar que nem sabia que havia prendido, a febre abaixou um pouco, não estou 100% mas estou melhor. Troco de calcinha e coloco a calça que ele havia deixado ali. Sinto cheiro de café e meu corpo inteiro se anima. Amo um bom café.

Saio do quarto, ando até a cozinha sem fazer barulho. Vejo ele de costas mechendo no fogão, me encosto na parede o encarando. Parece que ele sentiu a minha presença e olha de relance para mim.

- Você deveria estar na cama!_ a voz rouca e grossa se fez presente na cozinha, dou de ombros indo para o seu lado.

- Eu estou melhor, não há necessidade de ficar na cama!_ passo a língua nos lábios terminando a frase. - E eu não recuso um bom café!

- Você não consegue ficar quieta?_ se exalta, tento não me encolher, mas é impossível quando você tem um passado doloroso. Engulo o choro ficando quieta, por cerca de 20 minutos eu não falei mais. Só o observei tomar o seu café, com raiva eu saio dali indo para o quarto ignorando o mesmo me chamar.

Me jogo na cama escutando o meu celular tocar, grunhi irritada me perguntando quem é o louco ou a louca para estar me ligando bem agora?

Pego o celular vendo que na tela estava escrito Débora, respiro fundo atendendo logo em seguida.

- Oi._ falo esperando ela falar algo.

- Oi minha princesa, tá sumida!_ olho para o teto, aconteceu tantas coisas.- O que aconteceu? Você está bem?

- Eu não sei, mãe. Os sonhos voltaram a me assombrar!_ assumo, escuto o seu resmungo do outro lado da linha.

- Meu amor, esta indo para a terapia?_ balanço a cabeça em negação mesmo sabendo que ela não vai ver.

- Eu parei. Mas eu acho que a terapia não irá me ajudar. Só vai continuar a me intupir de remédios e não vai resolver nada!_ passo a mão na testa sentindo o sour escorrer pela a mesma.

- Mas filha, você tem que se abrir com alguém. Ficar guardando lembranças ruins dentro de você só vai piorar a situação._ Faço um coque no meu cabelo não aguentando o calor que estou sentindo. Começo a perder o ar, tento puxa-lo, mas ele não vem de jeito nenhum.- Vitória? Vitória, você tá aí?_ me engasgo com a tentativa falha de voltar a respirar.

Largo o celular na cama me sentando, coloco a mão na garganta sentindo lágrimas caírem pelos meus olhos. Meu pulmão se fecha, arregalo os olhos querendo sobreviver, eu não quero morrer. Não agora. Sinto mãos em mim e uma voz no fundo.

- Não é real!_ a voz no fundo se faz presente na minha cabeça.- É psicológico, pensa em coisas boas._ tento pensar em algo, mas é impossível já que nada que veio na minha vida foi bom. - Se acalme._ sinto um vento gelado no meu rosto, abraço ele sentindo o meu corpo voltar ao normal. Meus pulmões se abrem novamente e eu consigo respirar bem melhor. Não estou mais suada e nem molhada.

- Obrigada!_ falo abraçando mais forte o seu abdômen, fecho os meus olhos quando sinto sua mão no meu cabelo em um agarre firme, mas bom.












Voltei para a alegria de vocês! Espero que gostaram do capítulo, comentem e votem plmr

A besta- Série, Cosa NostraWhere stories live. Discover now