Capítulo 3 - O trabalho.

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Meu grande dia tinha chegado, hoje o dia seria agradável o céu estava lindo, azul e refrescante. Eu estava deitado na cama com preguiça de acordar, mas ao olhar a hora levantei correndo e rapidamente indo ao banheiro para fazer minha higiene matinal.

Seria meu primeiro dia na empresa, não poderia me atrasar, era na Jeon's, eu sei que tinha negado a vaga, mas o Nam é tão persuasivo e depois minha loba dizia que era pra lá que eu deveria ir e eu sempre escuto a Chin. Voltei ao quarto e escolhi uma roupa, que por sinal ficou linda em meu corpo, peguei meus pertences saindo em direção a meu trabalho.

Andei apressado, afinal hoje seria a apresentação dos novos funcionários e receberíamos todas as orientações necessárias para nossa função.

Já na porta da empresa eu olhava tudo assustado e admirado, minha lua que lugar lindo espero conseguir, vou entrar antes que eu me atrase, fui até a recepcionista era uma beta muito bonita que aparentava ter uns 35 anos, ela me mandou subir para o décimo andar, assim eu fiz, fui lá com muita calma. A quem eu estou querendo enganar eu estava muito nervoso o coração disparado meu cheiro querendo tomar conta do lugar.

Entrei no elevador junto com o homem mais lindo que vi na minha vidinha toda, um alfa lúpus original com toda certeza, alfa e ômega lúpus já eram raros e originais mais raros e poderosos ainda. Ele tinha um cheirinho delicioso de licor de chocolate com amêndoas. Meu senhor da caçola frouxa, me segura para eu não cair aqui, ele era tão alto que parecia que queria tocar o céu, feições másculas, corpo musculoso, cabelo curto e liso desenhado num corte feito para reis, porque ele deveria ser um, ninguém nasce tão lindo assim se não for dono da porra toda, mas suas feições eram sérias de um jeito intimidante.

Para o meu desespero em certo momento o elevador deu um solavanco e parou, eu já mole pelo cheiro do alfa esbarrei nele, porém, ao encostar minha mão em seu braço eu senti tanta dor que soltei rapidamente para não entrar em sua mente e ver o motivo. Ao soltar eu caí bem nos pés da muralha, ele que apenas me olhou levantado a sobrancelha e apertando o botão da emergência, a criatura nem para me ajudar a levantar. O que tem de bonito tem de idiota. Espero nunca mais encontrar com esse idiota. Mentira, quero vê-lo todo dia.

O idiota, quer dizer, o homem já foi ligando de seu celular e esculhambando todo mundo. Acho que era a terceirizada que cuidava dos elevadores daqui. Pense em um homem enfurecido, pensou? Era ele. E cada vez que ele gritava eu me encolhia escorado na parede do elevador, cerca de 20 minutos depois o elevador volta a funcionar. Esse homem deve ser Deus mesmo, porque o elevador voltou a funcionar muito rápido. No andar ele saiu quase correndo e eu saí também indo para o salão.

Ao adentrar no salão, que era deslumbrante todo no branco, as cadeiras eram verdes bem vibrantes e as mesas redondas com toalhas num tom pastel também verde, todos os detalhes em dourado, o local era enorme e as mesas estavam juntas ao redor de um local como se fosse um pequeno púlpito acho que para os poderosos falarem. Um luxo só. Dava para fazer um casamento da família real se existisse na Coréia.

Tinham por volta de 15 pessoas todas sentadas de 5 em 5 em cada mesa. E ao lado do púlpito preto cadeiras que pareciam mais tronos, acho que para os gerentes-executivos. Tinha um homem falando no púlpito e pela conversa dele deveria ser o relações públicas, era belíssimo também. Será que todos eram assim maravilhosos nessa empresa? Eu estava sentado com mais 4 pessoas, 2 ômegas e 2 alfas, muitos cheiros e os cheiros dos alfas me arrepiavam de nojo e medo.

Eu comecei observá-los eu conseguia sentir o amor, a dor e a raiva das pessoas por isso eu não gostava de toques, porque muitas vezes eu conseguia sentir mesmo sem me concentrar e era terrível entrar nas dores das pessoas e senti-las como se fossem minhas.

Morando no orfanato percebi que existiam muitas pessoas ruins e muitas dores, mas hoje eu não lembraria de quantas coisas horríveis já tinha sentido na vida quando entrava em contato com as dores físicas e emocionais das pessoas, desde os meus 15 anos eu ajudo a polícia a encontrar vítimas de sequestros. Era tão doloroso que depois para me recuperar eu tinha que praticamente apagar por horas me envolvendo nas energias do amor.

O dom do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora