capitulo XX

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Vitória

" a noite estava fria, com uma grande luvem e nenhuma estrelas para me fazer brilhar e parar de chorar, a notícia que eu recebi agora, não era nada boa. Minha irmã! Minha companheira, amiga, a que foi uma mãe para mim. Morreu por um deslize dela.

Ela disse que voltaria para me buscar, me prometeu e agora não poderei mais ver o seu belo rosto, abraça- como sempre fazia quando ela ia cair nas mãos daqueles nojentos. Queria ela aqui comigo, queria estar morta com ela neste exato momento!

Os flashback dos nossos momentos juntas quando os nossos pais não estavam em casa, era tão bom. Ela era a luz na minha vida, me tirava do escuro e me mostrava como o mundo poderia ser bem melhor com e aqui, comigo.

Seguro o choro, por que se eu chorar agora eu vou querer gritar para tirar toda a dor que no meu peito, meus pais não podem me ver chorar, se não receberei uma bela surra dos dois. Fungo engolindo o choro que ameaçava a sair, olho para a janela do quarto não aguentando a dor que se instalava no meu peito, parecia que ele iria rasgar a qualquer momento. Eu estava ficando quente.

Me levantei tirando a coberta e a blusa de frio do meu corpo, mas nada fazia parar aquela quentura que formigava o meu corpo inteiro, meus olhos se enchem de lágrimas e eu soluço deixando elas caírem, eu quero aliviar essa dor. Minha respiração falha várias vezes durante o choro pesado que saia de mim, comecei a sentir o suor em mim me molhando inteira.

Abro a janela vendo a altura que tinha ali para baixo, o ar gelado bate na minha pele quente, mas nada melhora aquilo. O que eu está a sentindo? Desespero? Ansiedade? Eu nunca senti isso na minha vida toda.

Quando um soluço alto é solto da minha garganta eu percebo que não consegui ser tão baixa, escuto passos rápidos pelo o corredor. Corro para debaixo das cobertas mesmo sentindo muito calor.

- Sua ingrata!_ a porta é aberta violentamente me fazendo pular com o susto.- chorando por causa daquela vagabunda?_ nunca fui boa em esconder as coisas, e uma delas era o meu choro. Não aguentei e acabei desabando de verdade recebendo uma sintada na minha coxa descoberta. A dor não é nada comparada com a que sinto no meu peito.

- Você vai aprender a não chorar por alguém que morreu e te deixou aqui._ minha mãe fala diabólica dando um sorriso totalmente sarcástico, tremi com medo do que poderia acontecer comigo.

Sinto ser puxada pelos os cabelos e ser levada a escada baixo, grito tentando tirar as mãos do meu cabelos, luto para sair da mão desses monstros que me deram a vida, minhas costas batem na escada me machucando.

Sinto ser lançada contra a parede, estávamos no sótão, o cheiro de sangue e tudo misturado aqui me fazia sentir enjoo e vomitar ali mesmo.

Logo sinto o primeiro chute nas costelas me fazendo perder o ar por alguns instantes, o próximo é no queixo me fazendo ficar mole e fechar os olhos.

- Não dorme vagabunda! Ainda tem muita dor para ser sentida!_ o pai passa a mão nos meus lábios, abro os olhos molenga. - Vou te arregaçar todinha igual daquela vez!_ minha mãe gravava tudo, nego com a cabeça sem ligar para o meu queixo quebrado.

- Por...favor!_ resmungo sem conseguir abrir a boca, ele sorri tirando a sua calça. Arregalo os olhos tentando me levantar, mas os meus cabelos foram puxados e ela me jogou para o chão de novo.

- Não quer o mesmo destino da sua querida irmã ?_ mãe pergunta rasgando o meu shorts e minha calcinha, não tenho mais força para nada, nem para gritar e nem para levantar. O  pai sobe encima de mim e sinto ser penetrada por ele, as lágrimas descem como castacatas de dor. Nada mais dói do que isso, eu não nasci para isso. Meu Deus, me ajuda por favor.

...

Escuto barulhos ao meu lado, suspiro me sentindo toda estranha, por dentro e por fora. Abro os olhos devagar olhando para cima e vendo o teto branco.

- Que bom, que acordou querida!_ sinto o toque dela nos meus cabelos, olho confusa me afastando do toque, mas o puxão me faz parar na hora e olhar para o outro lado vendo o médico ali observando tudo.

- Que bom, que acordou senhorita Vitória. Você não poderá falar por alguns dias que sua mandíbula foi quebrada!_ anota algo no caderno branco. - Bom a fratura na sua costela te impedirá de fazer exercícios físicos por 2 meses que pegou em um osso importante. Te passarei os remédios necessários para isso._ assinto sentindo meus olhos molhados.

- Doutor, minha filha é uma guerreira mesmo!_ beija a minha testa, o pai. Tenho vontade de vomitar, mas nem abrir a boca eu consigo. Tenho vontade de gritar para o mundo ouvir que esses imundos me vendem e me espacam diariamente.

Olho para os três e depois paro no doutor pedindo socorro apenas com os olhos, ele entendi e anota algo no caderno.

- Passará  algum tempo no hospital que é bem melhor tratar aqui do que em casa._ o médico fala, respiro aliviada.

- Mas doutor, é bem melhor em casa. Ela tem pânico de hospital._ o pai começa a falar, olho desesperada.- Não é filha?_ me olha sério tirando a sua pose de bom moço, nego com a cabeça. Sinto o meu cabelos  puxado, assinto desesperada. um burro que não o que está acontecendo aqui.

- Mas eu quero acompanhar o tratamento dela de perto, e para isso ela terá que passar algumas semanas aqui._ tira o óculos do rosto olhando seriamente para os dois.- Vocês não vão pagar nada ficam tranquilos._ eles dão um sorriso nervoso assentindo, olho em agradecimento ao médico."

Duas semanas depois conheci Jonathan, ele me ajudou quando ficou sabendo da minha história. Ele era o sobrinho do médico, eles me ajudaram até o fim. Me trouxeram para Fox escondido já que ninguém poderia saber do meu paradeiro nem mesmo a polícia já que há mesma era bastante amiga dos dois.

Foi uma luta no começo, eu ainda estava com machucados bem feios e viajei assim do nada, foi uma complicação enorme para nós, mas no fim deu tudo certo. Agora eu estou viva, mas com a morte de pessoas que tentaram me salvar nas costas. Toda vez que olho para o céu e vejo 3 estrelas em conjunto, não penso nas 3 Marias, mas sim nos 3 que fizeram de tudo para me salvar das garras dos meus pais.
























Tadinha da vitória, uma vida terrível que ela teve, com uns pais que não mereciam ela. Carrega tanta coisa nas costas e digo em voz alta sim: ELA É UMA GUERREIRA!!! todas mulheres são! Não deixa ninguém te intimidar mulheres, nós somos fortes e não nada de fraqueza na gente.

Beijos borboletas 🦋

A besta- Série, Cosa NostraWhere stories live. Discover now