capítulo V

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Vitória

- que vergonha, amiga!_ ele fala rindo me fazendo ficar com mais vergonha ainda, nunca mais faço isso!

- Eu queria me enterrar em um buraco bem fundo e nunca mais ve-lo!_ falo vermelha igual um pimentão! Jogo a cabeça para trás mordendo os lábios.

- Acho que foi ontem, não lembro muito bem!_ ele fala se lembrando de algo- Ele tinha ido no café! Parecia procurar por algo, ele é estranho e tem todas aquelas tatuagens me fazendo ter arrepios só de lembrar!_ Paulo se treme todo dramaticamente. Dou de ombros.

- sim, o jeito dele é diferente! Me faz lembrar de alguém, mas não sei quem!_ suspiro, escuto a moto buzinar em frente de casa. Me levanto e pego o cartão- vou pegar a pizza e já volto, coloca algum filme aí!_ calço o chinelo no pé.

Abro a porta branca e saio para fora sentindo o frio bater nas minhas pernas nuas, desço as escadas e abro o portão.

- boa tarde, Vitória. E isso?_ o entregador pergunta, assinto. Ele me entrega a caixa de pizza. A pago e logo ele parte com a moto. Olho para os lados com a sensação de estar sendo observada, um barulho de mato faz o meu coração acelerar, olho na direção e vejo um vulto parado.

Forço a vista e já tenho uma noção de quem poderá ser, ele da um paz para frente e eu nego com a cabeça entrando rapidamente para dentro de casa.

Coloco a pizza encima do sofá no nosso meio. Paulo leva um susto com a minha chegada.

- Para de ser medroso!_ dou um tapa na sua cabeça me sentando e pegando um pedaço de pizza.

- então pare de chegar assim do nada!_ fala como se fosse o óbvio, dou de ombros começando a prestar atenção no filme que ele colocou.

- sobre o que o filme?_ pergunto depois de ter mastigado.

- de terror, é silent Hill! Uma mãe leva a filha para está cidade e lá acontece umas coisas muito loucas, até agora tá sendo daora!_ assinto, ficamos empenhados em assistir o filme. Cada gritos de Paulo me assustava mais que o filme, ele consegue ser muito escandaloso quando quer.

O filme acabou e Paulo está com um puta de um medo de dormir sozinho no quarto de hospedes, então decidimos que iremos dormir na sala com a televisão ligada. Arrumo o colchão no chão. Coloco o celular ao lado desligando-o, me jogo no colchão suspirando em total cansaço. Ele se joga ao meu lado e nos cobre.

- boa noite!_ falo desligando o abajur, alguns minutos se passavam e nada do sono vir. O que aconteceu mais cedo estava tirando completamente o meu sono, nem o remédio que tomei fazia efeito, o teto branco que agora estava um breo me fazia perder ainda mais o sono.

Fecho os olhos e fico por alguns minutos mas nada dele vir, me viro de um lado para o outro. Mas logo sou cutucada repetidamente.

- Vai dormir Paulo, ninguém vai vir te pegar e leva-lo para o silent Hill!_ o empurro de leve.

- Vi,_ me remexe novamente- tem alguém nos observando!_ me desperto rapidamente me sentando e ligando o abajur, olho para os lados.- ali!_ aponta para a janela que está coberta com uma cortina branca. Meu coração agora acelera e me faz levantar para ver o que é.

Sim gente, eu sou a personagem do filme de terror, que é burra e vai atrás do espírito, curiosa. Com passos calmos eu caminho até a janela a abrindo rapidamente.

A pessoa que estava ali corre rapidamente sem que eu pudesse ver o rosto do mesmo, mas pelo a estrutura eu já imagino quem é.

- Não tem nada aqui!_ abro mais mostrando para ele- Deveria ter sido a árvore!_ falo para não assusta-lo e ele relaxar- Vamos voltar à dormir porque amanhã é sábado e estou querendo dormir até tarde!_ fecho bem a cortina e volto a me deitar ao seu lado. Ele deita relutante.

- É deveria ser mesmo!_ apago o abajur e fecho os olhos com o pensamento de que o que o idiota que usa uma touca fazia na minha preciosa janela.

Adormeço com estes pensamentos.

...

Levantamos já era 11 e 30 da manhã, eu queria dormir muito mais, ainda bocejo de sono! Mas Paulo me obrigou a levantar já que hoje terá a comemoração do café deles, já faz 1 ano que foi lançado então eles querem comemorar! Cidade pequena é assim, tem comemoração para tudo!

Tomei o meu banho depois de ter tomado o remedio. Saio do banheiro e me visto rapidamente, coloquei um vestido preto tubinho, uma jaqueta de couro preta, um tênis da Nike. Solto os meus cabelos do coque e penteio o deixando de lado.

Passo um rimel e apenas um pó no rosto. Pego uma bolsinha e coloco alguns pertences meus. Passo perfume e desodorante debaixo do braço. Me olho no espelho vendo se estou realmente pronta e gosto um pouco do que vejo.

Sorri confiante, saio do quarto e logo já estou fora de casa. Caminho na cidade pequena, Paulo e Arthur levaram muita sorte, hoje o dia está quase igual o inferno! Quente pra cacete!

Suspiro o ar puro que aqui tem, aonde eu morava antes não havia tanto ar puro como aqui! Um dos motivos para eu amar morar aqui! Mesmo que ainda tem algumas lembranças que me faz lembrar do que eu sou de verdade!

Chego em frente ao café e vejo que já rola uma música tocando e algumas pessoas bebendo e conversando entre si. Vejo Débora juntamente com o meu casal favorito. Coloco o meu melhor sorriso e ando até eles, o mesmo começa a se desmanchar quando eu o vejo conversando com os três.

- Olha, falando nela! Ela chegou!_ Débora diz quando me vê, ela vê a minha expressão e faz uma careta juntamente com um biquinho.

- o que ele faz aqui?_ ele cruza os braços tatuados que agora estavam escondido em uma jaqueta de couro igual a minha!

- Achei que a festa fosse pública!_ levanta uma das sombracelha em desafio para mim, sustento o seu olhar.

- E, é! Não fale assim com o novo morador da cidade, querida!_ mamãe fala me repreendendo, bufo dando de ombros.

- tanto faz!_ reviro os olhos pegando uma bebida que o garçom passou entregando.

- Então você era empresário lá na Itália?_ engulo em seco quando falam o nome da cidade, meu corpo inteiro se arrepia.

- Sim, mas agora eu queria um descanso! Estava cansado com a agitação!_ bebo do líquido que havia na minha mão, todos os meus movimentos era observado por ele.

- te entendo, queria eu tirar um descanso de toda essa agitação!_ Débora fala olhando em volta, ela me olha.- Acho que a única que não quer tirar férias é Vitória!_ nego com a cabeça.

- Vitória_ saboreia o meu nome na sua boca- Nome bonito para uma moça tão linda!_ foi totalmente sarcástico, sei bem o que ele quis dizer nesta frase idiota.

- Mamãe, não irei tirar férias nem tão cedo! Aquelas crianças são a minha vida e meu alívio! Estou bem trabalhando!_ termino de beber ignorando totalmente ele.- se vocês me dão licença!_ dou as costas mas os escuto falando de mim ainda.




















Desculpa a demora!!! Estou querendo terminar minha diaba II rápido aí não tive tanto tempo para as outras histórias.

A besta- Série, Cosa NostraOù les histoires vivent. Découvrez maintenant